(R)EXISTA!

》Capítulo 30《

Andrew

Pelo visto até agora tudo está saindo melhor do que o previsto. Estou um pouco alcoolizado, porém sóbrio o bastante para admirar todos os convidados se divertindo, o buffet estava divino e temos bebidas para todos os gostos. Nesse momento, meus pais pediram para que pegassem alguns dos vinhos especiais de nossa adega para servir aos nossos convidados.

Continuo passeando com meu olhar por todo o salão, até de longe enxergar Lia correndo com a mão na boca. Olho de onde estava saindo, e vejo Bruna em pé a observando de longe. Sigo em sua direção furioso, sei muito bem o que aconteceu.

— Minha noite estava muito boa para ser verdade, Bruna. O que você fez com minha namorada? Por que ela saiu correndo daqui? — Esbravejo.
— Andy, e-eu não fiz absolutamente nada. Nós estávamos...
— Eu te conheço muito bem, Bruna. Quando essa sua perseguição vai acabar? Esse seu inferninho não tem fim nunca? Foi simplesmente você chegar e destruiu a noite que estava perfeita.
— Você está muito alterado. Deixa-me explicar... — Ela tenta falar, mas não permito.
— Chega! Eu não quero mais explicações. Só me diga aonde Lia foi.
— Ela foi ao banheiro, mas eu não...
— Eu já disse que meu assunto com você está encerrado! — Olho para ela por um instante, só sinto raiva — Eu não sei o que você veio fazer aqui. — Saio deixando-a sozinha novamente.

Caminho em direção ao banheiro do salão, mas sou barrado por uma mão em meu peito.

— Ei, ei, ei. Onde você pensa que vai? — Christopher pergunta colocando o braço entorno do meu pescoço.
— Chris, agora não.
— Uai, o que eu te fiz? Por que toda essa fúria?
— Não é com você, só me deixe passar. — Peço.
— Então tá bom, estressadinho. — Ele me solta e continuo meu percurso até o banheiro.

Finalmente chego ao meu destino e vejo a porta fechada. Bato algumas vezes chamando o nome de Lia, mas não obtenho resposta. Começo a me preocupar mais do que antes, então ameaço derrubar a porta. Novamente não ouço nada, e quando finalmente estou me preparando para dar um bicudo, a porta se abre e vejo minha namorada chorando com a maquiagem borrada.

— Ei, o que aconteceu? O que a Bruna fez com você? — Pergunto, fechando a porta atrás de mim.
— Ela não fez nada, eu simplesmente passei mal.
— Como assim, amor?
— Íamos conversar, nos resolver de uma vez. Mas no mesmo instante, um enjoo subiu até minha garganta, e corri para vomitar. — Ela diz, enquanto aperta a descarga do sanitário e se direciona à pia.
— Do nada?
— Sim.
— E você não acha que é ... — Sou interrompido.
— É claro que não! Isso é impossível. Acho que simplesmente bebi demais e a embriaguez misturou-se com a ansiedade.
— Realmente você bebeu demais.
— Foi para tomar coragem. — Sorrio de sua justificativa.
— Então Bruna não fez nada com você? — Pergunto, enquanto lavo seu rosto.
— Não, uai. Por que a pergunta?
— Acho que tive uma pressuposição errada da situação e acabei brigando com ela.
— Melhor vocês se resolverem. Diga à ela que já estou indo.

Dou um beijo em sua testa e vou me desculpar com Bruna. Eu sou um idiota! Ela estava tentando resolver as coisas e mudar. Por que não a deixei explicar? Nem imagino como ela esteja se sentindo depois de tudo que eu disse.

LIA

Após poucos minutos que Andrew me deixa sozinha no banheiro. Continuo lavando meu rosto e em seguida tento resolver a situação crítica que se encontra minha maquiagem. Maldita bebida!

Finalmente ando até Bruna e assim que chego vejo ela abraçando Andrew. Por incrível que pareça, não sinto ciúmes, sei que pelo pouco que ele me contou, deve ter ofendido muito ela. Ela merece desculpas sinceras.