[28] Blinding Lights

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Dedicado a: Kaizinho

O pontinho de felicidade que Kyungsoo tinha agora, era poder se comunicar quase todos os dias com Jongin, nem que fosse por uma simples mensagem.

Em meio a tanto caos, tinha pelo menos isso.

Somente isso, já que era privado de falar com os próprios pais.

Depois de sua falsa morte, a qual, para todos efeitos todos acreditavam que era real, nunca mais pode falar com seus pais - pelo menos, na frente do irmão e avô, e especial com o seu pai alfa -, assim como Minseok, que sempre perguntava quando poderia falar com seus pais, especialmente seu omma.

Minseok sempre foi mais apegada a Namjoon, por natureza filhotes ômegas serem mais apegados seus appas, mas acima disso sabia que a vida do seu omma se resumia a sua, era, nas palavras de Seokjin: seu melhor presente da vida.

Por isso, estava preocupado com a situação dele com tudo isso.

Entretanto, a mesma resposta que usavam consigo, também usava com seu amigo, e era que no momento, não era possível, e quando chegasse a hora certa, quando, e se fosse seguro, entrariam em contato com os pais de ambos, mas Kyungsoo desconfiava que esse momento, essa hora, jamais chegaria, e por isso, começou a agir sozinho as escondidas.

Todos os dias, passeava pela a casa, precisava conhecer melhor ela, já que a mesma passou por mudanças e reformas ao longo dos anos que passou afastado da convivência com o avô. Kyungsoo, todos os dias vasculhava cada centímetro da casa para quando chegasse a hora certa, escapasse, até tinha tido algumas aulas de direção com o irmão e avô nesse meio tempo, mas sempre fingindo não ter aprendido bem, ou não usava os óculos de proposito, até chegando a bater o carro esportivo de Hae no portão da garagem, ao qual, se quer amassou, provando que qualquer coisa que tentasse passar por ele - ou sair - teria grande dificuldade, ao contrário do carro de seu irmão, que mesmo tendo blindagem, chegou a amassar um pouquinho, quase fazendo o alfa ter um faniquito.

O que fez, não foi exatamente de proposito pois era parte de seu plano para não chamar a atenção, mas estaria mentindo se falasse que não foi engraçado ver o surto de seu irmão, e a forma que correu até o carro para ver se ele - o carro - estava bem.

Kyungsoo agia naturalmente, para que ninguém desconfiasse do que planejava e não chamar atenção. Perguntava pelos pais, como se não soubesse de nada, e quase não mencionava Jongin ou o restante da família, nem mesmo quando era perguntado, sabia que era uma armadilha para contar algo, e jamais faria algo que colocasse Jongin em perigo, então apenas negava a informação ou fingia não ter entendido a pergunta, ou, na maioria das vezes, saía andando como se tudo estivesse bem e acreditasse fielmente que tudo ali, tudo que seu avô e irmão mais velho falava era a mais absoluta verdade, tanto que, em muitas das suas andanças pela casa, levava junto Minseok, como sempre faziam antes, passavam a maior parte do tempo juntos, e por mais que quisesse contar sobre tudo que sabia para ele, ter essa troca de informações para que pudessem fugir dali juntos, contar sobre Jongin, afinal, sempre foram melhores amigos, não sabia se podia confiar nele para isso.

Esse tempo juntos, morando juntos com Hae, mostrou que a ligação de seu melhor amigo com seu irmão, era algo forte, bem forte, forte ao ponto dos dois já começarem a dividir o mesmo quarto, e seu avô, Suang, já mencionar Minseok como o ômega de seu neto.

Ou seja, mesmo amando Minseok com um irmão e não querer deixá-lo sozinho para trás na casa, não poderia confiar nele para isso.

Em passos leves, Kyungsoo se levantou de sua cama, pegou seus óculos no móvel ao lado da mesma, e seguiu até seu armário, onde, agora, guarda o seu celular secreto dentro de um dos ursos que ganhou do avô.

Deserve ↬ Kaisoo + Taoris  ↫Onde histórias criam vida. Descubra agora