Prólogo 🗡️👑

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Três homens conversam enquanto caminham por um vale escuro e
enlameado. De longe pode-se ver que se tratam de figuras imponentes e
majestosa, e realmente o são! Estamos falando do Rei Theo, seu irmão
Paráclito e o general Miguel.

- Meu Senhor e Rei! Agora que a obra foi consumada, sabe-se o que o
príncipe deseja fazer? - pergunta o general, enquanto desvia de alguns
galhos pelo caminho.

- Acredito, que Manuel seguira o plano inicial Miguel, a obra foi
consumada, mais a profecia não se cumpriu de todo, temos um luta a
travar - dessa vez quem responde foi Paráclito de forma branda e suave,
características predominantes de sua personalidade.

O rei nada dizia, estava especialmente silencioso nesse dia.

- Bem, pra falar a verdade não sei porque meu Senhores continuam
insistindo nessas pessoas. - Miguel para ao perceber que pode ter falado
demais. - me desculpe a insolência meu Rei, mais se fosse eu o grande
regente, já teria os consumido de uma vez.

Miguel não entendia porque o rei continuava insistindo naquelas vis
criaturas, elas eram inconstantes! Sem afeto natural, irreconciliáveis,
orgulhosas e tinham uma mania de trocar o amor que tinham pelo Rei
Theo por qualquer outra coisa, e isso era o que mais o deixava
inconformado, pois quem em sã consciência poderia fazer isso?

- Miguel há mais mistérios no céu e na terra que você possa imaginar. -
dessa vez o Rei se pronuncia, pois ele conhecia os segredos de todos os corações, até mesmo de arcanjos guerreiros. - que Rei eu seria se não amasse meus súditos, minha criação, de todo o meu coração!? Eu
escolhi ama-los apesar de tudo.

Paráclito também o entendia, pois sentia a mesma coisa, Ele amava
aquelas pessoas, e costumava chorar por elas com muitos gemidos,
gemidos inexprimíveis.

Ainda conversavam quando de repente viram uma imagem logo a sua frente, se tratava de uma criança, estava toda coberta de lama e parecia estar nua, apesar de não conseguirem distinguir muito bem pela pouca claridade, podiam notar que se tratava de uma bela menina de cabelos longos. A criança tentou fugir assustada, mais quando levantou seus olhos ao Rei Theo, se sentiu extremamente constrangida pelo que viu ali, ela viu amor, puro amor! Então se aquietou, pois a dor a impedia de fazer muitos
movimentos.

- Senhor, se trata de uma criança, o que faremos com ela!? Afinal é um
deles - Miguel sentiu pena da pobre menina de cabelos longos.

- Paráclito, ela está muito ferida?! - pergunta o Rei, que não consegue
tirar os olhos da pobre menina.

Paráclito vai ao seu encontro e ao constatar que ela está coberta de
feridas, causadas por uma praga chamada iníquo, mal que assolava aquela gente. Diz que pode sim cura-la.

- Ótimo! - disse o Rei - Vamos leva-la conosco ao palácio. De agora em
diante estará sobre seus cuidados irmão!

- Claro meu Senhor! E como vamos chama-la?

Rei Theo para e pensa um pouco, concluindo logo em seguida que tinha o nome perfeito.

- Princesa Eklesia.

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