Maldição da quebra da promessa

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~Toni's pov

Sou acordada pelo barulho alto do meu telefone. Com a cabeça pesada e doendo, abro meus olhos, estranhando ao ver o tempo fechado pela janela. Nada de sol, hoje iria chover. E forte.

Tateio a cama ao meu lado e meu coração falha ao vê-lo vazio. Cheryl havia quebrado sua promessa.

Levanto rapidamente, ignorando a tontura, e pegando meu celular. Haviam sete chamadas perdidas de Ronnie e três de Betty. Atendo rapidamente.

-Ronnie? O que houve?

-Você precisa vir até o hospital agora.

-O que aconteceu? Você está bem?

Meu corpo entra em alarme, saio catando roupas pelo chão, com o celular pendurado entre meu rosto e meu ombro. Visto-me rapidamente.

-Não foi nada comigo. É a Cheryl.

De verdade, não conseguia respirar. Sou obrigada à parar de catar minhas roupas, sento na cama e fito o chão, puxando a respiração que não vinha.

Com as mãos trêmulas e gélidas, coloco o celular no viva-voz, jogando o aparelho em cima da cama.

-Toni? Você está aí? Preciso que venha, está bem? Não sabemos se...se ela vai aguentar. Você precisa vir.

-Chego em dez.

Ponho um sobretudo em cima da blusa surrada, coloco muita ração na cumbuca de Yoshi e saio como um foguete de minha casa, ignorando a saudação de dona Maria e até de John.

Dirijo feito uma maluca, com lágrimas descendo por minhas bochechas e com as mãos trêmulas segurando o volante.

-Eu disse para você não ir embora! Por quê você é tão teimosa, Blossom?

Grito, soluçando.

Eu parecia estar prestes à morrer sufocada, afogada em minhas próprias lágrimas. Estaciono o carro de qualquer jeito e corro até a recepção, sendo recebida por um abraço forte de Ronnie.

"Onde ela está?" Acho que foi isso que perguntei quando consegui separar os lábios. Ela me disse que a ruiva estava em cirurgia há um tempo, e todos esperavam na sala de espera.

Eu não queria ser todo mundo, eu queria estar lá dentro, com ela, torcendo para que ela voltasse para mim.

Quando me vê, a mulher e o homem ruivo me sorriem tristemente. Só me dou conta que estou sendo abraçada por Sophie, quando seus braços de apertam em minha cintura. Suspiro.

-Me desculpe, Sophie. -Sussurro.

-Não foi sua culpa. Ela estava dirigindo, veio um carro desgovernado na contramão. O homem estava bêbado.

Aperto minhas mãos em punhos, cravando as unhas na palma de minha mão. Não me importei com a dor.

-Pegaram ele?

-Não. -Suspiro, me afastando do seu abraço e passando as mãos por meu rosto. Eu poderia explodir agora. -Fique calma, está bem? Os melhores cirurgiões do país estão lá dentro, cuidando dela. Nossa garota vai ficar bem.

-Como pode me garantir isso?

Sophie suspira, afirmando e voltando a se sentar entre os pais. Jason me entrega um aceno rápido de cabeça, enquanto falava com alguém pelo celular. Betty acariciava as costas de Ronnie, e o casal Blossom tentavam der fortes pela Sophie, que chorava.

E eu?

Bom, eu não sabia muito bem o que estava acontecendo comigo agora.

As paredes brancas pareciam prestes à me sufocar. Decido que precisava sair dali, antes de ser esmagada pelos meus próprios pensamentos. Vou até o estacionamento, sentando no batente frio. Enterro meu rosto entre meus joelhos, chorando tudo que não pude.

Uma tia nada normalOnde histórias criam vida. Descubra agora