Capítulo 30.

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- Como você deixou isso acontecer, Kara? Como você perdeu minha filha? Como você pôde?

Uma Callie nervosa e chorosa gritava na sala enquanto andava de um lado para o outro, Arizona estava no telefone com a polícia e contando a história toda tentando controlar o nervoso, Carlos e Eliza já estavam a caminho da casa da família Robbins- Torres, Nicolas dava água pra sua cunhada que ficou nervosa e Noah ligava para os tios para tentar saber de algo. Kara estava em pé com o celular na mão e com o rosto vermelho por ter chorado.

- Meu celular tocou e um cara disse que estava com minha esposa, a Soso tava brincando no parquinho, eu tirei o olho dela dois segundos pra ligar pra Lena, e ela disse que tava na empresa e tava bem, e eu fui pegar a Sofia, ela não estava lá. Me perdoa Callie...- Kara chorava e tentou se aproximar mas Callie se afastou do toque da loira.

- Não, eu quero a minha filha e EU QUERO AGORA!

A Latina gritou e Arizona puxou a esposa pra longe de sua prima.

- Não vai adiantar discutir, isso não vai trazer Sofia pra casa. A polícia está a caminho.

Arizona disse puxando a esposa para sentar no sofá e a mesma ainda proferia duras palavras contra Kara a culpando do sumiço da filha. E a mesma chorava.

- CHEGA, CALLIOPE! - Arizona gritou.

- É, eu acho que já chega. - Lá estava Lena, encarando seriamente a latina pelo jeito que falava com sua esposa. - Vim o mais rápido que pude. - disse enquanto cumprimentava a esposa com um selinho e limpando as lágrimas.

O casal Danvers-Luthor foi até a varanda e Arizona abraçou Callie de lado.

A loira estava com coração destruído, mas tentava parecer forte.

- Meu amor, logo a nossa princesa vai estar aqui, eu prometo. - beijou a bochecha da morena.

- Eu quero a minha filha, Arizona.

A loira a puxou para um abraço e ficou fazendo carinho quando Nicolas veio da cozinha.

- A vovó e o vovô chegaram.

- Abre a porta pra eles, filho. - Robbins pediu sorrindo leve.

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Arizona Robbins Torres

Já fazia alguns minutos que meu sogro havia chegado com minha tia e estavam acalmando minha esposa enquanto eu resolvi falar com minha prima, então fui até a varanda e a vi chorando no ombro de Lena.

- Kara? - elas me olharam - podemos conversar?

Vi Lena sussurrar algo no ouvido dela e entrar em casa.

- Veio gritar comigo também? Eu sei que errei, eu só quero minha afilhada aqui.

Sentei ao seu lado na escadinha.

- Eu deveria te matar, Kara, é a minha filha. Eu vim te pedir pra não ficar com raiva da Callie, ela tá muito nervosa, no fundo, ela tá se culpando também, eu não queria deixar Sofia sair hoje e ela me convenceu. Então, ela queria descontar em você.

- Tá tudo bem, eu tenho a minha culpa, eu só quero minha afilhada aqui.

- Mãe, mãe, mãe...- um Nicolas afobado chegou por trás de mim.

- Que foi?

- a Soso, ela tá no portão com um cara querendo entrar.

Meu coração foi a mil. Eu e Kara nos entreolhamos e olhamos para o portão, o óbvio foi constatado, era George. Abaixei na direção de Nicolas.

- Preciso que você seja meu homenzinho agora, tudo bem?

- Tudo bem, mãe.

- Entra e leva a Nancy pro seu quarto junto com seu irmão, fala pra ele pensar no filho dele, tranca a porta e por favor não saiam de lá.

- Mas, mãe...

- Por favor, filho.

Ele assentiu e entrou, olhei pra Kara e ela entendeu, apenas entrou e foi comunicar. Eu andei até o portão.

- Mamãe...- a voz chorosa de Sofia chegou ao meu ouvido. - ele machucou meu bracinho.

Olhei o braço da minha filha ainda avermelhado e olhei furiosamente para George.

- Tá tudo bem, filha. - abri o portão e ela pulou no meu colo, eu a apertei. - eu vou matar ele.

Estava ignorando a presença daquele monstro pra não cometer um crime, e bater o portão quando o pé do George me impediu. Coloquei Sofia no chão.

- Vai lá filha, entra em casa.- a observei sair correndo. - Some da minha casa, George, antes que eu faça metade das coisas que tô imaginando contigo, e todas elas você morre no final.

Ele riu.

- Tá me ameaçando?

- Estou te prometendo! - rosnei.

Ele sacou uma arma e apontou pra mim.

- Entra, ou eu vou estourar tua cabeça aqui e agora, Robbins.

Eu engoli em seco e continuei parada. Dava pra esperar, afinal, a polícia tava chegando, não é?

O Improvável Amor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora