Em pedacinhos

77 18 6
                                    

— Okay, pode ser. — digo receosa.
Chegamos perto um do outro e nos beijamos. Bom...não vou dizer que foi ruim, porque não foi, mas confesso que não é algo que eu gostaria de fazer várias vezes. Nós três nos separamos e nos entreolhamos, em seguida, rimos alto.
— Vou pegar mais bebida. — Sam diz tentando andar até a cozinha.
— O você ach-
Não consegui terminar a frase pois meus lábios foram tomados pelos seus. Me assusto com a atitude repentina do Louis, porém isso não me impede de retribuir o beijo. Seu beijo é muito bom, no entanto, havia uma boca específica a qual eu queria beijar. Sua mão ágil que estava na minha cintura, agora está no meu seio. Empurro ele um pouco para me afastar, mas obviamente que não deu certo. Ele é bem mais forte que eu. Quando ia empurrá-lo com mais força, escutamos um barulho alto de algo se quebrando. Viro-me assustada para a direção de onde veio o barulho.
— COLE! — Olívia vai atrás dele e deparo-me com uma garrafa de cerveja estraçalhada no chão.
— O que acabou de acontecer? — murmuro para mim mesma.
— Acho melhor voltarmos para dentro. — Louis diz e eu balanço a cabeça, confirmando.
  Saímos da piscina e fomos até a sala. Chegando lá, encontramos todos, com exceção da Olívia e do Cole, confusos.
   — Alguém sabe o que aconteceu? — questiono preocupada.
   — Eu não sei também, tava voltando para a piscina e do nada vi Cole muito puto subir as escadas. — Sam me responde.
   — Tom? — olho para ele.
   — Err...tava tudo tranquilo — diz meio confuso. — até ele ver você e o Louis se beijando. Do nada ele jogou a garrafa no chão.
  Espera, ele surtou por minha causa??? O Cole? Okay, se antes eu não estava entendendo nada, estou muito menos agora. Ele estava com...ciúmes? Mas ele mesmo disse que não podemos sentir ciúmes um do outro. Aaaaah, meus pensamentos estão uma bagunça. Vejo Olívia descendo.
   — Ele tá bem bravo, o que deu nele? Não quer nem falar comigo... — diz tristonha. Ah, fica quieta, garota.
   — Eu vou falar com ele. — digo determinada e caminho até a escada.
   — Tem certeza? — pergunta com uma falsa preocupação. Era nítido que ela só não queria que eu subisse lá. — Quando o Cole fica bravo, ele vira um doido...
   — Tá tudo bem, Liv. — respondo de modo irônico o seu apelido. — Sei com quem estou lidando.
  Fico de frente para a porta do quarto, confesso que estou nervosa, nunca tinha visto ele tão irritado assim. Respiro fundo e abro a porta.
   — Vaza daqui, Olívia. — diz com a voz rouca e dá um soco na parede. Dou um leve pulo devido ao susto.
   — Não é a Olívia. — digo, fechando a porta. Ele se vira quase que no mesmo segundo. — O que deu em você?
   — Sai daqui também, caralho. Não to em condições de falar com ninguém, muito menos com você, Izzy. — fala ríspido. Sinto um aperto no coração pelo modo que falou.
   — Não, Cole. Eu quero saber o que deu em você para fazer aquele showzinho de repente. — suspiro alto. — Por quê?
   — Por quê? — ri sarcástico. — Nem eu sei direito.
   — Sabe sim e eu quero que me fale. — chego mais perto dele. — Você ficou com ciúmes, não ficou?
  Aguardei sua resposta ansiosa e com medo, era ciúmes, né? Ficamos um bom tempo em silêncio. Não deixei de encará-lo em nenhum momento, seus olhos estão mais escuros que o normal, me dando um certo medo.
   — É. — fecha os olhos e suspira. — Talvez eu esteja com ciúmes mesmo.
  Fico espantada pela sua sinceridade. Ele realmente admitiu? Estou sonhando? Não consigo dizer nada, pois ainda estou pasma. Ele se aproxima mais de mim e eu me estremeço inteira.
— Ver ele te tocando, me deixou puto. Ver ele te beijando, me fez querer socar a cara dele. — passa seu polegar levemente em meu lábio. — Ver ele fazendo coisas que EU queria estar fazendo com você, me deixou furioso.
— E-eu... — não sei o que falar, estou extremante feliz mas, ao mesmo tempo, confusa. Será que ele gosta de mim também?
— Xiii... Você é minha. — diz rouco. Incrível como essas simples palavras me deixaram totalmente inquieta. — E eu vou te mostrar isso.
Toma meus lábios para si com força e eu retribuo sem pensar duas vezes. Nossas línguas travam uma batalha, uma de suas mãos agarra a minha cintura e a outra aperta a minha bunda com força. Gemo baixinho. Ele vai me empurrando até a cama, onde tira a sua camisa e o meu shorts.
   — Você não faz ideia do quão gostosa é. — sussurra no meu ouvido antes de me beijar novamente.
  Ele distribui selinhos da minha bochecha até a clavícula, dando um chupão na mesma. Tomara que não fique marcado. Ele retira o meu cropped, me deixando apenas de calcinha. Fico vermelha pela exposição.
   — Você é perfeita.
  Voltamos a nos beijar. Sinto sua mão descendo até a minha intimidade.
   — Tão molhada... prontinha para mim. — rasga a minha calcinha e desce até lá, ficando de frente com o meu sexo.
  Ele usa sua língua habilidosa e faz um trabalho incrível, tento não gemer alto mas é quase impossível. Mordo com força o meu lábio inferior quando ele penetra um dedo, sinto o gosto de ferro em minha boca. Não demorou muito para eu gozar e, graças a Deus, não dei um grito.
   — Deliciosa. — fala enquanto me encara intensamente. Logo, sinto minha intimidade pegando fogo de novo.
  Ele se levanta para tirar a sua bermuda e a cueca box, estava prestes a abrir a camisinha.
   — Espera. — interrompo-o. — Eu...eu quero tentar uma coisa.
  Olha-me confuso. Empurro ele para a cama e fico de frente para o seu pau ereto. Levo minha mão até ele e começo a fazer um movimento lento de cima para baixo, repetidamente. Ele solta um gemido e isso me excita mais ainda.
   — Não precisa fazer isso se não quiser. — diz isso quando me vê quase o abocanhando.
   — Eu quero. — respondo e abro minha boca o máximo que consigo, envolvendo apenas a cabeça do seu pau.
   — Aaah... — geme. Vou descendo aos poucos a minha boca, tomando cuidado com os dentes. Sinto o seu pênis chegar na minha garganta e mesmo assim, ainda sobrava. Uso a minha mão na parte que sobra e continuo chupando até onde consigo.
   — Caralho, Izzy...puta que pariu. — geme palavras sujas. Mas antes que eu pudesse continuar, ele me puxa para cama. — Eu não quero gozar na sua boca, linda. Não hoje.
  Cole abre o pacote da camisinha e coloca a mesma em seu membro. Ele dá algumas pinceladas na minha entrada, antes de me penetrar. Gememos alto. Sinto ele enfiar tudo e sair lentamente.
   — C-cole...por favor. — gemo manhosa. Porém ele continua com a tortura. Não aguento e imploro mais uma vez, usando palavras sujas. — M-mais rápido.
   — Com todo prazer. — diz rouco e me olha com desejo.
  Ele entrava e saía rápido e forte. Não sei mais quantas vezes repetiu isso, só sei que estou indo ao delírio. Não conseguíamos mais conter os nossos gemidos, tudo piorou quando ele me deu um tapa forte na coxa. Gritei de prazer em resposta.
   — Porra, que buceta apertada, Iz. — ele inverte as posições me deixando por cima.
  Começo a cavalgar em cima dele sem parar, eu estou quase chegando ao meu limite.
   — Cole...e-eu vou...
   — Eu também, cacete. — leva sua mão até meu seio, massageando-o em seguida.
  Não aguento mais e dou uma última sentada, fazendo-me gemer alto e ouvir o Cole soltar alguns palavrões. Havíamos chegado ao ápice juntos. Caio em cima dele, exausta.
   — Uau, isso foi...
   — Foi maravilhoso. — completa a minha frase. Sorrio para ele em resposta e dou um selinho nele.
   — Cole, preciso te perguntar uma coisa. — começo. — E quero que seja sincero comigo.
   — Fala.
   — Você gosta de mim? — pergunto com medo da resposta. Ele demora para responder, deixando-me sem esperanças.
   — Não sei, Iz. — responde sincero. — Mas eu sei que sinto algo por você, só não sei o que é.
   — Entendi... — falo meio magoada.
   — Ei, para com isso. — encaro os seus olhos que eu tanto amo. — Vamos deixar fluir, beleza? Com o tempo a gente vê no que dá.
  Balanço a cabeça, assentindo. Bom, estamos progredindo aos poucos, né? Isso me deixou com uma certa esperança no meu pobre coração.
   — Vem, vamos tomar banho. — leva-me até o banheiro.

{ Mais tarde }
  Não sei que horas são, no entanto, escuto o barulho da porta se abrindo. Acordo logo em seguida, meio zonza.
   — Cole? — chamo-o baixo. Vejo ele na porta conversando com alguém. Vou até eles e percebo que a pessoa com quem conversa é a Olívia. — Cole?
  Vira-se para mim na hora, com os olhos um pouco arregalados. Quando olho para a sua ex, noto que ela está chorando e segurando uma das suas mãos.
   — O que ela tá fazendo aqui? — questiono já meio irritada.
   — Iz, olha, eu preciso sair agora. — encaro ele desnorteada. Perdão?
   — Você vai sair com ela? Agora? Sério isso? — ignora-me completamente e veste uma camiseta qualquer. Puxo seu braço antes que pudesse sair. — É sério, Iz.
   — Não acredito que você vai deixar de ficar comigo por causa dela. Ela não é sua ex, porra? — já sentia as lágrimas querendo sair, não sabia se era de raiva ou tristeza.
   — Desculpa, mas eu não posso deixá-la assim. — refere-se à Olívia que ainda chorava.
   — Mas, Cole, eu gosto de- — fecha a porta na minha cara. Não acredito nisso. Depois de tudo, ele ainda escolhe ela? Lembro-me do que ela disse antes, que entre mim e ela, ele com certeza escolheria ela. Solto as lágrimas que insistiam em descer e começo a chorar igual uma criança. Eu estou quebrada. Cole Sprouse me deixou em pedacinhos, sem dó. Meu peito dói muito, acho que até mesmo uma facada doeria menos. Me sinto humilhada e rejeitada da pior forma possível.

                   __________________
   🥺🥺 a Izzy não merecia isso... Vejo vocês no próximo capítulo!

Quem me dera fosse só um "irmão"Onde histórias criam vida. Descubra agora