Maldição do dia quinze

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Oiii, como cês tão?

Desculpa mesmo pela demora, mas prometo voltar logo com o próximo.

Espero que cês gostem! Boa leitura, beijinhos <3

×

~Toni's pov

Cheryl sorria lindamente por cima do ombro. O vestido branco esvoaçante, os cabelos ruivos soltos e brilhantes, e a luz do sol batendo contra suas bochechas rosadas de forma simétrica. Ela estende a mão para mim, nada mais precisava ser dito ou esclarecido.

Dou alguns passos para frente, meio amedrontada. Ela parecia não se importar por eu ter titubeado. Ali, era apenas nós duas, o encontro de almas e corações.

-Cherry...

-Está tudo bem, Toni. Não precisa dizer nada, só segura minha mão.

Ela fita a mão espalmada, enquanto eu fito meus pés. Não conseguia.

-Mas eu tenho medo.

-De mim? -Ela ri.

-Também.

-Prometo nunca te fazer mal. Nossos corações já esperaram por tempo demais. Segure minha mão. -Dou dois passos para frente, agarrando sua mão.

Meu coração parece ter explodido no peito ao ouvir sua risada alta e animada.

-TIA TONI?

Pulo do sofá, soltando um berro ao sentir meu pescoço estalar e minhas costas doerem. Merda de sofá!

-Puta merda...-Sussurro, sentando no chão, tamanha dor.

-Desculpe, tia. Não quis assustar você. VOVÓ, A TIA TONI TÁ MORRENDO AQUI! AJUDA, AJUDA! -Gael grita, exasperado.

-Gael, não...-Uma Dona Katy de máscara verde no rosto e cabelos enrolados em vários bobs, corre até a sala totalmente desajeitada e olhos saltando da face.

-Antoinette? O que foi?

-Nada, mãe. Minha coluna travou, mas já já melhora. -Gael me olhava com os olhos arregalados. -Está tudo bem, carinha. Não se preocupe.

-O que posso fazer para melhorar? -Minha mãe faz o pequeno truque em minhas costas e então consigo, novamente, ter o movimento da coluna.

-Está melhor?

-Está sim, obrigada. Vem cá, garoto. -Aperto o menino em um abraço sufocante. -Não foi sua culpa, está bem? Está tudo bem, foi culpa só desse sofá duro que preciso trocar urgentemente.

-Está bem. -Deixo um beijo em sua testa e arrumo seu óculos de grau. -Tia Toni.

-Oi?

-É hoje que minhas mamães chegam, não é? Nas minhas anotações, hoje já é o dia quinze, não é?

Foi o suficiente para acabar com o meu dia. Não que eu não quisesse que as duas sem sal voltassem para casa, eu queria sim, até porque nunca passei tanto tempo assim longe da minha irmã. Mas só a ideia de não ter aqueles três maluquinhos comigo, toda manhã, me obrigando a saber fazer um café da manhã digno, me desejando um bom dia animado e até brigando no banco de trás do meu carro, já fazia um vazio crescer no peito.

Termino de me vestir para o trabalho e vejo que tinha algumas mensagens não lidas. Duas de Ronnie, uma de Josie, três de Kevin e duas da Blossom. Deixo para ler as outras depois e clico logo na última, sorrindo bobamente.

Uma tia nada normalOnde histórias criam vida. Descubra agora