Uma tia nada normal

Maldição da véspera do natal

~Toni's pov

-VERONICA TOPAZ, MAS QUE MERDA?

Meu berro sai alto suficiente para assustar todos da casa. Meu pai arregala os olhos, se colocando entre eu e a maluca que chamo de irmã.

Minha mãe fitava a cena com a boca aberta e olhos arregalados, Yoshi pulava de um lado para o outro animado, Betty nos olhava também assustada, Valentim e os trigêmeos pararam a brincadeira para nos fitar, Fangs larga o pudim e leva o olhar até nós duas e Cheryl engole a seco.

-Eu não fiz nada!

-Você tem a audácia de dizer isso, sua filha da...- Minha mãe me interrompe.

-Olha bem do que vai me chamar, Antoinette!

Começando pelo começo...

Algumas horas antes...

-Isso foi um erro. - Murmuro.

-O que foi um erro? - Cheryl questiona, encaixando sua mão entre a minha que estava repousada em sua coxa.

-Ter deixado esses três pirralhos virem conosco. Eles deveriam ter ido com Ronnie e a Betty. -Cheryl ri.

Como o barulho da conversa dos três no bando detrás estava alto, eles não eram capazes de ouvir nossos sussurros.

-Não fala assim deles. Esses três são apaixonados por você, Toni.

Ela tomba levemente a cabeça para o lado, me fitando com um sorrisinho pequeno que me faz derreter por dentro.

-Só eles? - Faço biquinho e Cheryl ri, batendo de leve em minha mão.

-TIA TONI! Estamos perto? -Reviro os olhos pelo berro de Thomas.

-Fica quieto, Thomas! Eu estou tentando ouvir música aqui! -Alex rebate.

-Fica quieta você, sua chata!

-Ei, ei! Chega. Fiquem quietos os três aí que minha cabeça já está quase explodindo. -Gael arregala os olhos por detrás das lentes fundas do óculos.

-Mas eu nem falei nada!

-Que seja. -Aumento o volume da música do carro e eles se calam.

Quando estamos há cinco minutos de distância da casa dos meus pais, com o carro de Ronnie atrás do meu, percebo que Cheryl começa a mexer as pernas de forma incessante. Aperto levemente sua coxa, e fito-a de rabo de olho.

-Está tudo bem aí, Cherry?

-Uhum.

-Você não sabe mentir pra mim, esqueceu?

Ela solta um suspiro, passando as mãos pelos cabelos ruivos e bem arrumados.

-Eu estou nervosa. E se seu pai me odiar?

-Você já conquistou a mais difícil, a fera Katy. Meu pai é um doce, vai amar você. Mas não esqueça que, quem precisa gostar de você sou eu, e eu já estou ganha há muito tempo.

Ela encosta a testa na janela do carro e eu resolvo não insistir. Sei que ela estava nervosa, porque eu sentia o mesmo.

Não nervosismo de que meu pai não gostasse dela, porque Cheryl é perfeita de todas as formas. Estaciono o carro em frente a enorme casa dos Topaz, sorrindo de lado ao ver as figuras morenas abraçadas nos olhando da soleira da casa. Os trigêmeos saem correndo do quarto, se jogando nos braços dos avós.