[37] Coelho irritado.

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— Ei, Jaemin — chamou Renjun, quebrando o silêncio do quarto escuro.

— Você tá' com dificuldade pra dormir? O que foi? — questionou Jaemin num tom de voz um tanto sonolento.

— Não... Só queria fazer uma pergunta antes de dormir...

— Qual é?

— O Jeno pinta o cabelo dele de loiro, né'?

— Pinta sim. Por que o interesse? — perguntou Jaemin. Renjun não respondeu.

O Na deu de ombros e fechou os olhos com uma enorme interrogação em sua cabeça; por que Renjun perguntou aquilo?

[...]

— Jaemin, acorda — chamou Renjun.

— Bom dia, Junnie... Que horas são? — perguntou Jaemin enquanto se espreguiçava.

— Dez e meia.

— Mas já?! Perdi metade da minha manhã... Por que você não me acordou antes?

— Tava' ocupado. Ajudei a sua mãe em algumas coisas na casa, acho que somos amigos agora — sorriu o Huang.

— Sério? Que legal!

— E também arranjei um compromisso para nós dois hoje.

— Qual? — Jaemin sentou-se na beirada da cama e esfregou os olhos.

— Conversei com uma vizinha sua lá fora mais cedo e nós falamos sobre o filho dela.

— E o que isso tem a ver com nós dois?

— O filho dela tem cinco anos e a babá dela tá' doente. Vamos cuidar dele hoje — Renjun sorriu novamente.

— Sério? Eu nunca cuidei de uma criança antes... — disse Jaemin enquanto caminhava para fora do quarto.

— Eu já. Eu cuidava dos irmãos de alguns colegas meus da escola lá na L... China — o garoto abriu um sorriso nervoso, afinal, estava falando num volume que a senhora Na poderia escutar.

— Que fofo. Vou querer muito saber como você vai lidar com uma criança daqui — Jaemin pisou e deu um risinho.

Renjun parou no meio da sala, observando Jaemin caminhar sozinho para o banheiro; o que ele queria dizer com aquilo?

— Ei, como assim? Jaemin! Não fecha a porta na minha cara! Ei! — Renjun correu até o garoto, que bateu a porta em sua cara. Cruzou os braços e fez biquinho — Não deve ser tão diferente. Criança é criança! — virou o rosto para a porta, como se estivesse cara a cara com Jaemin.

Renjun continuou ajudando a senhora Na nos deveres de casa enquanto Jaemin tomava café da manhã. Os dois riam e conversavam tanto que deixava Jaemin extremamente curioso — principalmente por o fazerem em um tom que ele não conseguia ouvir nada.

— Do que vocês tanto riem, hein? Posso saber? — perguntou Jaemin assim que entrou na cozinha.

— Nada de mais, coelhinho — Renjun colocou a mão na frente da boca para disfarçar o riso.

— Coe...Coelhinho?! Mãe! — Jaemin arregalou os olhos para a sua genitora.

— Ah, não fica bravo! — Renjun soprou um risinho.

— Ninguém sabe dessa história! Não era pra' você ter contado... — Jaemin cruzou os braços.

— Ah, filho, é só o Jun! Não é como se ele fosse espalhar por aí, né'?

moon dust ─ ren.minOnde histórias criam vida. Descubra agora