Deserve ↬ Kaisoo + Taoris ↫

[36] Zero For Conduct

"– Omma, está escuro lá fora.

O pequeno alfa disse olhando para a parte de fora da casa, além da onde a pequena luz da varanda conseguia iluminar.

Estava escuro, estava frio, e estava com medo de ir para lá sozinho, além de estar com sono.

Estava dormindo quando um barulho alto o despertou, e logo depois, seu omma entrou em seu quarto e o pegou.

– Eu sei meu amor, mas... – a sua frente, se omma olhou rapidamente para trás, e depois, voltou a olhar para si.

– É uma brincadeira, você tem que se esconder lá, até que eu ou o papai vá atrás de você e te achar.

– Brincadeira de esconde-esconde, omma?

O pequeno questionou, adorava brincar de esconde-esconde, adorava tanto que, esqueceu-se até do medo de escuro e sono.

– Isso meu amor...

O ômega disse deixando algumas lágrimas caírem, mas sem tirar o sorriso do rosto.

Não podia assustar seu pequeno, tinha que afasta-lo o mais rápido possível.

– Mas só pode sair se um de nós dois te achar.

Com um enorme sorriso, o sorriso mais lindo que Joowe viu em sua vida, Jongin concordou com a cabeça abraçando mais forte o ursinho que de tanto ser arrastado de para todos os lados da casa, estava surrado.

– Conta até cem, omma.

Todo animado com a brincadeira, Jongin disse já pronto para sair correndo e se esconder, entretanto, antes que ele se fosse, Joowe o segurou em seus braços e o abraçou, o abraçou pedindo aos céus que não fosse pela última vez, e logo depois, o soltou e com um enorme peso no coração, viu seu pequeno correr rumo a escuridão.

Mesmo sendo pequeno, seu alfa já sabia se esconder como ninguém, havia ensinado – e seu marido –, como uma brincadeira.

Um barulho alta ecoou, vindo do outro lado da casa, e não vendo mais seu lindo filhote, o ômega se levantou do chão onde estava agachado para ficar na mesma altura de seu alfa e tirou a arma de trás das costas, deu meia volta, e seguiu para dentro da casa, onde seu marido, tentava contatar o resto da família, pedir ajuda, e infirmar que haviam sido localizados, ou pelo menos, assegurar que alguém viria e acharia o bem mais precioso dos dois.

Como sempre fazia, quando brincava de esconde-esconde com seus pais, o pequeno alfa correu para dentro da mata, em direção ao tronco oco que havia achado algum tempo atrás, entrou dentro dele e se escondeu abraçado ao seu ursinho, e lá ficou por horas esperando ser achado o que em geral, não demorava muito, seu appa sempre o achava, porém, desta vez, o alfa demorou, e o sono chegou com mais força e o venceu o pequeno alfa.

Na manhã seguinte, ao acordar ainda dentro do tronco, o pequeno, ainda confuso por estar em meio a mata, saiu do tronco e com as ideias mais claras, tomou o caminho de casa, conhecia bem os arredores dela – foi treinado, mesmo sem saber, para saber –, todo feliz, pela primeira vez, havia vencido no esconde-esconde, seus pais não haviam lhe encontrado.

Entretanto, o enorme sorriso por ter vencido, e por querer pedir um enorme bolo para seu omma por ter finalmente conseguido como prêmio, desapareceu de seus lábios ao chegar perto de sua casa, e ver o que sobrou da mesma.

A construção mediana, doutra hora, tradicional, estava reduzida a cinzas e paredes queimadas com nada além do odor de queimado dominando o local.