Psicologia Reversa. Part II

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    Mesmo no escuro do quarto iluminado apenas pela luz que vinha da porta aberta eu busquei com os olhos rapidamente algum ponto no quarto que pudesse servir como um local de acidente doméstico, minha mente trabalhava em prol do assassinato imediato dela, meu sangue antes quente de raiva agora começava a esfriar; à minha esquerda avistei uma cômoda aonde ela deve guardar as roupas íntimas, por cima da cômoda tem uma pequena prateleira com alguns adornos, bijuterias e objetos aleatórios, típico de um quarto feminino... É isso, aquele será o lugar de seu suposto “acidente”!

    – Vai lindinho, para de resistir e me come! Eu vou te mostrar uma coisa incrível, você vai amar. – Ela se mostrava cada vez mais devassa enquanto tentava lamber o meu rosto.

    Agora mais estimulado a cumprir meu plano acabei parando de exercer força para me soltar, me tornei mais suscetível ao que ela queria.

    – Espera! Está bem Elise, eu me rendo, não vou mais tentar escapar. Pode fazer o que quiser! – Suspirei, me mostrei condescendente, ela vai acreditar em mim e me soltar, aí o seu “acidente” vai começar.

    – Tão fácil assim? Estranho... – ela desconfia de algo? –, não sei se vou te soltar agora Trevor! – Óbvio que ela não cairia nessa tão fácil..., mesmo com os braços imobilizados quem diria que eu perderia em força para essa vagabunda!

    – Como assim Elise? Não é isso que você quer? Que eu transe com você! Estou dizendo que vou fazer. – Continuarei fingindo submissão.

    – Até 1 minuto atrás você estava com uma cara de quem queria me matar – nada mal sua piranha – e agora já ficou todo dócil..., estranho demais meu irmãozinho.

    – Ok, o que você quer de mim?

    – Quero brincar, mas agora você está muito bravinho, acho que vou precisar te amarrar!

    – Quero saber como vai fazer isso. Assim que você vacilar eu posso me soltar!

    – Verdade. Vai dar trabalho, mas eu estou preparada, imaginei a sua resistência desde o começo. Por baixo do travesseiro eu tenho uma algema de verdade que eu uso em algumas brincadeiras, – seu desejo sexual doentio a fazia suspirar de prazer sozinha – só preciso colocá-la em suas mãos e te prender a cama. – Meu ódio só aumentava, mas eu demonstrava calma.

    – Elise, você já pensou nisso que está fazendo? Louis morreu, estamos todos de luto, e você vem me assediar? Você é uma doente mental, saia de cima de mim agora e eu não conto nada aos nossos pais.

    – Se você nunca contou nada que acontece entre Tyler e eu, por que iria contar justo sobre isso aqui? Eu poderia virar a situação ao meu favor. Muita coisa poderia acontecer se você abrisse a boca, pense bem! – Maldita, passar tanto tempo com Tyler a ensinou chantagem? Contar aos nossos pais seria de fato um grande problema.

     – As coisas não vão ficar assim Elise!

    – Com certeza não! – Ela abre um sorriso pervertido.

    Como num piscar de olhos a desgraçada se deitou sobre mim segurando meus dois braços torcidos com uma só mão pressionando o seu peso contra minhas costas, com a mão livre ela rapidamente puxou a algema de baixo do travesseiro, e com muita proficiência conseguiu algemar uma de minhas mãos, mas para o azar dela eu também sou proficiente.

    Por ela ter se abaixo bem próximo de mim para prender minha outra mão, com a mão algemada eu peguei em seus cabelos e a puxei para a minha esquerda girando o meu corpo junto fazendo com que ela rolasse por cima da cama e caísse no chão.

Os Gêmeos: Na Ilha do PurgatórioOnde histórias criam vida. Descubra agora