Capítulo 24.

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Arizona Robbins

A noite que tive com minha esposa e meus amigos foi completamente incrível e agradável, eu só acho que exagerei um pouco na bebida e estou tendo certeza agora que os raios solares estão invadindo o quarto me fazendo acordar e eu percebo o quão minha cabeça está doendo. Sento na cama e percebo que estou nua, nem me lembro se Calliope e eu transamos e ela me mataria por isso. Me lembro de conversar com eles sobre muitos assuntos e isso me fez distrair, eu me senti tão amada por eles terem tirado um tempo para vir ficar comigo e me ajudar.
Sou tirada dos meus pensamentos com o barulho de Callie saindo do banheiro somente de roupão e seus cabelos molhados.

- Bom dia, dorminhoca! - ela disse rindo.

- Bom dia - sorri - e nossa! Você acordou primeiro que eu.

Callie riu se sentando na cama para passar seus cremes.

- Você dormiu como pedra amor, eu não espera menos.

- Então, nós não transamos?

Ela gargalhou.

- Com certeza não, eu não sei em qual momento ontem virou uma noite de bebidas ao invés da gente conversar. Você bebeu tanto Arizona que não me reconhecia. - Ela falou rindo passando creme nas pernas.

- Eu não te reconhecia? - mordi o lábio inferior.

- Não - riu - eu e Mark zoamos bastante você, eu dava em cima de você e você me dispensava por ser casada e amar sua mulher.

Eu gargalhei e pressionei minha cara no travesseiro.

- E, por que eu estou pelada então?

- Eu não ia dormir com você fedendo a bebida, te ajudei a tomar um banho.

- A minha cabeça está explodindo.- deitei de volta.

- Tem que estar, amor. - me deu um selinho. - Vou ver se a Kara está viva. E trago algo pra você.

- Kara ficou?

- Sim, Lena ligou e achou melhor.

- Sofia está bem lá?

- Bom, ela não quer nem voltar pra casa.

Rimos e vi minha esposa sair do quarto.

Levantei sentindo uma tontura de leve e fui até o banheiro, escovei meus dentes e tomei um banho bem gelado para acordar e coloco somente um roupão, volto para a cama e tento me lembrar aonde deixei meu celular, mas logo o vejo apitar na mesinha de cabeceira.

Troquei algumas mensagens com Nicole a respeito do orfanato e deitei esperando Calliope trazer o remédio para mim, o que logo aconteceu.

Calliope me deu o remédio e sentou rindo ao meu lado.

- Do que está rindo?

- Kara estava jogada no nosso sofá.

Eu ri.

- Nem acredito que aquela criança grande vai se casar, parece que ontem brincávamos juntas.

-...e se beijavam... - Calliope sussurrou e semicerrou os olhos para mim.

- Calliope... - falei deitando a cabeça no colo de minha esposa e ela riu.

- Estou só brincando. - começou fazer carinho no meu cabelo - o bom é que Lena é madura e vai colocar limites nela.

- Isso é o que esperamos.

Passamos a tarde entre muitos carinhos, e logo as crianças chegaram e vimos filmes todos juntos, uma verdadeira tarde em família como há tempos não tínhamos, eu estava me sentindo imensamente feliz e tranquila.

Nada poderia mudar isso, nada..

/*/

- Eu acho que a Kara vai fugir, na verdade eu tenho certeza sabe?

Eu ouvia os medos de Lena em relação ao casamento que aconteceria em duas semanas.

- E o que te faz pensar isso? Cuidado Sofia! - questionei e chamei atenção de minha filha que corria pelo parque.

Lena sorriu para Sofia que diminuiu o passo e agarrou a mão de Nicolas que sorriu para ela e foi a levar nos brinquedos.

Minha esposa e a noiva de Lena estão trabalhando.

Então...

Hoje nós duas resolvemos fazer Sofia e Nicolas ao parque já que eu estava de folga, foi uma pena Harriet e Zola não poderem vir, por mim eu trazia até o pequeno Sloan. Lexie que achou melhor não.

- Eu acho que ela só tá fazendo isso porque eu quero. - suspirou.

- Besteira, a Kara te ama. Ela realmente nunca fez o tipo que queria casar, mas ela mudou por você Luthor. - bati na sua perna - não ache que ela vai fugir, tenho certeza que ela quer isso tanto quanto você.

- Estou ansiosa...- Luthor confessou sorrindo.

Isso me fazia lembrar minha ansiedade para casar com Calliope.

- Isso é normal, ela é o amor da sua vida.

Sorrimos e continuamos nossa conversa enquanto as crianças brincavam, nós até nos arriscamos em alguns brinquedos também. Noah está estudando agora pela tarde, ele hoje vai pra casa e eu amo os dias que tenho todos meus filhos em casa.

Kara chegou e estávamos lanchando para ir embora quando meu celular apita uma mensagem de Callie dizendo que passaria ali para me buscar e buscar nossos filhos.

O que não demorou muito, logo ela estava apenas buzinando do outro lado da calçada e eu estranhei o fato de ela nem ter descido para conversar com as meninas ou cumprimentar.

Nós nos despedimos do casal e entramos no carro.

Calliope estava com os olhos vermelhos e o nariz também, parecia ter chorado, ela beijou Sofia que a beijou também e piscou para Nicolas que olhou desconfiado para ela.

- Está tudo bem?

Perguntei ao me sentar do seu lado no banco do carona e ela somente assentiu.

O caminho pra casa foi feito em total silêncio.

Entramos em casa e eu ainda estava estranhando o comportamento da minha mulher.

- Sofia, vai tomar banho. Nicolas, você também, pode tomar no meu quarto. - ordenei e vi as crianças sumindo. Procurei Callie com o olhar e ela tava de costas pra mim, parecia chorar. - Callie, o que está acontecendo? Me diga. - o silêncio ainda se fez presente, ela virou, me olhou, andou até mim e me beijou, me beijou tão apaixonadamente. E suspirou quando encerramos o beijo com selinhos. Eu limpei suas lágrimas. - O que está acontecendo, meu amor?

- Eu quero o divórcio.

O Improvável Amor 2Onde histórias criam vida. Descubra agora