Inexistente Existência

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Sou apenas um número estático
Afogando-me em um mar negro interminável
Sou apenas uma incógnita
Desprovida da origem de um propósito

Sou conhecedor do tudo e do nada
Mas ignoro o que me faz falta
As encruzilhadas galáxias me fazem
Refletir dores fantasmas que não existem
Mas estão ali bem no meio do meu peito

Sou mediador da ordem e desordem
Sou a entropia de uma reação química
Sou um misterioso caso arquivado
Abandonado por não haver respostas

As respostas que tanto buscam
Há de existir em um campo inexistente
Pois tudo e nada, ordem e desordem
São lados opostos da mesma moeda
Prestes a entrar em colapso e então
Prosseguir como o tempo em queda

~Apoloet

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