D E Z E S S E T E

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As vezes não notamos quando estamos vivendo um momento marcante na nossa vida, esquecemos dos dias e das coisas que se passam. Então olhamos para fotos, as únicas responsáveis por congelar os melhores e piores momentos das nossas vidas.

Eu realmente espero que ninguém esteja com uma câmera por perto, eu não gostaria de lembrar desse dia.

— Meu filho, ela é uma graça! — a mãe de Albert coloca as mãos em meu rosto. — Olhe essas bochechas! Minha neta ficará com essas bochechas também? — ela sorri para mim.

— Espero que sim mãe, se puxar ela, vai sair muito mais bonita. — Albert me encara com as mãos nos bolsos e eu tenho que me concentrar para não revirar os olhos.

— É um prazer conhecê-la, Sra. Lynn. — eu a cumprimento com um curvar, eles não são de abraços.

— Me chame de Jan-di, seu nome é muito bonito. — o inglês cheio de sotaque da mãe de Albert é minha religião. — Alicia. — ela testa o nome.

— Deixe a menina em paz, Jan-di, muito prazer Srta. Blood, meu filho fala muito de você. — Sr. Lynn se curva e aperta minha mão logo em seguida.

— Ele fala muito de vocês dois também, vocês são heróis para Albert.

Albert agarra minha cintura e eu abraço seu peito de lado.

— Vamos nos sentar e aproveitar que está quente. — Albert me leva até a mesa e puxa a cadeira para mim.

Nos sentamos na mesa, o jantar é servido e o pai de Albert começa a falar.

— Então Alicia, me diga, como tem sido Londres para você?

— Ah, muito fria obviamente, mas de resto eu estou gostando. Tem muita cultura aqui e, a literatura é maravilhosa. — coloco um pouco de comida na boca.

— Hin e eu sempre ficamos aqui alguns dias no mês, ele... — Jan-di é interrompida por Hin.

— Não se meta mulher, onde está sua educação? — ele grita na mesa.

Porque homens sempre são tão babacas? Seria algo genético ou só cultural?

— Não precisa gritar com ela Hin, ela não é surda. — digo séria.

A mesa faz silêncio, sinto o pé de Albert bater na minha perna.

— Ela quis dizer que... — Albert tenta me interromper.

— Eu quis dizer exatamente isso, independente de quem você é, deve respeitar qualquer pessoa à sua volta. Sua cultura pode ter te ensinado a ser um ignorante, mas eu não vou ver você desrespeitar minha sogra na minha frente. — levanto da mesa.

O pai de Albert se levanta e circula a mesa, parando ao meu lado.

— Se você não vai corrigir sua mulher, Albert, eu mesmo farei!

Meu rosto arde, minha mão segue onde o tapa estalou.

— Respeite os mais velhos, sua desaforada! — Hin me olha de cima abaixo.

Albert e Jan-di estão estáticos na mesa.

— Você não deveria ter feito isso, seu velho chucro. — rosno.

Pego ele pelo paletó e o puxo para fora da sala e escuto os gritos de Albert. A imagem de Jan-di desmaiada me deixa estarrecida, mas continuo o carregando para fora. O empurro em uma poltrona e ele me olha espantado.

— Você acha que eu vou aguentar que você me agrida sem revidar? Então você é muito mais burro do que eu imaginei. — ando de um lado para o outro. — O tapa ainda está doendo, Hin. — olho para ele e ele sorri. — Acha engraçado? Imagina se eu devolvesse? Posso quebrar uma perna sua com muita facilidade. Você está quase esfarelando. — rio.

O Conto de Alicia (Repostagem Revisada)Onde histórias criam vida. Descubra agora