— MEU DEUS. — exclamo animada ao ver o parque de diversão bem na minha frente.
— Gostou? — pergunta sorrindo para mim.
— Se gostei? EU AMEI! — pareço uma criança de 7 anos indo pela primeira vez nos brinquedos. — Vamos entrar logo.
Eu puxo sua mão e atravessamos o portão gigante. Olho em volta admirada com a quantidade de brinquedos. Todos eles coloridos, alguns mais radicais que os outros e várias barracas de comida e lembrancinhas. Estou completamente apaixonada por este lugar.
— Não sabia que tinha um parque tão incrível aqui na cidade. — comento enquanto andamos até o local onde compra os tíquetes.
— Meus pais costumavam me trazer aqui quando eu era mais novo. — vejo um brilho em seu olhar. — Não mudou tanta coisa, só pintaram de outras cores e acrescentaram novos brinquedos.
— Em quais nós vamos? — pergunto ansiosa.
— Que tal em...todos? — abro um sorriso enorme. Compramos, digo, o Cole comprou todos os tíquetes e fomos até os brinquedos. Eu juro que insisti em ajudar a comprá-los, entretanto, ele recusou.
— Vamos no carrossel primeiro, por favorrr. — faço uma carinha de cachorro abandonado. Ele, por sua vez, faz uma cara de desgosto.
— Okay, okay. — suspira derrotado.
Com certeza, vê-lo em cima de um cavalinho foi a coisa mais engraçada que eu já vi.
Em seguida, fomos à uma montanha-russa assombrada, confesso que me deu um frio na barriga mas foi extremamente legal. Cole está ao meu lado rindo das expressões que fiz na montanha-russa.
— Sua cara ficou muito boa nessa foto. — zombou de mim. Maldito brinquedo que tira fotos das pessoas nos momentos mais assustadores.
— Vamos no carrinho bate-bate! — não deixo ele responder, apenas agarro seu braço e arrasto-o até lá.
Há poucos casais aqui, maior parte é família com suas crianças. Consequentemente, no carrinho bate-bate, praticamente todos que ali estão são crianças de 8 a 12 anos de idade.
— Iz, já foi bem embaraçoso você me fazer andar no carrossel. Agora nisso? Aí é de mais. — Cole reclama.
— Tudo bem, vou sozinha. — respondo calmamente e vou até a mulher para entregar o meu papelzinho.
Escolho um carrinho e entro no mesmo. Está um pouquinho apertado, obviamente. Alguns minutos antes de fecharem as portas, vejo Cole entrar correndo em um carrinho, deixando-me supresa pela sua atitude repentina.
— Ué? Não era algo infantil demais para você? — provoco ele.
— Cala boca. — solto uma risada.
Ouvimos um barulho indicando que estamos liberados para nos movimentarmos.
No início, fico apenas batendo no Cole e ele batendo em mim. Porém, repentinamente, várias crianças encurralaram ele e começaram a bater no carrinho dele. Gargalho com a cena. Quem diria que o Cole estaria sendo atacado por crianças.
— Crianças, sabem aquela tia ali. — diz apontando para mim. — Quem bater no carrinho dela várias vezes, vai ganhar um pirulito.
Arregalo os olhos. Oh, não. Vejo aquelas crianças dirigindo rapidamente em minha direção. Não acredito que ele fez isso, trapaceiro. Tento dirigir o mais rápido que consigo, todavia, elas me alcançaram e batiam com tudo no meu carrinho. De fato, quem ri por último, ri melhor.
— Você trapaceou! Não valeu. — digo saindo do carrinho bate-bate.
— Cada um joga do jeito que sabe. Eu, por exemplo, gosto de trapacear, lindinha. — reviro os olhos e faço uma cara emburrada.
— Vamos no próximo brinquedo. — digo.
Enquanto andávamos, Cole pediu para eu esperar um pouco em um banco. Apenas concordei, mesmo sem entender. Passo a observar uma família que estava se divertindo bastante em um dos brinquedos. A cena me faz sorrir.
— Ei, moça bonita dos olhos verdes. — viro-me em direção à voz. Encontro Cole segurando um algodão doce rosinha gigante.
— Não acredito. — levanto-me ficando pertinho dele. — Onde você comprou??
— Na barraquinha ali atrás. — a criança que habita em mim ama doces assim. Pego um pouco e como. Ah, que gostinho bom.
— Hmm, delícia!
Andamos mais um pouco, de vez em quando, parávamos em alguma barraquinha para comprar outro docinho ou participar dos joguinhos que tinham ali.
— Aquele. — aponto para o brinquedo gigante um pouco à frente de mim. — Quero ir naquele.
— Roda-gigante? — confirmo com a cabeça.
Entramos na cabine. Eu já estou desejando ansiosamente ver a vista lá de cima.
— Você... — ele começa. — Você tá se divertindo?
— Tá brincando? — respondo. — Eu to amando muito! Hoje tá sendo um dia perfeito, sem dúvidas.
E é verdade. Estou me divertindo muito com ele, cada momento de hoje foi único, especial.
— E você? — indago.
— Estando com você, tudo fica perfeito. — coro pela sua resposta. Ainda não me acostumei com o lado fofo e carinhoso do Cole.
— Meu Deus do céu! — olho para a vista. O sol quase se pondo e o céu está alaranjado. — Que lindo.
— Iz. — ele chama meu nome. Desvio a minha atenção da vista para ele. — Você é incrível e eu te quero só para mim.
Se antes eu estava vermelha, agora estou um pimentão. Senhor. Sinto minhas bochechas queimarem.
— E-eu também te quero...só para mim.— digo baixo, devido à vergonha.
Ele sorri. E que sorriso, meus amigos. Ele se aproxima de mim e encosta seus lábios nos meus. Um beijo calmo e com sentimentos. A diferença entre um beijo normal e um beijo com sentimento é nítida. Afastamo-nos por falta de ar e encosta sua testa na minha.
— To morrendo de fomee. — digo enquanto nos afastamos da roda-gigante.
— Vamos em algum restaurante aqui perto, vem. — entrelaça nossos dedos e caminhamos juntos até o seu carro.
Encosto minha cabeça na janela do seu carro, vendo o parque se afastar cada vez mais de mim.
— Outro dia a gente volta. — assinto, ainda meio tristonha por ter saído de lá.
Entramos em um restaurante bem agradável e confortável. Sentamo-nos à mesa e damos uma olhada no cardápio. Ao ler algumas opções, ouço minha barriga roncar implorando por comida. Não demorou muito para a garçonete vir nos atender.
— Bem-vindos a Casa do Hambúrguer, o que desejam? — ao terminar de falar, vejo-a secando o Cole. Cadê o respeito, moça???
— Eu quero um hambúrguer simples com queijo cheddar e batatas fritas. Ah, um suco também, por favor. — peço educadamente, mesmo que a minha vontade seja manda-lá tomar no cu.
— E você? — pergunta para o Cole e morde o lábio inferior. Ela só pode estar de sacanagem comigo, né.
— Um hambúrguer com bacon, batatas fritas e uma Coca-Cola. — sorri para ela. Reviro os olhos com aquilo. Eles trocam mais algumas palavras antes de ela sair, finalmente.
— Que cara é essa? — diz me provocando.
— A minha, ué. — digo o óbvio.
— Você está com ciúmes.
— Adorei este lugar. É um ambiente bem gostoso. — mudo de assunto.
— Sabia que você fica linda com ciúmes?
— Cala boca, não to com ciúmes. — exclamo irritada.
— Relaxa, Iz. Eu tenho você e isso já basta. — continuo tendo um certo receio em relação a isso, mas tudo bem.
Nossos pedidos chegaram e nos deliciamos dos nossos hambúrgueres.
— O que somos? — finalmente solto esta pergunta. A mesma estava entalada na minha garganta.
— Não sei ao certo. Mas não somos namorados, — encolho os ombros chateada. E então, sinto sua mão acariciar a minha por cima da mesma. — ainda.
O "ainda" me fez abrir um sorriso tímido. Estou parecendo aquelas garotas de 14 ou 15 anos apaixonadas por um bad boy. Não posso fazer nada, afinal, o Cole faz me sentir assim.
Chegamos em casa por volta das 22:00 horas. Papai e Mandy estão na sala assistindo algum filme.
— Iz, Cole! Como foi lá? — Mandy questiona alegre ao nos ver.
— Foi bem legal, Mandy. — respondo sorrindo para ela.
— Estão com fome? — papai nos questiona.
— Não, passamos em um restaurante antes de voltarmos para cá. — Cole redargui.
— Bom, vou subir, to muito cansada. Boa noite, amo vocês. — digo subindo as escadas.
Antes de abrir a porta, sinto alguém me virar com tudo, assustando-me.
— Boa noite, Iz. — sussurra e dá um selar em minha testa.
— Boa noite, Cole. — digo e abro a porta.
Tudo isso que aconteceu hoje foi real ou um sonho?_______________
Finalmente estão juntosss!! Espero que o Cole não faça nenhuma besteira Kkkkkkk Até o próximo capítulo 🥰
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Quem me dera fosse só um "irmão"
RomanceMudanças são essenciais em nossas vidas, elas nos evoluem. A vida de Izzy muda: nova casa, nova família, novo "irmão", novas amizades, nova paixão, novas inimizades, novas experiências, uma nova vida. A questão é: ela saberá lidar com tudo isso? A p...