Capítulo 9 - Estranho "presente" 👑

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Sabemos por meio das Escrituras que Satanás não vencerá a batalha espiritual, mais toda vez que ele consegue fazer um cristão se afastar de Deus, ele vence uma batalha espiritual

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Sabemos por meio das Escrituras que Satanás não vencerá a batalha espiritual, mais toda vez que ele consegue fazer um cristão se afastar de Deus, ele vence uma batalha espiritual
— David Jeremiah

Os dias que se seguiram foram de grande valia para Eklesia, afinal agora ela tinha um amigo, um que não fizesse parte de sua família e que estava disposto a ceder a todos os seus desejos e caprichos.

Todos os dias a moça dava um jeito de despistar seu tio e sair de fininho até a ponte onde encontrava Lúcius que sempre a esperava com um sorriso no rosto e algum presente que comprara na feira dos Deleites.

E o colar?

Bem, o colar já estava a muito esquecido pela jovem que desistira na primeira tentativa frustrada.

− O que trouxe dessa vez? – Perguntou enquanto dava pulinhos tentando alcançar o pequeno saco que Lúcius insistia em erguer para cima. – Vamos! Estou curiosa...

− Sua curiosidade é uma qualidade admirável para mim bela jovem. − Eklesia já não se importava com os galanteios recebidos, pelo contrário, ela os acolhia muito bem, afinal eles eram apenas amigos. – E por isso, só por isso, deixarei que veja seu presente mais cedo do que o previsto.

Ele então lhe entregou o pequeno saco e aguardou a reação da moça com grande expectativa. Ela o abriu lentamente e viu algo como uma pulseira de ferro com alguns detalhes em ouro, estranhou um pouco e não conseguiu disfarçar a decepção na voz.

− Muito... obrigada pela pulseira! Ela é linda. – Mente. – Só achei um pouco grande demais, mais encontrarei uma ocasião para usa-la. – Devolve então a pulseira para o saco com uma estranha  sensação de sufocamento.

− Não é uma pulseira princesa, é uma tornozeleira de ferro, se usa nos pés. – Abaixa a cabeça então e com a voz baixa diz. – Mais tudo bem se não gostou, sério, é que eu escolhi com tanto anelo, achei que gostaria, sou um tolo mesmo em achar que uma princesa acostumada com ornamentos finos, aceitaria um presente tão abaixo de seu nível...

− Ei, olha para mim Lúcius. – Se aproxima se compadecendo do amigo. – Nunca rejeitei nenhum presente seu, eu apenas não sabia o que era, me perdoe! Mais olha só, me ensine como usa-la.

− Não quero obriga-la a nada, tudo bem se não gostou, eu intendo. – Sustenta ainda um olhar cabisbaixo.

− Não! Apenas me ensine como usa-la que prometo que jamais a tirarei dos pés.

− Promete? Promete mesmo que jamais vai tira-la? – Espera até que a jovem afirme com a cabeça.

Ele então toma a tornozeleira nas mãos e se abaixa se sustentando sobre um dos joelhos. Quando seus dedos frios entram em contato com a pele da moça sorri com o estremecimento da mesma, cuidadosamente prende o fecho de ferro e então se levanta. Eklesia pode sentir de imediato o peso incomodo em um dos pés, porém nada falou para não magoar o recém amigo.

− Ficou perfeito! Parece que foi feita para você.

− Ah, sim... linda mesmo, mais agora preciso ir! — Tenta desconversar. —sinto que titio já está desconfiando, talvez seja melhor eu não aparecer por alguns dias...

− Tudo bem Eklesia, guardarei sua imagem em minhas lembranças até lá.

— Até lá caro amigo...

Lúcius já havia conseguido o que queria, os pés da moça agora sempre levariam o peso do ferro, e ela por ingenuidade jamais teria forças para tirar. Ah, como ele amava manter as pessoas presas, mesmo que elas não soubessem disso, pois viviam sempre andando como se nada os puxasse para baixo, como se fossem homens livres por não aceitarem a majestade de Theo, quando na verdade eles sempre se encontraram presos por correntes invisíveis que sempre os ligava a ele. Ouve um caso que se lembrava muito bem.

Era de um jovem possesso por ele, porque sim, ele amava a sensação de controle, esse jovem então vivia preso por cadeias nas mãos e nos pés, cadeias físicas e invisíveis, a graça de tudo isso para Lúcius, era que ele amava fazer o jovem despedaça-las em uma clara demonstração de força que os habitantes de terreno sempre amaram, era quase uma apresentação com direito a plateia. Até que um dia Emanuel chegou e resolveu acabar com a  graça de tudo, libertou o jovem de seu domínio e no final o transformou em soldado, sim, soldado, pois o mesmo insistiu tanto para lutar no “bom combate” como os irritantes servos de Théo costumavam chamar, que Emanuel permitiu que o mesmo não só lutasse, como recrutasse mais gente para o seu lado.

Mais agora era diferente! Como gostaria de ver a reação de Theo em ver a filha que ele cuidou com tanto esmero com uma de suas cadeias nos pés, e a de Paráclito então!
Lamentou o fato de não ser onisciente e onipresente como Ele, mais tudo bem, tudo estava saindo como o planejado até aqui. Agora era apenas questão de tempo.

(...)

Eklesia enfim chegou em casa, o caminho havia sido mais difícil agora que sustentava um peso extra em um dos pés, mais nada tão ruim que a impedisse de andar. Tentou ao máximo não fazer barulho, mais sua tentativa foi frustrada quando desequilibrou-se e ao se escorar em uma das mesas, bateu em um vaso, fazendo o mesmo se despedaçar em mil pedaços. A jovem então olhou para cima e viu Paráclito parado no topo da escada olhando para um ponto fixo.

− O que é isso em seus pés Eklesia? 

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Capítulo adiantado!!!!

Aí gente, eu só consigo pensar na reação de Paráclito 😭😭 sério!! Esse Lúcius passou dos limites, mais me contem... Alguém tem algum palpite sobre quem seja ele ? 👀

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