Vendaval

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Sonhos entre aspas
Devaneios entre fantasmas
Mapeiam todas as farsas
Faz-se voar e bater as asas
Quando o vento singelo traz toda a graça

Almas solenes
Versos e sirenes
A pura amizade do som com a palavra
Permeia a essência acústica do meu viver
Como um passeio, na primavera velada

Sem fogo, sem reboco
Me torno louco, mas corro
Rumo à desesperada esperança
Rumo aos esquecidos da confiança
Continuo dançando sobre os versos

Subo devagar
Caio depressa
Maravilhas que vi e vivi
Constituídas da dor de que sofri
Uma dor racional e objetiva
Mesmo assim, levanto voo pleno
Como uma garça japonesa
Tentando escapar desse inquieto vendaval

~Apoloet

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