Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho,
Gálatas 1:6
Sentindo ainda seu coração descompensado dentro do peito, Eklesia seguiu atrás de Lúcius até a entrada da cidade onde havia uma placa com os dizeres SEJAM BEM VINDOS AO OUTRO LADO DO CAMINHO, o que fez a jovem pensar sobre o que aquela frase queria dizer pois jamais tinha ouvido falar de uma cidade chamada Apostasia.Ao adentrar ao lugar, a primeira coisa que percebeu foi o comportamento hostil dos habitantes em relação a ela, pois todos a encaram com caretas estranhas no rosto, como se sua mera presença os incomodasse, "mais como? Se perguntou "jamais estive aqui antes e nunca vi nenhuma dessas pessoas"
− E em fim chegamos! - Foi tirada de seus pensamentos com a voz empolgada de Lúcius, que já havia voltado ao seu comportamento normal e apontava para um casarão sombrio e assustador a sua frente . - Vamos querida não fique parada ai, vamos entrar...
− Tu-tudo bem... vai ficar tudo bem! - Afirmou para si mesma enquanto adentrava o recinto sujo e bagunçado, um contraste gritante do lugar onde vivera anteriormente.
− Ah! Nada melhor que o cheiro de lar... - Lúcius inspirou ruidosamente com um olhar de contentamento, o que fez a jovem lançar um olhar descrente e abismado com aquela reação, afinal o lugar fedia e não deveria jamais ser chamado de lar.
− Era aqui onde você vivia? - Perguntou a jovem enquanto franzia a cara pelo mal cheiro do lugar. - Tem alguma coisa morta aqui Lucíus!
− Não seja indelicada, o cheio deve estar vindo de você... - Disse enquanto a olhava de cima abaixo com uma expressão estranha. - E sim... eu e meus setes irmãos vivíamos aqui...
− Onde estão eles agora? - Perguntou inocente. - Eles vivem aqui?
− Ah sim! Eles vivem aqui... na verdade trabalhamos juntos, mais no momento eles estão em outra cidade recrutando mais gente... Mais chega de falar disso, Onde esta todo mundo dessa casa!? - Gritou para o nada. - Maledicência...! Irreconsiliavel...! Soberba! Minhas primas, temos uma convidada.
Nesse momento três belas jovens aparecem no recinto e não escondem a surpresa no olhar.
− O que ela está fazendo aqui Lúcius? - Irreconsiliável, a mais descrente de todas elas é a primeira a se manifestar. - Não teme o que Ele pode fazer?
− Cale-se, eu não a perguntei nada! - Respondeu com uma expressão que fez Eklesia se encolher de medo. - Ninguém aqui tem nada a ver com meu planos! - Se volta enfim para a jovem encolhida ao seu lado. - Vá se limpar, anoite temos negócios a tratar... Vamos Soberba! Não fique aí parada!
Nesse momento Soberba enfim chama Eklesia para que a seguisse, ela era diferente das outras duas, usava roupas indecorosas para uma moça, e mantinha sempre um olhar malicioso, que para desavisados como Eklesia poderiam facilmente confundir com simpatia. As duas então seguiram até parar em frente a uma porta preta com dizeres que a jovem não pode interpretar mesmo sabendo ler, Soberba então tira uma chave no bolso e da passagem para a princesa que se assusta em como o lugar era pequeno e mal iluminado, mais parecendo uma prisão.
− Quase achamos que He... quer dizer... Luciús não conseguiria! - A anfitriã finalmente se manifesta.
− Não compreendo oque quer dizer. - Responde a jovem confusa.
− Deixa para lá... Venha, vou te ajudar com o banho...
− Agradeço, mais prefiro fazer isso sozinha, se não se importa... - Soberba apenas da de ombros, deixado Eklesia sozinha olhando para o nada, que assim que viu a porta se fechando atrás de si se permitiu chorar com saudades de casa.
(...)
Já de banho tomado a jovem princesa apenas esperava Lúcius que até agora não havia aparecido, o que contribui para que a mesma se sentisse mais sozinha e perdida do que já estava. Um barulho é ouvido do outro lado da porta e o jovem esperado entra em fim no local, cambaleando e a olhando de maneira estranha e sedutora, até que vai até a mesma tentando beija-la de novo, porém é fortemente empurrado pela mesma que de tão assustada tenta fugir por medo e pavor pelo oque poderia acontecer.
− Qual o problema querida?... Estamos juntos agora, seu noivinho não pode mais nos atrapalhar. - Dito isso gargalha fortemente chacoalhando todo o seu corpo. - Afinal não era isso o que você queria?
− Não Lúcius! Pare por favor! - Implora com lagrimas nos olhos, quando ele avança novamente para o seu lado - Você está me assustando!
− Agora vai dizer que não me quer? - Pergunta com os olhos faiscando de raiva. - Pare já com isso e tire suas roupas! Agora você é minha... minha propriedade. - Aponta para si enquanto rasga as roupas da mesma que em vão tenta se debater.
Eklesia luta com todas as suas forças, culpando a si mesmo por ter-se colocado nessa situação, até que começa implorar baixinho para que o Pai pudesse ajuda-la, e é aí que Lucius se afasta de repente.
− Esse seu cheiro me incomoda! Arg! Mesmo longe deles ele não desgruda de você! - Ele encara a jovem encolhida com suas roupas rasgadas, e então abre um sorriso assustador. - Mais não tem problema... Tenho outros planos para você...
− Lúcius? - sussurra a jovem ainda assustada com a voz embargada - Porque está fazendo isso?... você prometeu que cuidaria de mim! Disse que me amava... e-eu quero voltar para casa!
− Para casa? - Começa a rir sem parar, secando as agrimas logo após. - Você acha que eles vão te aceitar? Você fugiu sua tola... traiu seu noivo!
− Lúcius...
− Não me chame assim! - Vai até a mesma e só para quando está a centímetros de seu rosto. - Me chame como gosto de ser chamado... Helel
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BOM DIAAAAA!!!! A partir de agora os capítulos serão atualizados com maior frequência ♥️♥️ 🙏
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Eclesia
SpiritualEklesia foi achada suja e coberta por uma praga chamada Iniquos, Rei Theo a adotou e a colocou sobre os cuidados de Paráclito. Agora já limpa e com todas as regalias de uma princesa, teria Eklesia coragem de jogar tudo isso para o alto em busca de s...