⚘ Capítulo 26 ⚘

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   O dia amanheceu lindo e ensolarado, por isso convidei Angelina e mamãe para irem comigo ao shopping terminar de comprar o enxoval da Skylar e até agora o trânsito tem colaborado.

- Você não deveria estar dirigindo, meu amor - Maurício me repreende do outro lado da linha.

  Desde que o restaurante foi assaltado, Maurício tem ido trabalhar todos os dias e se esforçado para que essa notícia não se espalhe na mídia, isso prejudicaria o seu restaurante.

- Eu sei, essa vai ser a última vez, eu prometo - digo risonha - Agora eu preciso desligar, o sinal abriu. Te amo, até mais tarde.

- Te amo mais - diz antes de desligar.

  O sinal abre e coloco o carro em movimento pegando a BR mas, ao fazer uma curva meu carro é fechado por uma van de pequeno porte, fazendo-me frear com tudo, meu corpo é jogado para frente batendo minha testa no volante e logo a sinto arder, ao passar a mão no local ela volta vermelha.

   De repente a minha porta é aberta e antes que eu possa reagir, um pano com cheiro forte é colocado em meu nariz, que aos poucos vai me fazendo perder os sentidos.

                          •••

  A primeira coisa que constato ao acordar, além de que estou vendada, é que minha cabeça está doendo, sinto que minhas mãos e pés estão amarrados, não faço ideia de onde estou mas, os meus outros sentidos diz que não é um lugar bom.

  Não sei quanto tempo se passou mas, escuto algo como um portão se abrindo e logo passos se aproximam, meu corpo se enrigesse ao sentir uma mão dessamarrando a corda que estava em meu pé e em seguida a venda é retirada dos meus olhos e não posso acreditar no que vejo.

- Thales?

- Surpresa, eu avisei - diz frio.

   E aí me lembro da ameaça que ele me fez, quando foi ao meu escritório na revista.

- O que vai fazer, Thales? - pergunto receosa e com medo.

- Vou fazer você pagar por não ter me ajudado, da maneira mais dolorosa possível - responde olhando para minha barriga e logo entendo o que ele quis dizer.

- Por favor Thales, não faça nada, minha filha é inocente - peço já chorando.

  Tento me afastar enquanto ele vem se aproximando mais de mim.

  Começo a gritar por Socorro, o mais alto que consigo.

- Grita, pode gritar à vontade, ninguém vai te ouvir mesmo - fala rindo como um louco.

  Paro de gritar assim que sinto minha barriga ficar dura e minha filha parar de mexer, solto um grito silencioso quando a primeira contração me atinge.

  Sinto minhas roupas molhadas, a bolsa estourou.

- Péssimo momento para nascer filha - sussurro para ele não ouvir e resolva fazer algo com minha filha.

- Eu vou fazer uma ligação, fique bem quietinha aí - diz se afastando com o celular na orelha.

  Inspiro e expiro devagar como a médica me ensinou, mas as contrações está vindo cada vez mais fortes e rápidas.

- Aguenta mais um pouquinho filha, logo o papai vem nos buscar - volto a sussurrar, só que dessa vez não o ouvi se aproximar novamente.

- O que você acabou de sussurrar aí? - Thales, pergunta me assustando, esqueci que as vezes ele conseguia ser bem silencioso quando queria.

- Nada - respondo tentando manter a voz calma e não deixar nada transparecer.

- Por que está suando tanto assim? Está com febre?- questiona colocando a mão em minha testa - O que é isso? Sua bolsa estourou? - pergunta olhando minhas roupas.

  Tento me afastar dele a todo custo mas, ele me puxa de volta.

- O seu bebê vai nascer - afirma.

- O que está fazendo? - pergunto quando ele levanta a barra do meu vestido.

- A sua filha já vai nascer, não dá tempo de chegar ao hospital, vamos ter que fazer o parto aqui e agora - fala puxando minha calcinha e tento fechar as pernas.

- O que pensa que está fazendo? - ofego com mais uma contração.

- Sou obstetra também, esqueceu - diz.

- Por... Por que está... me... ajudando?

  Percebo ele pegar uma maleta.

- Hábitos de médico - explica quando percebe para onde estou olhando - Depois que falei com minha mãe no celular e antes que pense que ela está sabendo sobre isso, ela não sabe.

- Eu não pensei - digo.

- Percebi que estava fazendo uma besteira e que não deveria fazer isso... Agora, quando uma contração vier, você empurra com toda força - fala e concordo com a cabeça.

  Ele mal fecha a boca e a próxima contração vem, empurro do jeito que ele falou, repito o mesmo processo durante trinta e cinco minutos, caio para trás cansada e então faço força uma vez.

- Vai, eu já estou vendo a cabeça - incentiva.

  Faço força uma última vez e sinto quando ela finalmente sai de dentro de mim, chorando alto e forte.

- Ela tem ótimos pulmões - ele fala cortando o umbigo umbilical dela, enrolando-a em um pano me entregando ela - Aqui está.

- Oi meu amor, aqui é a mamãe. Bem vinda minha Skylar, mamãe te ama muito - falo alisando seu rostinho que ainda está sujinho de sangue.

  Ela para de chorar assim que começo a falar com ela, então ela abre seus pequenos olhos que são tão azuis quanto os do pai e do irmão, o que me encanta mais ainda e me faz quase morrer de amores por ela.

  De repente começamos a ouvir som de sirenes da polícia.

- Você não vai fugir? - pergunto olhando para ele.

- Não, na verdade fui eu que os chamei, após falar com minha mãe. Eu vou me entregar, assim minha pena vai ser menor - responde levantando-se.

   Ele caminha até o portão do galpão, Thales fica parado lá esperando pela polícia, que chega poucos minutos depois.

- Mãos para cima - um dos policiais fala apontando uma arma para ele.

  Enquanto Thales é algemado e levado até a viatura, dois policiais entra no galpão e logo vejo Maurício vindo atrás deles.

- Meu amor - ele estanca no meio do caminho ao perceber nossa filha em meus braços - Meu Deus, é a nossa filha?- pergunta e confirmo sorrindo emocionada.

* desculpe a demora para postar, o wattpad deu uns probleminhas esses dias que não nao deixava eu entrar nas histórias e nem entrar nas minhas, ontem que voltou ao normal, desculpem mais uma vez.

Beijocas 😘😘😘

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O Recomeço de Joana :*Onde histórias criam vida. Descubra agora