Os Descendentes 2 -A Morte não é o Fim.

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Ele se inclinou em minha direção olhando nos meus olhos, mesmo eu estando de óculos.

-Ela roubou você de mim!

-Você queria me matar!

-Não, isso não é verdade, eu queria você mais do que tudo, ela foi a única em mais de dois mil anos que eu amei de verdade, e ela quebrou meu coração quando me tirou você!

-Sei, e você acha que eu vou acreditar, eu sei seus plano está bem!

-Meus planos, eram cuidar de meu bebê ao lado dela, até você ficar forte e poderosa para um dia dominar o mundo ao meu lado.

-Você quer o meu sangue, e isso você não terá!

-Olha, eu estou aqui apenas para te conhecer, como você pode ver estou só, está cheio de humanos na nossa volta e eu não iria me expor na frente deles, se eu quisesse matá-la eu já o teria feito.

-Tá bom, vou fingir que acredito!

-E eu agradeço, você é muito parecida fisicamente com ela!

-É eu vi as fotos, mas pelo visto herdei seus olhos!

Deixei a magia esfriar por alguns segundos para ele ver a cor dos meus olhos, e antes mesmo de pôr os óculos no lugar trouxe a magia de volta, eu estava curiosa, onde ele estava querendo chegar com isso tudo.

-Realmente, tem exatamente a cor dos meus, os olhos da minha mãe!

-Não sábia que uma pessoa como você tinha uma mãe, mas me diz aí, você se lembra dela?

-Sim, ela me amou de verdade, foi ela quem me deu a eternidade de presente!

-Legal, mas deve ser chato viver tanto assim!

-Não, eu sempre acho alguma coisa pra me divertir!

-Como matar alguém?

-É, posso dizer que sim, mas me fale de você, eu nem sei seu nome.

-Lóla!

-Eu queria ter lhe dado um nome, mas não tive uma chance, então do que você gosta?

-Isso é sério ou você está curtindo com a minha cara?

-E por que eu estaria? Levei 18 anos para te encontrar, tenho curiosidade sobre você minha filha!

-Ok, vou continuar o seu joguinho e depois vou ir pra casa em paz e você vai pra sua , ok?

-Ok, mas você também tem a sua casa de verdade, se um dia você quiser conhecer eu...

-Não, muito obrigado pelo convite, mas tenho minha casa!

-Tudo bem, mas saibas que sempre vou estar de braços abertos te esperando!

-Haram, Tá e ai o que mais quer saber?

-Do que mais você gosta?

-De tocar violino!

-Essa parte música você herdou de sua mãe, ela tocava piano para mim!

-Você fala como se à amasse mesmo!

-Mas eu à amava, não vou dizer que me arrependo do que fiz porque estaria mentindo, não existe punição para o que ela fez comigo!

-Pensei que não tivesse sentimento!

-Só porque sou um obscuro não significa que não tenho sentimentos, existe luz nas trevas assim como existe trevas na luz, um não existe sem o outro!

-Interessante, posso te fazer uma pergunta pessoal?

-Claro, o que quiser saber!

-Quero saber seu nome!

-Meu nome empresarial é Trevor, mas meu nome de batismo é Ferrus!

-Empresarial?

-Tenho metade das riquezas do mundo e tenho muitas empresas!

-Do que você gosta?

-Essa resposta acho que você não vai gostar!

-Tudo bem, vou deixar essa passar, por que está procurando por esse desequilíbrio, por que quer destruir?

-Além de ser um robby, a palavra-chave é vingança!

-Vingança?

-Primeiro aos Deuses, destruindo seu orgulho com os seres mágicos, e aquele mundo que criaram para eles, assim como destruíram minha família obrigando a minha mãe a me condenar a eternidade nas trevas!

-Eu posso te ajudar a terminar com essa eternidade!

-Não obrigado, aprendi a apreciar as trevas e minha existência, mas pode unir-se à mim!

-Não, valeu estou muito bem!

-Você realmente tem uma magia muito forte como Malena falou, é tão forte que esconde o meu sangue e de sua mãe!

-É eu sei!

-De onde vem?

-Ai você está querendo informações de mais!

-É apenas curiosidade!

-Tudo bem, você não vai poder fazer nada contra isso mesmo, sou descendente do grande Dragão branco!

-Humm!

-Não vai me dizer que você o matou também! -falei com sarcasmo.

-É, mais ou menos!

-Como assim?

-Eu o encontrei na montanha do norte à uns mil anos atrás, não lembro bem, eu queria o sangue dele, mas assim que o atingi ele se petrificou, então não foi 100% minha culpa!

Eu estava brincando quando perguntei, eu não tinha palavras para continuar a conversa, a sinceridade dele me chocou, ele viu que eu não me mexi e não perguntei nada e me estendeu uma caixinha, escorregando-a pela mesa até chegar perto das minhas mãos.

-Feliz aniversário!

Eu empurrei a caixinha de volta.

-O único presente que eu gostaria de receber seu é que não tentasse machucar o resto da minha família!

-Tudo o que fiz, foi querendo te encontrar, mas se eles não se meterem no meu caminho eu não os machucarei !

-Queria que você fosse diferente, queria que você desistisse disso tudo, que fosse um pai normal, que fizesse tudo por sua filha, inclusive desistir disso tudo e me tornar prioridade em sua vida!

-Não é simples assim, eu não sei ser diferente do que sou, não tenho uma escolha!

-Todos temos escolhas!

-Eu não tenho e mesmo que tivesse eu continuaria igual, sinto muito por desapontá-la, mas é assim que sou!

-Que pena, poderia ter sido diferente, poderia ter sido bom!

-Talvez, agora eu sei porque sua mãe usava isso!

Ele falou olhando para a caixinha, espero que não seja um truque, pois quero muito abri-la.

-Lóla?

Ouvi ao longe Hunther me chamando.
-Bom, nos vemos por ai, gostei de te conhecer!

-Não posso dizer o mesmo!

-Tá vendo, você tem alguma coisa a mais de mim além dos olhos, mas fui sincero!

Ele se levantou.