Oi, bebês. Não tava tão confiante assim sobre esse capítulo, mas depois de muito matutar e reparar algumas partes, resolvi postar. Espero que gostem e que me perdoem pelo atraso :D
Beijos da tia Iza e boa leitura <3
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~Fangs pov
Acordei cedo, deixei um bilhete preso na geladeira para que Toni encontrasse depois de acordar, peguei minha moto e fui até a antiga lanchonete que a conheci. Assim que chego em frente ao estabelecimento, dou de cara com o mesmo homem de cabelos curtos e olhos castanhos.
-Bom dia. -Ele me olha.
-Bom dia. O que deseja?
-Na verdade, eu estive aqui ontem. -Ele me fita demoradamente, tentando me reconhecer. -Estou procurando por Valerie, o senhor pode me dizer onde encontrá-la? É muito urgente.
-Eu já disse que ela se mudou.
-Pra onde? -Ele bufa irritado. -Eu estou tentando fazer da forma mais fácil, cara. Eu só saio daqui depois de falar com ela! -O homem a boca para falar algo, mas é interrompido pela voz que fez meu estômago dar um nó cego.
-Está tudo bem, Paul. Pode deixar que eu assumo daqui. -Fito a mulher em minha frente. Seus cabelos estavam maiores, os olhos pareciam mais claros, mas agora não sou recebido com um sorriso educado, e sim com uma feição séria. -Resolveu voltar?
-Eu vim te pedir desculpas. Eu sei que soa tão cara de pau aparecer depois de anos, mas é que...
-É que, o que? Você estava com medo? Você surtou? Você não foi o único, Fangs. Como acha que eu me senti?
-Eu nem imagino. -Ela ri ironicamente.
-Meus pais me expulsaram de casa! Paul, meu padrasto, foi o único que ainda me ajudou, mas ainda tinha que ser escondido da minha mãe, senão o surto seria maior. Ela nem quis conhecer o neto.
-Então é um menino? -Minha voz sai em um sussurro.
-Não é do seu interesse.
-Eu vim aqui para dizer que estarei aqui para o que precisar. Dessa vez eu voltei pra valer, está bem? Eu quero assumir esse garoto, quero ser o homem que eu deveria ter sido desde o começo. Deixe-me compensá-la, Valerie.
-Sem chances. -Suspiro, exasperado.
-Eu consegui uma boa grana no Brasil, está bem? Posso fornecer uma moradia melhor para vocês, roupas boas e até um jardim para ele brincar. Não seria ótimo?
-Escuta aqui, dinheiro não me compra, ouviu bem? Seu título de pai não vale pra nada, pai é quem cuida.
-Mas eu...
-Mamãe! Tio Paul achou meu carrinho? -Arregalo os olhos quando um menino de cabelos escorridos e olhos castanhos chega até nós dois na mesa com um sorriso grande. Assim que me vê, o pequeno fecha o cenho e cruza os braços, exatamente como Valerie.
-Vai já pra dentro, Valentim!
Ele se encolhe de medo.
-Hey, amigão. -Levanto, ficando de joelhos em frente ao seu corpinho pequeno e magro. Sua pele corada logo adquire um vermelho vivo pela timidez.
-Fangs...-Valerie tenta me advertir.
-Você é amigo da minha mãe? -Ele me questiona, segurando seu urso de pelúcia contra o peito em um claro sinal de medo.
Meu coração batia tão forte pelo medo que ainda restava. Eu só queria poder compensar o tempo perdido e a babaquice de anos atrás.
Se tem uma coisa que aprendi foi a agir como um homem de verdade e assumir meus erros. Valentim, apesar de tudo, foi o maior acerto da minha vida.
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Uma tia nada normal
RomanceQuando uma morena mal criada dá de cara com uma ruiva nada simpática, a explosão seria capaz de sanar o ódio entre as duas, ou só traria mais problemas para a cabeça da pobre Topaz?