11. Seja o cobertor de alguém

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     Boa noite estrelinhas! Bem-vindos à segunda fase da história! Editei os nomes dos capítulos, gostaram? '3' ~~ Para escrever a primeira parte desse capítulo, eu ouvi Every 27 Years, de Benjamin Wallfisch (uma música do filme It) várias vezes durante a madrugada que passei escrevendo. Espero que gostem e que estejam se cuidando nessa quarentena! Boa leitura!! ^-^

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     Antes de contar o meu relato, preciso dizer que eu sou o tipo de pessoa que se assusta fácil e me deparar com esta imagem que descrevo a seguir foi como entrar num daqueles filmes de terror que eu só tenho coragem de ver agarrado à alguma coisa ou alguém e mesmo assim, fico com medo por horas depois que termina. Então, é, eu quase tive um treco.

     Corri até a beira de um lago, onde parei para respirar com as mãos nos joelhos, deixando minha risada virar um sorriso mínimo até se desfazer completamente e mantive a boca semi-aberta para fins respiratórios.

     Somente quando ergui o olhar, hesitante, como se pressentisse o medo que consumiria cada parte de mim ao ver aquela cena, percebi que bem na minha frente, havia um corpo de bruços no chão. Suas pernas estavam embaixo d'água e do quadril para cima, ele se afundava em meio à terra escura e as folhas secas que rodeavam aquelas águas tão gélidas.

     Sem camisa, era possível ver como sua pele alva contrastava ainda mais com toda a escuridão que nos cercava. Era pálido como um fantasma, com exceção do nariz, lábios e as pontas dos dedos avermelhados pelo frio e com suas mãos repousadas ao lado da cabeça, parecia estar tentando sair da água, mas não se mexia.

     Senti um calafrio percorrer toda minha espinha, assustado demais até para lembrar de gritar, completamente entregue ao pavor, minhas sobrancelhas se ergueram, com meus olhos arregalados, meu sangue congelou e não conseguia pensar em nada, agi pura e simplesmente por extinto e medo.

     Minha reação foi tentar me afastar o mais rápido possível, mas meus pés estavam pregados no chão, em pânico, e ao invés de correr de volta, eu caí na grama, só então lembrando de gritar, com meu coração batendo tão forte que parecia capaz de estourar minha caixa torácica a qualquer momento.

     Não sabia do que tinha mais medo: dele estar morto ou de se mexer antes do Taehyun me alcançar.

     Obviamente, esperava que estivesse vivo. Mas do jeito que estava, eu duvidava muito.

     Durou apenas alguns segundos, mas eu nunca tinha ficado tão apavorado em toda minha vida e parecia que Taehyun havia levado muito mais tempo para me alcançar.

     — Soobin?! Por que você gritou? — o baixinho finalmente chegou correndo.

     — E-ele está...? — apontei para o garoto, sem conseguir terminar a pergunta, pois a ideia de ter encontrado um cadáver era assustadora demais para ser dita em voz alta.

     — Deus do céu... — ele se assustou, cobrindo a boca com as duas mãos, antes de se aproximar e puxa-lo pelos ombros, fazendo com que deitasse de lado.

     — O que está fazendo? — minha voz falhava, enquanto tentava entender porque aquilo havia acontecido e porque o garoto estava nu.

     — Ele ainda está vivo, olha... Está respirando... Me ajude a tirá-lo da água. — respirei aliviado, tremendo mais que vara verde e ajudei a puxar o garoto até a grama, antes dele correr de volta, em direção à festa — Eu vou buscar ajuda!

     Voltando a reagir aos poucos, principalmente depois de vê-lo tossir um pouco ao ser arrastado para a grama, ainda me recuperando diante dessa experiência horrível, tirei meu casaco para cobri-lo e sentei ao seu lado na grama. Se fosse uma noite mais fria, com certeza ele não teria suportado. E se não fosse pelo Taehyun, eu não sei o que teria acontecido.

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