As flores

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Bem vindos a 2075

Não se acostumem, isso aqui é um capitulo bônus já que vocês sempre reclamam da demora pra atualizar. Não tem ligação direta com o foco da história. 



Boa Leitura 💚🐦

Eu e Palisa ficamos de castigo por três dias, Lalisa não nos deixava nem ao menos ver tevê! Mingi foi obrigado a ficar no nosso pé como se fossemos crianças. E o que havia nos restado era jogos de tabuleiro e cartas.

Tentamos de tudo, jogar uno, Mingi havia se irritado pois eu inventava regras no meio do jogo e Palisa escondia cartas; Monopoly, teria dado certo se eu não tivesse quebrado o cartão de crédito de brinquedo sem querer. Tentamos também jogar dardos, mas a mira dos três era péssima e quando fomos jogar buraco Palisa perdeu tanto que estava quase oferecendo as drogas que tinha escondido no armário. Não que ela tenha me contado.

Então aqui estamos nós, montando lego, cada um fazia uma coisa, eu construía um submarino enquanto Mingi fazia uma casa e Palisa um centro de reabilitação, ela dizia que era um hospício, mas pra mim dá no mesmo.

— O que vocês estão fazendo? — Lalisa exclamou surpresa ao nos ver brincando no chão.

— Você quer nos tratar como criança, então estamos jogando jogos de criança. — Palisa respondeu irritada.

— Que seja! — Esbravejou subindo as escadas irritada. Essas duas estavam demais.

— O que deu nela? — Perguntei curiosa.

— Você que tinha que saber a noiva é tu.

— Não venha com sua grosseria pra cima de mim, eu não te fiz nada! — Adverti.

— Desculpa. — Respirou fundo se concentrando no brinquedo. — Hoje é o aniversário do meu pai. Lalisa sempre o comemora.

— Ah... — Agora fazia sentido a mulher estar triste e brava ao mesmo tempo.

— Você deveria ir falar com ela.

— Eu?!

— É! Você é noiva dela, sabe como animá-la. — Engoli em seco, seria verdade se eu realmente fosse a noiva dela.

Mas eu também não podia ficar aqui, que tipo de noiva falsa não vai acolher a outra?

Deixei meu submarino de lado e subi as escadas, eu iria me esconder no banheiro para fingir que dei apoio, mas seria antiético, eu tinha que tentar alguma coisa.

Bati na porta vendo que estava encostada, Lalisa analisava uma foto amassada, um papel que eu nunca havia visto na vida.

— Pode entrar Roseanne. — Sua voz era calma, ela tinha um terceiro olho para saber que era eu?

— Como sabia que era eu?

— Ninguém teria a audácia. — Meu queixo caiu e a ouvi rir da minha cara.

— Se serve de justificativa, Palisa disse que eu deveria vir.

— Não serve. — A olhei indignada.

— O que tem nesse papel amassado?

— Meu pai.

— Como ele coube aí?

— Você é um robô bem burro as vezes. — Brincou vindo para perto mostrando a foto. — Caso não tenham inserido essa informação na sua cabeça, isso de chama foto. Você tira e fica armazenada. — Claro que eu sabia o que era uma foto ela estava me tirando como idiota? — Esse é ele. — Na foto ela estava em seus ombros com uma camisa de time de baseball que a engolia.

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