O Recomeço de Joana :*

🌹 Capítulo 30 🌹

                3 Anos Depois •••

   Como três anos passou rápido, Matteo já estava com seus quatro anos e nossa pequena Skylar tinha acabado de completar três anos e nosso casula, Oliver, de completar seis meses. A segunda gravidez de Joana foi uma surpresa para nós mas, também foi complicada e agora ela não pode engravidar novamente, quando soube ela ficou triste por uns três dias, lógico que eu também fiquei mas, por ela ser mulher sentiu mais, só que depois ela aceitou e disse que já estava realizada, porque tinha seus três sonhados filhos mesmo que um tenha nascido do seu coração.

  Também ganhamos dois sobrinhos, a dois anos Juliana conseguiu engravidar, Rodrigo chegou a desmaiar com a notícia de que seria pai de novo, ao descobrir que era outro menino ele chorou, mas a surpresa veio no parto quando o médico disse que havia um segundo bebê, que por ela estar escondida atrás do irmão, não aparecia nos ultra-sons e nem ouvia seu coração, ela nasceu pequena por isso, precisou ficar quase um mês na incubadora.

  Ah, já ia me esquecendo, lembram do plano que Joana tinha em ajudar Dylan a reconquistar a Dra. Vanessa, ela conseguiu, agora os dois estão casados e com um processo de adoção em andamento, como Vanessa tem a idade avançada é um pouco perigoso ela engravidar, não que ele se importe com isso.

— O que o gatão e gostosão, do meu marido tanto pensa aí? — Joana, pergunta me abraçando, passo meu braço por baixo de sua cabeça.

  Ainda era seis e cinquenta da manhã, faltava dez minutos para o despertador tocar, mas ainda estávamos deitados, porque quando levantarmos o nosso dia vai ser resumido em cuidar das crianças e trabalhar.

— Estava pensando em como amo você e nossos filhos, em como me sinto completo e realizado com a minha vida e família — respondo puxando-a para um beijo.

  Que prontamente foi interrompido por duas miniaturas abrindo a porta em um rompante, entrando correndo até nossa cama, subindo em cima de nós.

— Papai, mamãe. Mamãe, papai — os dois gritam intercalando, enquanto nos chamam.

— Mais vocês já estão acordados à essa hora, não são nem sete horas ainda, meus amores — fala enquanto aperta os dois em seus braços, beijando seus rostos, fazendo nossos filhos gargalharem.

— Para mamãe — Matteo pede entre uma respiração e outra.

— Me salva, papai — Minha princesinha pede estendendo um dos braços em minha direção.

— Pode deixar princesa, papai te salva — digo juntando-me a eles e começo a fazer cócegas nela, e as crianças se juntam à mim.

  Ficamos brincando até o despertador tocar, coloco todos para levantarem e ir fazer as higienes, depois de pronto desço para a cozinha para ajudar a preparar o café da manhã, olhando ao redor não encontro Marília só a cafeteira ligada passando o café, ela deve estar ajudando as crianças lá em cima.

  Faço panquecas com calda de chocolate para as crianças, ovos com bacon e salsicha para mim e pico frutas com cereal e suco para Joana, essa é uma combinação incomum que ela adquiriu durante a segunda gravidez. Arrumo tudo na mesa da sala de jantar e me sento esperando por eles tomando uma xícara de café.

   Quando eles se juntam à mim, logo a falação alta das crianças e da Joana preenche a sala e o ambiente se torna animado e alegre.

                      °°°

— Vamos amor, assim vamos chegar quando o parque fechar — falo alto suficiente para ela ouvir do andar de cima.

— Já vou — ela  grita em resposta.

   Mas ela já está falando isso a quase meia hora e até agora não desceu ainda, olho para as crianças sentadas no sofá assistindo um desenho, que eu não entendo nada, mas eles adoram.

  A alguns dias comprei ingressos para um parque de diversões,  que inaugurou a poucos meses, foi um pouco difícil consegui-los já que os ingressos se esgotam rápidos.

— Pronto, já podemos ir — Joana fala chamando nossa atenção enquanto desce as escadas com Oliver nos braços.

— Aleluia — Matteo diz pulando do sofá, nos fazendo rir.

— Desculpa a mamãe amor, mais seu irmão vomitou em mim e precisei trocar de roupa — explica.

  Prendo as crianças nas cadeirinhas de segurança, antes de arrancar com o carro, meu aparelho de som agora é recheado de músicas infantis que grudam na cabeça.

   Chegamos ao parque em quarenta minutos, Matteo e Skylar estão muito animados e super agitados para descerem do carro, eles andam a nossa frente, mas não indo muito longe da gente.

— Não correm — minha mulher fala agarrando minha mão, após arrumar o canguru com Oliver dentro.

— Tá bom, mamãe.

— E segurem as mãos — manda

— Tá bom, mamãe.

  Eles andaram em todos os brinquedos permitidos para suas idades e altura, também fomos à barracas de tiro ao alvo, onde ganhei brinquedos para todos, nas de pesca e principalmente as de comida, onde nos esbaldamos, quando voltamos para casa passa das oito da noite.

Logo após o banho os três capotaram, dormiram imediatamente e nós seguimos pelo mesmo caminho, a verdade é que crianças acabam com todas nossas energias.

  De repente sinto algo rastejando sobre a cama, acendo a luz do abajur e encontro os olhinhos azuis de Matteo cheio de lágrimas me encarando.

— O que aconteceu, filho? — pergunto.

— Tive um pesadelo, papai — responde enquanto o puxo para meus braços, limpando seu rostinho molhado.

— Papai protege você — mal fecho a boca e a porta do quarto se abre novamente e Skylar passa por ela — Vem princesa — chamo.

  Ela caminha até a cama acanhada, quando a ajudo à subir na cama, percebi que está gelada.

— Está com frio, filha? Você está gelada — pergunto cobrindo-a com o edredom.

— Eu tomei banho papai, a água estava fria — responde se encolhendo debaixo do cobertor.

— Por que você tomou banho a essa hora — questiono levantando seu queixo, fazendo-a me encarar.

  Skylar desvia o olhar do meu na mesma hora, ela é ardilosa com as palavras desde que aprendeu a falar.

— Eu fiz xixi na cama — confessa envergonhada.

  Joana está tentando tirar a fralda descartável dela a alguns meses, vem dando certo, mas as vezes ela tem pesadelos e faz xixi na cama.

— Tudo bem, amanhã papai dá um jeito — digo antes de apagar a luz do abajur e voltamos à dormir.

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