O Recomeço de Joana :*

🌸 Capítulo 18 🌸

   Três dias depois da notícia que eu estava grávida, ainda não havia contado para nossas famílias e era exatamente o que íamos fazer hoje e agora. Ontem a noite mandei um e-mail para nossas famílias pedindo para virem tomar café da manhã conosco.

  Eu estava nevorsa, porque não sabia bem como falar para eles, depois de sofrer três abortos e sua família presenciar todo o sofrimento que você viveu durante esse período fica difícil contar que você está grávida novamente.

  Aperto o corpinho de Matteo contra o meu, sem machuca-lo, em busca de conforto para esse momento tão importante.

— Vocês querem nos matar de curiosidade? — Angelina é a primeira a expressar sua ansiedade.

— Está bem, vamos falar. Como sabem a três dias fomos ao médico, só que tivemos uma pequena grande surpresa e não poderemos mais fazer a inseminação — Maurício começa a falar com uma expressão triste no rosto.

— O quê?.

  Todos arregalar os olhos chocados, até meu sobrinho.

— Porque, eu estou GRÁVIDA — falo a última parte mais alto.

— Sério? — Juliana pergunta, confirmo e ela leva a mão à boca, levantando-se ela praticamente se joga em meus braços me abraçando — Parabéns, eu sabia e você vai ser muito feliz nessa nova fase da sua vida.

— Obrigada, obrigada por tudo — digo emocionada.

  Meus pais me abraçam juntos, foi o suficiente para mim debulhar em lágrimas, choro que nem um bebê, acho que são os hormônios também, a outra parte é emocional.

  Por incrível que pareça, Matteo reagiu ao meu choro compulsivo, do outro lado da sala de jantar, no colo da avó, estendendo e balançando os braçinhos em minha direção.

— O que é isso? Já está trocando a vovó — pergunta brincando beijando sua bochecha.

  Sorrio passando as mãos pelo rosto, limpando os resquícios das lágrimas, nos sentamos e Marília vem nos servi, a alguns dias chamei ela para vir trabalhar aqui, já que Maurício não tinha uma governanta e eu praticamente não morava na minha casa mais, o que ela aceitou depois de umas férias merecidas.

— Então, toda aquela sua fome e sono desenfreado, tem uma explicação agora — Juliana diz, chamando minha atenção.

— É, e se chama meu pequeno " milagre " — digo colocando a mão na minha barriga ainda plana.

— Muito esperado — Maurício completa fazendo-me sorrir quando ele aperta minha mão na sua entrelaçando nossos dedos.

  Depois do café da manhã maravilhoso que tivemos, os homens foram para o escritório e nósmulheres nos reunimos no jardim e como mãe de primeira viagem elas se sentiram na obrigação de me contarem tudo a respeito do primeiro ao nono mês, sobre o parto, além de me darem conselhos que ouvi com muita atenção cada um deles.

— Você não precisa se preocupar com nada querida, vamos estar ao seu lado e com certeza Maurício vai fazer vista grossa em cima de você quanto aos cuidados— Angelina fala sentada ao lado da minha mãe.

— Não tenho dúvidas disso, ele já era sem saber que eu estava grávida.

  Digamos que Maurício é super protetor e já tive uma amostra nesses últimos três dias, o que na verdade não estou reclamando, eu gosto de me sentir protegida.

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   Como uma pessoa pública não foi uma surpresa minha gravidez estar nas mídias alguns dias depois mas, foi uma surpresa meu ex-marido me procurar algumas semanas depois na empresa.

— O que faz aqui, Thales? — pergunto assim que ele passa pela porta da minha sala.

— Então, é verdade? — questiona e percebo seu olhar fixado em minha barriga um pouco pontuda.

— O que? — levo minha mão à barriga protetoramente.

— Que você está grávida... Mais eu não vim falar disso, só quero que você os impessa — diz me deixando confusa.

— Impedir o quê, Thales? — franzo a testa.

— O conselho de medicina, eles querem tirar minha licença de médico — responde me deixando em choque.

— O que você fez? Eles não iam fazer isso sem motivo.

  Alguma coisa ele deve ter aprontado e o conselho deve ter descoberto.

— Por sua causa eles me pegaram com uma paciente — diz.

  Eu não acredito que ele está me culpando por ser pego fazendo suas safadezas.

— Eu não sei onde você acha que eu tenho culpa mas, Thales não sei se lembra mais já não somos casados à muito tempo então, por favor saia da minha empresa se não serei obrigada a chamar os seguranças — peço indicando a porta.

— Tudo bem, eu saio. Mais vai ter volta — fala antes de ir embora.

  Ele acabou de me ameaçar? Era só o que me faltava.

  Não demora muito para minha sala ser invadida por um furacão loiro, vugo minha irmã.

— Foi coisa da minha cabeça ou acabei de ver o embuste do Thales saindo daqui? — pergunta fechando a porta atrás de si e vindo sentar-se à minha frente.

— Não foi coisa da sua cabeça, ele realmente acabou de sair daqui — respondo — Acredita que ele veio pedir, pedir não exigir, que eu interceda por ele, para que o conselho de medicina não tire sua carta de medicina.

— O quê? — ela fica tão perplexa quanto eu fiquei.

— É isso aí e ainda teve a coragem de me culpar por ele ter sido pego com uma paciente — falo exasperada.

— Se acalma, não pode ficar nevorsa, pode fazer mal ao bebê — pede e concordo suspirando tentando me acalmar.

  Acabo meu expediente mais cedo e vou para casa, Maurício ainda estava no restaurante e Matteo está na casa de Angelina, após um banho me deitei na cama e apaguei, não percebi que estava cansada até aquele momento.

  Acordei sentindo beijos pelas minhas costas, gemo quando ele morde minha orelha, viro-me ficando de frente para ele.

— Oi, chegou mais cedo.

— Hum, sim. Você chegou agora? — pergunto sonolenta.

— Sim, Matteo vai dormir na mamãe hoje, ela praticamente me implorou e não consegui negar — diz abraçando minha cintura.

— Tudo bem, amanhã pegamos ele — falo lhe dando um selinho.

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