Devaneios em Auschwitz

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Sete noites de chuva
A recair sobre meu corpo que flutua
Em ambientes inventados
Pela minha imaginação eventua

Labirintos verdes
Congelados pela neve densa
A grama é prisioneira do frio
Assim como eu, cumprindo sentença

Devaneios em Auschwitz
Campos marcados pelo horror
As toxinas impregnam vossas mentes
Corpos exalando morte, ariano terror

Liberdade respira luz do dia
A qual eu nunca irei me banhar
Pois meu corpo é residência para inquilinos
Que habitam meu moribundo pensar

Um dia quem sabe
O sol em auschwitz repousará
O maldito frio e a densa névoa sumirão
Meu corpo em livros de história mostrará
Que o sofrimento é a alvorada do caos
É combustão para preconceitos no coração

~Apoloet

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