capítulo 3

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Cami

Eu estava muito nervosa, eu sempre tive medo dessa parte do morro, os superiores, e logo ele, o sub dono do morro, não digo filho da puta por que saiu da mesma mãe que eu. Mais, não imaginei nunca ter sangue de traficante.

GT: entra!-- disse assim que abriu a porta.
Eu: tu mora sozinho?
GT: não mais...

Entro e vejo que é organizadinha. Paro no meio da sala e ele diz.

GT: amanhã nois sai pra decora teu quarto. Até o dia de hoje, ele é branco, cuidado.
Eu: sim...
GT: mais lembrando o que eu disse no postinho. Você fará muita coisa pra fica viva.
Eu: tipo o que?
GT: da tiro, se assusta, corre, pula de lage em lage. Você não me terá toda as horas. Vai ter que se fodona.
Eu: eu não sei fazer nada disso.
GT: ensino a atira o resto... Aprende na hora.

Eu sentei no sofá e encarei a casa. Era bonita.
GT sento ao meu lado e eu o encarei.

GT: qual foi?
Eu: você.
GT: que que tem eu?-- diz se olhando.
Eu: você... Tenho medo.
GT: não precisa, eu não vou fazer nada com você. Eu vou cuida.
Eu: você é um cara todo armado. Pose de bandido e é mesmo. Traficante... Eu vou precisa de muita coisa pra entende os processos daqui.
GT: esse é o menor dos problemas. Sente fome?
Eu: sim. Tem como não senti? Eu vim da escola, desmaiada, cheguei em casa, desmaiei, acordei, andei, cheguei aqui, sentei. É óbvio que estou com fome.
GT: ok.

....

Ele é um tanto... Bravo, ele parece um pouco legal mais... Não é muito o meu estilo.

GT: mó tédio... Tá pensando no que?
Eu: onde a mamãe foi?
GT: eu não sei ok...

Abaixo a cabeça e fico pensando em onde minha mãe pode estar, eu sou irmã de um traficante...

Eu: posso ir pro meu quarto?
GT: é o de frente pro meu...
Eu: adianto muito...
GT: 5° porta do seu lado direito.

Subo e vou pro quarto, tiro meu tênis, tiro a blusa de frio, coloco o óculos na estante, fico deitada até ouvi um barulho de tiro. Fico preocupada e assustada, sento rapidamente e abro a porta.

Olho pro corredor e não vejo nada, desço as escadas e meu irmão está que nem louco colocando um negócio na arma.

Eu: o que está acontecendo?
GT: o... Não tá dormindo por que?
Eu: eu ia.
GT: é invasão, se protege.
Eu: GT... Seu nome é Gustavo né?
GT: é, é, sobe logo.
Eu: vai fica tudo bem?

Ele só sai e eu subo denovo, debruço na janela e vejo um monte de gente atirando, caindo, se matando...

Xx: oi.-- grito de susto-- ei... Dorme-- coloca um pano na minha boca e nariz.

Acordo em um lugar escuro, tô presa? Amarrada?

GT

A Camila é chata, eu não tenho tempo de responder tudo o que ela quer, saio disparado e vejo o JP.

JP: que demora Caraí.
Eu: foi mal...-- ficamos atirando até donada todos recuarem.
JP: é... Foi fácil.
Eu: pô pá...

Fomos pra boca, ele acendeu um Beck e eu carreguei minha arma enquanto tomara energético com vodka.

JP: como a pirralha tá?
Eu: é... Não tenho o que reclamar ainda.
JP: irmão mais velho só se fode.
Eu: nem irmão você tem parça.
JP: pois é.

Reviro os olhos rindo e vou pra casa, chegando em casa vejo tudo revirado, vou mata a Camila. Subo bravo pro quarto dela.

Eu: Camila! Tá ficando louca? Você vai arruma tudo... Porra.-- vi sangue na parede.

Desci correndo e liguei pro JP

Eu: levaram a Camila!

JP: vamo busca.

Saio de casa e vou até o encontro de alguns vapores que já estavam sabendo.
Logo o JP aparece, pegamos uns 5 carros onde todos foram cheios e partimos pro morro, fomos invadidos pelo morto da Rocinha então...

Chegamos no morro deles e com silenciador, matamos todos os vapores da barreira, subimos e uma viela estava lotada de vapores, fomos devagar até lá e começamos a atirar, eles também atiraram e ficamos assim até matar todos, somos andando por essa viela e tinha um monte de vapores com a arma apontada pra viela, atiramos nós que deu e os que não deu, uns dos nossos agrediu. Fomos até uma boca afastada e tinha uns 5 vapores distraídos, fomos por trás e tinha uma porta.

JP: você vai e os meninos dão cobertura, vou procurar o...

Cami

Me debati tentando tirar as cordas e uma pessoa apareceu, ela devia estar sendo, aporta não abriu, ela vem até mim e da risada, me dá um murro no rosto.

Xx: logo logo teremos uma xacina.
Eu: quem é você?
Xx: muito pessoal está pergunta.
Eu: o que você quer?
Xx: o alemão.
Eu: o que eu tenho haver com isso?
Xx: você é a protegida, viram atrás de você e você estará diante da morte e da vida, eles terão que dar o morro.-- me dá um soco no olho, na boca, um murro no rosto, bate na minha barriga, chuta a minha costela e eu desmaio.

Xx: ei... Acorda... Tenho que te levar pra outro lugar, aonde você será minha refém.
Eu: por favor... Para.

Ele me levanta rapidamente e me leva pra fora onde mais ou menos vejo pessoas, meu olho tá tão inchado que quase fecha.

Vejo meu irmão meio bravo, meio triste, meio nervoso...

GT: solta ela!
Xx: acho que não.-- destrava a arma e aponta pra minha cabeça.
JP: solta a garota e ninguém sai machucado-- o cara atira na minha coxa.
Eu: haaaaa!!!!
GT: solta ela porra-- atira no braço do cara.
Xx: filho da puta-- atira na mesma coxa mais em outro lugar.
Eu: aiiiii!
JP: o que você quer, não atira mais nela?
Xx: o morro de vocês.
GT: nunca.-- levo um tiro no braço.
Eu: aaaaaa! Droga! Aiiiii!
GT: por favor, minha irmã não.
Xx: irmã? Por isso ela estava na sua casa e era a protegidinha.
Eu: como assim protegida?
Xx: não sou burro... Planejei tudo, só não sabia que seria tão fácil, o alvo já casa do sub dono do morro, eu ia bater na sua casa logo depois de mata o GT ali.-- atira no mesmo braço.
Eu: aaaaaaaa!

Atiram nele e sinto sangue em mim, ao mesmo tempo sinto uma dor na barriga e caio.

GT

Vi minha irmã sendo a refém, foram 4 tiros e um na barriga, atirei na cabeça do cara e ele machuco minha irmã. Pego ela no colo e voltamos pra saída, entramos no carro e a Camila estava totalmente apagada


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