Joana Benett, vinte e oito anos, tem o sonho de ser mãe, mais não tem o cem por cento do apoio do marido. Depois de três terríveis abortos espontâneos, decide procurar um médico para descobrir o que tem, descobre que por conta dos contraceptivos dif...
Logo pela manhã tive uma surpresa ao receber uma ligação de Angelina, a mãe de Maurício, pedindo para ir até lá para tomar café da manhã com ela e ver Matteo, o que acabei aceitando porque estava com saudades do pequeno.
Ao chegar em sua casa fui recebida pela mesma, assim que me viu Matteo abriu o sorriso mais lindo que eu já vi, me fazendo rir e derreter por ele com tanta fofura, Carlos, o pai de Maurício, me cumprimenta após me entregar o pequeno, depois caminhamos até a sala de jantar, onde tem uma belíssima mesa recheada de todo tipo de comida, estava conversando com Angelina quando Maurício chegou.
- Joana? O que está fazendo aqui? - pergunta e percebo que ele está tentando não ser indelicado.
- Eu a convidei, meu filho - Angelina responde antes que eu possa abrir a boca - Sente-se querido, coma com a gente.
- Já tomei café, tinha vindo pegar Matteo - fala sentando-se ao meu lado.
Depois da chegada de Maurício o clima ficou muito esquisito, não sei, parecia que não sabíamos como agir um com o outro após sua proposta de ser o doador do meu bebê e vou confessar que estou inclinada a aceitar, mas antes preciso conversar com minha terapeuta, a minha família e os pais dele, não podia aceitar sem pensar em tudo e o que tudo isso pode afetar a vida de todos, principalmente Matteo.
Após o café da manhã, sentamos na sala de visitas onde conversamos por horas, como hoje era final de semana não preciso trabalhar, então poderia ficar com Matteo e hoje ele especialmente estava uma fofura.
- Então, o que aconteceu com vocês? Desde que Maurício chegou estou sentindo um clima esquisito entre vocês - Angelina pergunta direto ao ponto, nos fazendo olhar um para o outro.
- Sra. Angelina...
- Pode me chamar só de Angelina, não precisa do senhora - pede e concordo.
- Angelina, a alguns dias eu fiz o meu primeiro tratamento para fazer uma inseminação, para ter um filho, o Maurício soube e se ofereceu para ser o doador, o pai do meu bebê... E para falar a verdade estou pensando em aceitar, mas antes queria falar com vocês, a minha família e a nossa psicóloga e principalmente como isso vai afetar a vida do Matteo - falo tudo de uma vez.
Ela nos olha com um misto de emoções, confusão e espanto mas, ela olha para Maurício como se ele fosse maluco, coisa que acredito que ele é.
- Meu Deus! Maurício como você decide fazer uma coisa dessas sem falar com a gente, sem pensar no seu filho, sem ofensas querida, mas você não é mais criança meu filho - ela diz para Maurício que só balança a cabeça para ela.
- Eu sei mãe e é por isso que me oferecir para ser o pai do bebê, também acho que um irmão faria bem para Matteo - Maurício diz me pegando de surpresa.
- Ok, ok. Vocês façam o que achar melhor e também não vou mentir dizendo que mais um neto não seria bom, na verdade eu ia amar - fala dessa vez com empolgação na voz.
Não imaginei que Angelina reagiria assim, que gostaria de ter mais um neto, ainda mais que sua nora faleceu à quase quatro meses e suponho que Maurício não contou sobre o que descobriu aos pais. Agora basta somente eu conversar com a minha família e com a Dra. Marques, para tomar uma decisão definitiva.
Algumas Semanas Depois...
As semanas passaram rápido, fiz a minha segunda sessão do tratamento, também conversei com a Dra. Marques desabafei com ela e ela me aconselhou a seguir meu coração, logo após conversei com a minha família que por sinal ficaram chocados e perplexos, não concordaram de início mas, depois de alguns dias eles aceitaram e passaram a me apoiar.
Ainda não conversei com Maurício sobre a minha decisão, por isso, as sete da manhã em ponto liguei para ele.
- Alô? - no quarto toque sua voz sonolenta atende.
- Maurício, sou eu Joana, gostaria de falar com você, por isso, queria convidar você e o Matteo para irem passar o final de semana comigo, na minha fazenda. Então, aceita? - pergunto ansiosa e nervosa ao mesmo tempo.
Tudo o que escuto do outro lado, é sua respiração.
- Hãn... Claro, claro que eu aceito - responde me fazendo respirar de alívio.
- Então, podemos nos encontrar aqui na minha casa e aí vamos juntos para a fazenda - proponho.
- Está bem - concorda antes de desligar.
•°°°•
A viagem foi feita em completo silêncio, a não ser pelos resmungos que Matteo soltava quando estava feliz ou zangado, descobrir que ele realmente não gosta de viajar por muitas horas na cadeirinha, por isso, quando saímos da cidade o tirei de lá, já que Maurício insistiu em ir dirigindo, só coloquei o endereço no GPS e qualquer coisa eu sei como chegar lá de olhos fechados apesar de ter ido poucas vezes lá.
Quando chegamos era início de noite e por sorte a esposa do caseiro, que cuida da fazenda, tinha arrumado tudo e fez um jantar delicioso para nós, Matteo dormiu logo depois do banho que o pai deu nele, ele estava muito cansado.
E foi assim que a tão temida hora da conversa chegou, sentada no sofá da sala fico esperando Maurício voltar do quarto, aproveitei esse momento para pegar uma garrafa de vinho, que estava na geladeira e duas taças, me sento novamente enchendo até a metade da minha taça, cruzando as pernas tento relaxar ao máximo possível. Nem um minuto depois ouço passos atrás de mim, não preciso olhar para trás para saber quem é, Maurício senta-se em silêncio no outro sofá, enchendo sua taça de vinho também, ficamos os dois calados sem saber por onde começar.
- Maurício, eu vou direto ao ponto... Eu aceito a sua proposta, de ser o pai do meu bebê - falo de uma vez, o fazendo me olhar de olhos arregalados.
Ele se levanta eufórico parando em minha frente, puxando-me pela mão, me fazendo levantar também.
- Joana, me desculpe mas, eu preciso fazer uma coisa que venho desejando a tempos - diz me deixando confusa.
- O quê?.
Minha pergunta foi respondida quando ele colou sua boca na minha, de primeira fiquei paralisada, em choque mas, quando sua língua tocou meu lábio inferior algo acordou dentro de mim e logo me peguei retribuindo o beijo, passando os braços por seu pescoço enquanto suas mãos descem pela minha cintura parando atrás das minhas coxas, entendendo sua intenção enlaço minhas pernas em sua cintura, sem desgrudar nossas bocas ele caminha nos guiando até meu quarto.
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