Todo terreno parou naquele dia, não existia um servo ou súdito que alheio ou não, não sentisse que algo grande se aproximava. O inimigo também, confundido e temeroso decidiu que era hora de atacar, já havia sofrido uma grande perca quando dois homens muito bem armados se colocaram em posição a mando de Theo e soltaram todos os prisioneiros em diferentes regiões e vilarejos. E era por isso que a reunião foi convocada.
— Grande Helel! — Saudou o patético capacho de patente inferior. — Sofremos mais baixas em vilarejos como Roma e Babilônia mais isso não é o pior...
— Como isso não é o pior! — Respondeu seu mestre com olhar de puro repúdio, seu desejo era de esmigalhar esses malditos e incapazes subordinados. — Seu infeliz, desprezível. Como dois simplórios homens conseguiram derrubar uma legião, uma horda de meus melhores homens?! Imprestáveis!
— E-eles estavam protegidos com um grande exército de guerreiros que iam a sua frente. — Encolhido de medo, procurava palavras para não irritar mais ainda seu mestre, olhou então para outro de seus companheiros mais em troca apenas recebeu um olhar de escárnio, em Geena ninguém se compadeciam de ninguém. — Ao que parece o Rei Theo em pessoa desceu em terreno a pedido de sua filha e junto com Ele todos seus melhores soldados, anjos e arcanjos! Não havia como prevalecer dessa vez.
— Eklesia... — Sibilou entrando em sua forma de serpente. — Tentei me aproximar procurando toda e qualquer brecha como desatenção, despreparo, tristeza ou ansiedade, mais ao que parece todas foram muito bem tampadas!
Nesse momento outro de seus servos se aproximou com a cabeça baixa em claro sinal de pavor, sim, Lucius poderia sentir o cheiro de medo a quilômetros de distância.
— senhor! Eles invadiram uma região de Mundanos onde grande parte de associados e simpatizantes se encontram e... Prometendo liberdade e um lugar em Celestial, fizeram deles seus soldados!
— Malditos! Meu ódio por esses homens só não consegue ser maior do que por aquela a qual jurei destruir… Homens! Preparem suas flechas e setas, lanças e chicotes de ferro! Nosso fim se aproxima, mais não desistiremos sem levar o maior número terrenos conosco para o castigo eterno.
(...)
Em seu quarto enquanto polia sua espada, Eklesia sentiu em seu peito que era hora de se colocar em posição e investir primeiro que seu inimigo, por isso desceu as escadas apressadamente indo de encontro ao Pai que chegará um dia antes.
— Papai. — Lançou-se a seus pés. — A hora se aproxima… Sinto em meu peito.
— Sim minha filha, mais oque te afliges!? — Acariciou seus cabelos. — Já disse Eu que estaria contigo!
— Sim mais...
— Algumas guerras lutarás sozinha, outras não precisarás lutar, mais haverá guerras como essa, que estarei a sua frente! Em nenhuma delas, meus olhos estarão escondidos ou minhas mãos encolhidas para lhe dar livramento em tempo oportuno.
— Papai, não é por mim que choro, mais por todos os seus servos que se encontram aprisionados por Lúcius! Muitos se encontram cegos, porque furaram seus olhos, outros tiveram seus braços e pernas amarrados de maneira tal que duvido que poderiam algum dia se movimentarem! Todavia não existe impossível para Ti, e é por isso que clamo por misericórdia!
— Já cuidei disso. Que Rei eu seria se não me atentasse a aflição de meus súditos!? — O Rei então se levantou e pondo sua filha novamente em pé enxugou-lhe as lágrimas. — Vamos a torre de vigia, você precisa ver algo.
Os dois então se levantaram e se encaminharam até a grande torre com vista para todo o reino. Ao chegar lá a jovem percebeu ao longe uma movimentação estranha.
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Eclesia
SpiritualEklesia foi achada suja e coberta por uma praga chamada Iniquos, Rei Theo a adotou e a colocou sobre os cuidados de Paráclito. Agora já limpa e com todas as regalias de uma princesa, teria Eklesia coragem de jogar tudo isso para o alto em busca de s...