Maldição do dia dez

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~Toni's pov

Sou acordada pelos beijos quentes sendo distribuídos em minhas coxas e costas desnudas. Tento controlar o sorriso para que ela não saiba que já acordei e parar.

-Hey, dorminhoca. Acorda aí, eu estou faminta. -Continuo de olhos fechados até ela montar em minha cintura e começar a distribuir beijos provocativos em minha nuca. -Olha só, então você já estava acordada esse tempo todo?

-Temos um Sherlock por aqui, hum. -Brinco e ela revira os olhos, me dando língua e apertando minha bunda coberta pelo lençol vermelho. Colo meu lábio em sua bochecha, mesmo vendo sua caretinha de desgosto. -Agora sim, bom dia.

-Bom dia, Topaz.

-Voltamos ao Topaz? -Ela ri, se levantando e se enrolando com seu hobbie vermelho. Franzo o cenho, seguindo seus passos com os olhos. -Para onde vai?

-Roubar bolo da cozinha, mamãe deve ter guardado um monte na geladeira, vou te trazer o café, fica aqui. -Ela deixa um selinho rápido em minha boca para então sair quase correndo do quarto.

Aquilo ainda era surreal demais.

Depois do nosso papo do jardim, lembro de ter sido profanamente convencida a transar com ela enquanto e festa ainda acontecia no andar de baixo. Não me arrependi, longe de mim, gozei cinco vezes, sem pausa para respirar.

Era assim que a Blossom me deixava, extasiada, maravilhada e faminta.

Entro no banheiro de paredes brancas e cheiro de morango. Observo minha imagem no espelho, sorrindo de lado ao ver os chupões espalhados por meus seios, barriga e um em minha nuca.

Abro a geral, fazendo com que a água quente caísse sobre meu corpo e pulo de susto ao sentir as mãos curiosas passeando por todo meu corpo. Cheryl desce os beijos por minha clavícula, seios até chegar no umbigo. Ela ajoelha no piso meio escorregadio do chuveiro, segurando em cada um de meus joelhos e me olhando com um sorriso de canto.

-O que você quer, Topaz? Diga-me. -Ela beija a partes interna de minha coxa, fazendo com que minhas pernas virassem duas gelatinas. Tenho até que me segurar no box para não cair durinha no chão branco.

-Eu quero você dentro de mim, Blossom.

(...)

-O QUÊ? Você não pode jogar três sete na mesma hora, Gael! -Thomas reclama, com os braços cruzados e semblante fechado.

-Mas é claro que posso! Eu li as regras três vezes, fora todas as vezes que pesquisei na internet antes de jogar, e não tinha nada sobre isso.

-Mas é claro que deve ter. Não é, Alex? -Alex dá de ombros, voltando a ensaiar passos de balé no meio da sala, ou melhor, atrapalhando minha visão privilegiada do Leonardo DiCaprio.

-Alex, sai do meio! Estou tentando assistir aqui, sua pirralha. -Ela bufa irritada.

-Chata.

-Resmungona. -Rebato.

Depois da maravilhosa experiência no chuveiro da ruiva, tivemos mais uma maravilhosa experiência no balcão da cozinha e em seu escritório. Ok, parece desespero e era mesmo. Estava com saudades daquele corpo e ela parecia sentir o mesmo.

-Tia Toni? -Arregalo os olhos quando um sapato é lançado em minha cara.

-Caramba! O que foi?

-Tem alguém batendo na porta há anos.

-Já vou, já vou! -A batida para e meu semblante franze ao ver a figura em minha frente. O homem de chapéu amarelo e farda me estende um pacote e uma prancheta marrom.

-Entrega para a senhora Topaz.

-Sou eu. E eu não sou senhora.

-Assine aqui. -E se for droga? Minha mãe sempre disse para nunca confiar nesse tipo de coisa. E o que eu faço? Assinei. -Obrigada, boa tarde.

Era uma sacola vermelha.

-O que é isso, tia?

-Também não sei.

-Abre logo!

-Está bem, está bem.

Abro a sacola, dando de cara com algo que logo tratei de afastar dos dois. Sinto meu rosto arder em vergonha, e já até sabia quem havia mandado, antes mesmo de ler o papel anexo no pacote. Tom e Gael me olhavam com o cenho franzido.

-Ah, acho que foi um engano. Vou até meu quarto, já volto.

-Se foi engano, devolve, tia Toni! Mama Bee sempre diz que coisas assim são erradas, você não pode pegar as coisas das outras pessoas! -Gael fala e o irmão concorda.

Saio dali antes que minhas respostas acabassem. Encosto a porta do quarto e tomo uma lufada de ar antes de pegar o vibrador vermelho em minhas mãos.

Blossom do céu!

Abro o papel branco, me deparando com sua bela e bem desenhada caligrafia.

"Espero que não tenha se importado, pedi seu endereço para Ronnie. Bem, eu estava indo almoçar e vi essa belezura em uma vitrine extremamente convidativa. Espero que possamos usar juntas na próxima vez. Beijos, e você sabe onde. -C.B"

Dobro o bilhete, o apertando contra meu peito de batida desregulada.

Que droga, Cheryl Blossom, você me bagunçou inteira!





|Ainda estão comigo? Estou adorando os comentários de vocês no últimos capítulos, sério! Obrigada pelo apoio.

|Prometo voltar logo. Até mais e obrigada pela leitura <3

Uma tia nada normalOnde histórias criam vida. Descubra agora