moon dust ─ ren.min

[35] O que é um Artrópode?

Após os três garotos tomarem café da manhã, Jeno teve que ir, sobrando apenas Jaemin e Renjun no quarto sentados na beirada da cama.

— O que você quer fazer agora? — perguntou Jaemin.

— Eu quero tomar banho e trocar de roupa — respondeu.

— Então ok. Escolha as suas roupas, mas não roupas muito quentes, ok? Estamos no verão. Eu vou procurar uma toalha pra você.

— Certo...

Jaemin saiu do quarto em busca de uma toalha limpa para Renjun, enquanto este vasculhava as roupas na mala que Jeno havia dado para ele. Optou por uma blusa branca com alguns girassóis estampados e uma bermuda jeans, dobrando elas e colocando sobre o seu próprio colo enquanto aguardava Jaemin.

— Voltei com a toalha — Jaemin estendeu o tecido macio para Renjun — Enquanto você vai tomar banho eu arrumo seu colchão. Eu vou tomar banho depois de você, ok?

— Você não vai tomar comigo?

— P-por-por que e-eu tomaria banho co-com voc-você?! — perguntou Jaemin, sentindo as bochechas ficarem vermelhas por conta da pergunta do amigo.

— Eu sempre faço com os meus amigos mais próximos. É bom pra lavar as costas, já que eu não alcanço — explicou — Por que você ficou nervoso?

— A-ah? Nada. É bom saber que você não é como o Jeno... — murmurou Jaemin.

— O quê?

— Nada, nada. Pode ir. 

— Não vai vir comigo?

— NÃO! D-digo... N-não... Vem, eu te mostro onde é o banheiro.

[...]

— Você disse que é verão, certo? — perguntou Renjun enquanto balançava os pés.

— Aham.

— É a sua estação predileta.

— É sim! Você lembra! — Jaemin esboçou um sorriso enorme.

— É claro que eu lembro. Então, tem algumas coisas que eu quero fazer hoje — esclareceu Renjun.

— Pra' falar a verdade, estamos no finalzinho da primavera, mas é praticamente verão.

— Não muda muita coisa?

— Nem tanto. Ainda dá pra' ver as cerejeiras.

— Cerejeiras... Tá... Eu quero fazer um piquenique em algum lugar que tenha luz do Sol e poucas pessoas. Também quero ouvir o canto dos pássaros num lugar silencioso e ver os animais. E... ver as cerejeiras — disse Renjun — por favor...

Jaemin observava o jeito que Renjun pontuava com os pequenos dedos as coisas que falava e como ele ditava tais coisas. Acabou por abrir um sorriso quando notou a empolgação contida de Renjun.

— Certo. Então iremos em um parque pouco movimentado onde tem pessoas passeando com cachorros, passarinhos cantando, cerejeiras, luz do sol e espaço para sentarmos na grama e comer.

Os olhos de Renjun brilharam com o que Jaemin havia falado, fazendo com que aquele erguesse os braços para o alto e comemorasse.

[...]

— Isso é tão... tão... — Renjun buscava as palavras em sua mente para tentar descrever o quão maravilhado estava.

Três da tarde, poucas pessoas no parque; os passarinhos voavam e cantavam, as flores de cerejeira caíam com o movimento dos ventos e se agrupavam no chão. Renjun estava maravilhado com a cor delas e com a melodia dos passarinhos, e Jaemin maravilhado com a visão de Renjun virando para si com um sorriso enorme no rosto.