Protocolo

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ROMANCES MENSAIS

LIVRO IV – COMPETIÇÕES DE ABRIL

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CAPÍTULO XII - PROTOCOLO

A situação havia saído completamente do controle. A perseguição em alta velocidade em meio a troca de tiros haviam deixado muita destruição pela cidade. Eu observava tia Tasha conversar com seus homens, exigindo relatórios, pistas e mais informações sobre as pessoas que haviam tentado nos matar. Enquanto isso, Sara interrogava os homens que haviam conseguido escapar da troca de tiros com os agentes da S.H.I.E.L.D., mas a parecia que nada estava saindo como ela gostaria. Obter informações dos poucos inimigos que havia sobrevivido ou restado nos locais de combate estava sendo uma verdadeira batalha.

Ainda parados ao lado do carro, Cait se mantinha quieta e pensativa. Desde o momento em que conseguimos sobreviver a perseguição, ela não havia dito nada além de responder de maneira monossilábica as perguntas feitas por tia Tasha e Sara.  Eu estava começando a ficar preocupado com a garota. Não que eu vivesse uma vida repleta de aventuras, recheadas por perseguições em alta velocidade e missões dignas de um agente estilo James Bond, mas meus primos e eu fomos treinados por duas pessoas bastante habilidosas quando crianças.

Mesmo que fosse como brincadeiras para nós, tio Clint fez questão de aprimorar nossos sentidos, assim como o dele que era bastante aguçado. Como agente da CIA, tia Tasha nos ensinou a escapar de situações perigosas e a manter a calma em diversas situações perigosas. Como em jogos de competição, nos acampamentos na casa de tio Clint, nós formávamos equipes e desenvolvíamos estratégias para superar qualquer obstáculo imposto pelo casal.

Nós precisávamos ser teimosos e inteligentes como um Barton. Era divertido e desafiador. Cada um usava a melhor habilidade que tinha para superar a outra equipe. Isso nos exigia bastante confiança, trabalho em equipe e conhecimento de nossos dons, como tia Tasha gostava de chamar. Com isso, nós também aprendemos a ter disciplina e a ter uma melhor inteligência emocional. Não importava o quão difícil fosse a situação, precisávamos manter a postura e não nos deixar abalar pela complexidade do obstáculo.

Agora, dez anos depois, entendo um pouco de como aquele treinamento que recebemos todo fim de semana de tio Clint até a suposta morte de Sara e o aumento dos desafios durante um ano com a chegada de tia Tasha nos fizeram bem, por mais estranho que isso possa ser. Talvez tio Clint soubesse que poderíamos correr perigo em algum momento e resolveu se prevenir.

- Você está bem? - Pergunto, encarando a garota, que observava o rio White parecendo estar longe da realidade.

- Sim. - Responde, suspirando em seguida. Ela me encara e parece pensar um pouco antes de continuar. - Você parecia saber muito bem como lidar com a situação.

- Tio Clint e tia Tasha ensinaram a mim e aos meus primos algumas formas de nos defender, atacar e fugir em casos de problemas. - Explico e ela assente, lentamente. - Sinto muito por te envolver nessa situação. Apesar de não saber quem está por trás disso, acho que eu tenho culpa por isso ter acontecido.

- Não se preocupe. Eu confesso que fiquei assustada com a situação, mas não foi sua culpa e jamais teríamos sobrevivido a esse ataque se não fosse por essa habilidade maluca sua de Velozes e Furiosos. - Brinca e eu dou um fraco riso. - E você? Está tudo bem? Parecia tão calmo enquanto tudo acontecia.

- Na verdade, eu estava apavorado. - Confesso, rindo. Ela me encara surpresa. - Fiquei com medo de não ser capaz de te proteger e de não conseguir ser bom o bastante para conseguir fugir daqueles homens. Eles eram bastante habilidosos.

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