52 - A Montanha de Fogo

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Quando o Palácio Vermelho começou a ruir os espectadores que estavam no pé da montanha mal conseguiram acreditar em seus olhos. A lava fluiu pelos corredores e escorreu pelas escadarias.

Maxwell voou ao redor da montanha enquanto Nicolas manteve-se junto a Theomar e Eliza, flutuando dentro de uma esfera eletromagnética.

— Precisamos impedir que a lava chegue até as pessoas — disse Maxwell. — Nicolas, ajude a evacuar a cidade, se algum fragmento de rocha for lançado até lá embaixo destrua.

— Certo — concordou ao deixar os outros dois nos degraus da grande escadaria.

— Theo, tente esfriar ao máximo as massas de lava que chegarem mais perto da cidade.

— Pode deixar. — Ele correu em direção ao perigo.

— Eliza, tente diminuir o fluxo da lava. Retarde-a o máximo de tempo que conseguir.

— E quanto a você? — Ela perguntou.

— Os gases expelidos pela montanha são tóxicos, não posso permitir que cheguem até as pessoas. Vou impedir que se precipitem sobre a população. Agora vai!

— Sim — confirmou.

A ruiva começou a erguer muros de pedra para retardar o avanço da lava. Concentrou-se em fazer a massa de rocha derretida retornar para cima, mas o volume incandescente era grande demais para ela conter. Optou por continuar criando obstáculos. Uma nova explosão foi ouvida e a montanha expeliu mais de seu conteúdo ardente.

— Bocão, me ajuda! — O familiar surgiu sobre seus pés na forma de hipopótamo. — Consegue cavar uma trincheira?

— Maçã?

Ela usou a foice para improvisar uma falha no chão em linha reta, simulando sua ideia.

— Assim! — Voltou a afirmar.

— Maçã! — Disse, aparentemente compreendendo.

O familiar afundou na terra como se estivesse na lama e começo a andar em volta da montanha enquanto seu próprio corpo servia de molde para a trincheira. Eliza seguiu na direção contraria a fim de encontrar o animal quando terminasse de circundar o local. Erguiu mais muros em sequência e tudo parecia estar sobre controle.

— Chuva de fogo! — Alguém gritou mais abaixo.

A ruiva reparou nas rochas em chamas que eram cuspidas violentamente para fora da montanha e caiam impiedosamente sobre os prédios. Formou uma barreira de pedras para se proteger dos eventuais impactos enquanto continuava a correr. Pouco depois um projétil maior que o esperado colidiu contra sua proteção, destruindo-a. Ela se viu vulnerável diante dos projéteis da montanha de fogo. Quando a próxima rocha estava para cair sobre a jovem uma alabarda cruzou o ar, cortando a ameaça ao meio.

— Desculpe pelo o atraso — disse Íntegra pousando ao seu lado. — Como vocês conseguiram chegar a esta situação?

— Você não acreditaria — respondeu. — Como chegou aqui tão rápido?

— Voando, é claro. Consegui sentir o tremor lá de Zuben. A propósito, domianos a região.

— Menos papo e mais combate ao desastre natural! — Gritou Toris sobrevoando as duas.

— Ele tem razão — concordou a loira. — Me informe.

— Precisamos conter a lava e os dejetos do vulcão até a cidade ser evacuada.

— Entendido.

Íntegra usou a propulsão do fogo sob seus pés para se elevar até o alto. Esforçou-se para ignorar a terrível visão do rio de lava que descia a montanha e pousou em frente ao Palácio Vermelho, agora quase completamente destruído.

A Saga de Arietis. Livro 1 - Fé (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora