》Capítulo 6《

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LIA

MEU DEUS! Que situação! Onde fui me meter? Eu estou morta de vergonha. Minha vontade é simplesmente de pular nesse lago e sair nadando para ninguém me achar.

- Recomponham-se! - Grita o policial.

Imediatamente levantamos do chão, visto meu vestido, arrumo meus cabelos bagunçados e Andrew tenta se ajeitar da mesma forma. Se minhas bochechas coravam por qualquer bobagem, nem imagino como devem estar agora. Não sei porquê, mas mal consigo olhar nos olhos de Andrew.

- Qual é o nome de vocês? - Pergunta o policial a nossa frente.
- Meu nome é Andrew e o dela é Lia. - Andrew responde percebendo que não iria sair uma palavra da minha boca.
- Entendi! Vocês estão cientes que é uma violação realizar esse tipo de... vocês sabem do que estou falando.
- Mas não estávamos fazendo nada de grave.
- É, eu percebi que não. - Ele debocha da fala de Andrew.
- Enfim, que isso não se repita. Se dêem o respeito. Esse é um espaço público, onde famílias e crianças frequentam. Querem fazer esse tipo de coisa? Vão para um motel.
- Pedimos desculpa senhor, não acontecerá novamente.
- Eu deveria multá-los, mas dessa vez irei deixar passar.
- Agradecemos! - Andrew diz.
- Agora vão para casa.

Então viramos as costas e seguimos ao local do nosso piquenique. Em silêncio retiramos as comidas, a toalha do chão, as luzes e desmontamos o nosso ninho. Quando entramos no carro para ir embora, Andrew fica me olhando e eu mal consigo olhar para a cara dele, então fixo meu olhar para a frente. Em um dado momento, não resisto e acabo olhando para ele também, ficamos assim durante algum tempo e, do nada, aquele climão se transforma em uma crise de risadas. Nós gargalhamos até lacrimejar os olhos e a barriga doer.

- Que loucura! - Digo limpando uma lágrima dos meus olhos.
- O que achou do encontro?
- Mais divertido que isso, seria realmente impossível. - Afirmo.
- Que bom! Conseguimos aproveitar bem a nossa noite. Obrigado por decidir ficar até a celebração do meu doutorado.
- Não precisa agradecer, será um prazer e um momento memorável. Eu quem agradeço pelo convite.

O policial buzina nos expulsando do local, então seguimos com o carro.

- Melhor a gente ir. - Andrew afirma.

☆☆☆☆

Chegando em casa, Andrew estaciona o carro um pouco antes da minha casa. Descemos do carro e começamos a conversar. Ele encosta no caput do carro, me puxa pela cintura e me coloca a sua frente.

- O que você irá fazer amanhã? - Pergunta.
- Até então não tenho planos.
- Pois agora você tem.
- Quem é você para decidir por mim? Não está com essa bola toda não viu?! - Alerto brincando.
- Você teria a coragem de me negar mais um encontro? Tendo em vista que logo estará indo embora e eu tenho que aproveitar o máximo possível? - Merda! Ele tem bons argumentos.
- Com apenas uma condição, então.
- Diga.
- Prometa que será um encontro sem banhos na água gelada e sem policiais. - Sorrimos juntos.
- Tudo bem, eu prometo.
- Inclusive, ainda estou encharcada. Se eu adoecer, a culpa é totalmente sua.
- Eu cuido de você.
- Humm. Agora quer dar uma de romântico? Cara de pau.
- O que acha de algo mais simples amanhã?
- Tipo o quê?
- Um shopping ou parque de diversões? O que preferir.
- Ah, pode ser no parque, faz muito tempo que não vou em um.
- Fechado! Após o almoço venho lhe buscar.
- Tá ótimo! Agora deixe-me entrar, já está tarde.
- Tudo bem.

Nos abraçamos e em seguida ele deposita um beijo eletrizante em minha boca. Talvez eu queira mais, talvez ele queira mais. Então rapidamente aquele simples beijo de despedida se torna uma pegação incontrolável no meio da rua. Parecemos dois adolescentes. Então ele interrompe nosso momento quente e me pergunta:

(R)EXISTA!Onde histórias criam vida. Descubra agora