Eu sou a isca, a caça, a presa para as sombras, elas perseguem meu cheiro, e quando as encontram eu viro a predadora e as destruo, essa é minha vida, no fundo eu não passava de uma garotinha abandonada pela família, e que não tive chance de nada, eu queria aprender a ler, queria aprender muitas coisas que só via de longe, queria me comunicar com alguém, mas isso talvez me destruísse, mas eu queria aprender e entender o mundo melhor, comecei a frequentar escolas, usava magia para entrar nas aulas e não me percebessem, mas não podia ficar muito tempo em um lugar, então tinha que ficar pouco tempo em cada cidade, se não, não daria conta de tantas sombras, sombras são espíritos malignos que invadem o corpo de pessoas que tem a mente fraca ou seja depressão, ansiedade esses males que vem na alma, elas tentam destruir pessoas com mente forte através delas ou a própria pessoa, sussurrando coisas como '' se mata que a dor passa'', o nome mais popular para essas sombras é demônios, como naquela garota que está com o corpo possuído por sua avó!-disse ela me olhando. - A garota ainda tá ali dentro, está em um canto de seu corpo, acoada como em uma prisão minúscula, gritando sem ninguém a ouvir.
-Que horror! -falei.
- Mas eu as chamo de sombras porque enxergo as sombras deles ao invés da sombra da pessoa, elas não são nem um pouco parecida como as pessoas imaginam.
-Nossa!-disse Luna.
-Na escola aprendi muito sobre os humanos, até coisas que não devia.
Nós rimos.
-Cheguei ao sul da Califórnia, achei uma escola, era meio de ano do terceiro ano, meus lugares preferidos dentro de uma escola eram as bibliotecas, principalmente depois que aprendi a ler. nasci em 1200 D.C. foi por causa de Jesus que os filhos dos Deuses foram proibidos, ele é filho do Deus da Luz, ele revolucionou o mundo e os humanos destruirão o único que podia salvá-los, mas não precisavam ter feito isso comigo, não tive culpa e mesmo assim me fizeram de faxineira eu elimino a sujeira do mundo, não que não seja uma profissão honrosa, mas não me deram escolha.
Narrado por Jasmin:
Comecei a viajar no tempo enquanto falava...Encontrei 3 sombras em dois dias, depois de uma semana resolvi entrar na escola, eu queria aprender tudo o que podia, vai que um dia não exista mais sombras e eu quero ser tudo que eu puder, eu estava pernoitando em um terraço perto de uma praça, que era onde eu encontrei os sombrios, o frio ou calor nunca foram problema pra mim, dor ou qualquer coisa que possa atingir um corpo humano, eu não durmo, não me canso, comer é a única coisa que faço humana que me dá prazer, uma vez ouvi me chamarem de gótica por causa das minhas vestes, mas não me importo elas são confortáveis e escondem bem minhas armas, carrego duas facas meia-lua nas costas e duas adagas sai num compartimento na lateral da minha coxa, durante o dia escondo-as com magia, elas perfuram o corpo humano destruindo a sombra e quando as puxo de volta elas curam o corpo do hospedeiro humano, eles ficam desacordados por um tempo, depois acordam sem saber o que fizeram. foram raras as vezes que troquei alguma palavra com humanos, nunca tive amigos, nem quero, pois é certo que eu os perderia para o tempo, não posso criar nenhum laço com ninguém o tempo é um tormento e um castigo pra mim, ele leva as pessoas, eu sei que elas voltam, mas não como elas, elas voltam com a semente do renascimento, já eu tenho apenas uma e eterna encarnação.
Entrei na escola, sempre uso magia para persuadir as pessoas, como não gosto de falar, muito menos de me apresentar é o jeito, tinha alguns jovens conversando e outros rindo e brincando, era uma escola grande, entrei, do nada um rapaz esbarra em mim e cai, apesar do meu corpo ser pequeno eu sou forte, ao ver o rapaz no chão me apavorei, aquilo podia atrair olhares pra mim, estiquei a mão pra ajudá-lo ele olhou nos fundos dos meus olhos, os olhos dele estavam marejados, estava chorando, ele pegou minha mão e senti uma energia cruzando meu corpo, era bom, os olhos dele cor de mel eram lindos, cabelo loiro escuro, pele um pouco bronzeada.
-De...desculpe! -Disse ele.
Sua voz parecia música em meus ouvidos, e resolvi responder.
-Tudo bem, você deve ter se desequilibrado!
O puxei e ele não largou minha mão.
-Deve ser... você é nova aqui?
-Hãramm!
-Quer que eu te mostre a escola?
-Não, eu encontro o caminho!
-Eu faço questão!
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Os Descendentes 2 -A Morte não é o Fim.
FantasiaLivro dois da trilogia Os Descendentes.