Íntegra eliminava soldados um após o outro com golpes certeiros e rápidos. Ainda estava se acostumando a lutar com uma simples lança para manter seu disfarce de camponesa antariana. A rebelião ocorria como planejado e Edward interpretava o papel de líder rebelde, lutando ao lado de sua prima.
— Acha que eles já começaram o ataque? — Perguntou o príncipe.
— Já devem, no mínino, ter entrado na cidade — respondeu desviando de uma flecha. — Chega de ficar enrolando aqui. — A lâmina da lança se aqueceu. — Vamos acelerar as coisas.
Avançando pela cidade Eliza observava as casas trancadas. Pensou ter visto alguém espiando por uma janela e um vulto fugindo por uma rua paralela. Salvo por alguns soldados inimigos que apareciam ocasionalmente o lugar, estava deserto.
— Acho que eles devem ter evacuado a cidade antes da nossa chegada — comentou Arda.
— Não, estão todos trancados em suas casas — disse Eliza. — Sinto o medo deles.
Theomar caminhava ao lado da ruiva quando, repentinamente, parou e caiu de joelhos ofegante. Eliza correu ao seu auxílio.
— Você está bem?
— Só... um pouco cansado.
— Isso me parece bem mais que só "um pouco", nevasca. — disse a elfa com um olhar de preocupação.
— Foi uma briga bem intensa — explicou Toris. — Se não fosse por um frasco de mana que o velho Max deu a nós o Theo estaria com deficiência de mana agora.
— Então se não é falta de mana por que ele está assim? — Questionou ela preocupada.
— Fadiga — respondeu o dragão. — Ele está esgotado fisicamente e não tem condições de lutar agora. Precisa descansar.
O exército de Arietis começou a entrar na cidade. Nicolas finalmente alcançara o grupo e ao ver Theomar de joelhos indagou sobre a situação.
— O que houve com ele?
— Está exausto depois daquela luta.
— Vocês — disse Nicolas apontando para dois soldados. — Levem ele até um curandeiro.
— Sim, senhor — responderam.
A dupla se aproximou e cada um apoiou Theomar por um dos braços.
— Descanse, Theo. Nós assumimos daqui — disse a ruiva.
— Não, eu consigo — protestou ele.
— Você precisa se descansar, não seja teimoso — disse repreendendo-o. — Quando estiver melhor você nos alcança. Tomem conta dele, por favor — pediu aos soldados.
— Pode deixar conosco, senhorita. — Responderam.
— Está bem — concordou ele. — Tomem cuidado.
Impávido relinchiu agitado.
— Calma, garoto — Eliza o segurou. — O que foi? — Ela colocou a mão sobre a cabeça do corcel, captando suas emoções. — Está preocupado com o Theo. Quer ir com ele? — Outro relincho veio em seguida. — Acho que sim, então vá com ele.
Os soldados levaram Theomar embora em busca de um curandeiro enquanto o cavalo os acompanhou.
— Agora estamos em vantagem — declarou Nicolas, descendo do cavalo. — Já é quase meio dia. Nesse ritmo vamos acabar até o anoitecer.
— Então vamos seguir em frente — disse a ruiva. — Toris, é melhor você poupar forças também. Que tal encolher e ficar no meu ombro?
— Tenho uma ideia melhor — respondeu.
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A Saga de Arietis. Livro 1 - Fé (Completo)
Viễn tưởngHá 10 anos o reino da Antares atacou o reino de Arietis sem qualquer explicação. A ofensiva gerou matança e destruição a todo o povo arietiano. Desde então as fronteiras do reino são palco de constantes conflitos, os recursos estão acabando e a econ...