Como tá a quarentena de vocês?
Boa Leitura 💚🐦
— Aqui pegue — Um gentil alfaiate entregou um novo blazer para Lalisa que tratou de colocar.
Ela havia ficado encharcada e Bonvitchelo fez questão de providenciar um novo terno. Eu estava sentada comendo alguns aperitivos que os garçons me traziam, tinha um que era extremamente fofo e já até sabia qual era o meu preferido pois sempre o trazia.
— Vamos embora? — Ouvi a voz rouca de Lalisa ao meu lado me fazendo tomar um susto e quase me engasgar, levantei com sua ajuda me despedindo do gentil alfaiate e seguindo em direção à saída.
— Está indo embora sem mim Manoban? — Uma voz feminina chamou nossas atenções.
— Lara — Forçou um sorriso a medida que a mulher se aproximava.
— Pensei que tivesse esquecido de mim — Riu forçadamente fingindo que eu não existia — Me deixa em casa? Meu motorista não me atende — Cínica. Lalisa não pareceu cair no jogo dela revirando os olhos, quem era está mulher.
— Então contrate outro motorista, sabe muito bem que não dou carona — Debochou do termo diminuindo a platinada a nossa frente, e por um momento eu me senti mal por ela.
Na festa enquanto a mais alta conversava com os convidados eu pude notar sua arrogância e ignorância enquanto conversava com os outros, tudo bem que todos ali eram um bando de falsos, mas nada justificava sua prepotência excessiva.
— Lisa por favor... — Suplicou, ela não parecia nem um pouco bem, eu só conseguia sentir pena. Seu rosto abarrotado de maquiagem a deixava sem credibilidade nenhuma, e seu salto quebrado também. Lalisa a olhou de cima abaixo, respirou fundo e revirou os olhos antes de dizer.
— Vou mandar um dos meus motoristas virem te buscar, mas não pense que isso se repetirá — Sua voz era clara e obscura o que me fez engolir em seco, eu me sentia ao lado de uma ditadora.
— Muito obrigada Lisinha — Se atreveu a dar-lhe um beijo na bochecha a fazendo ficar mais raivosa.
[...]
— Eu tenho que te carregar ou algo do tipo? — Manoban perguntou entrando no quarto de hóspedes em que eu estava, ela realmente não havia lido o manual, neguei com a cabeça vendo-a se aliviar — Gostou da noite de hoje?
— Foi ótima — Menti e ela pareceu perceber, tanto que se aproximou sentando na ponta da cama em que eu estava.
— Não minta pra mim robô — Brincou. Mordi o lábio ponderando se devia ou não perguntar, mas decidi por arriscar, se ela dissesse que não me queria mais eu saia no lucro.
— Por que você trata as pessoas com tanto desdém? Como se você fosse melhor que elas? — Me aproximei de seu corpo.
— Porque talvez eu seja — Brincou, mas ao ver que eu havia levado a sério tentou se explicar — Digamos que eu fui criada como uma criança mimada, com muitos criados e coisas do tipo, faz parte do meu ser eu acho — Se ajeitou mais me fitando, nossos corpos estavam bem próximos agora.
— Você disse pra eu te ensinar a amar... É por que você quer mudar esse tipo de atitude?
— Não... Quer dizer, eu quero aprender a amar porque quero ser feliz, e eu sou a prova viva de que não dá pra ser feliz sem amor.
Suas palavras me tocaram, ela era totalmente sincera, e toda aquela soberba em sua voz havia se esvaido e foi ali que eu tive a brilhante ideia. Eu sabia como ensina-la a amar.
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Who Knows❔Chaelisa❓
Science Fictionhumanos não são capazes de saber de tudo, não podem conter suas emoções, não conseguem ser perfeitos. Mas robôs sim, estes conseguem tudo e mais um pouco. A história só muda quando uma humana se passa por um robô, será que ela conseguirá fingir ser...