Ressaca

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— QUE MERDA É ESSA, CARALHO?? — Cole berra vermelho de raiva. Ih. Alguém está bravinho.
— Me larga!!! Você tá me machucando, seu imbecil. — falo sem paciência.
— Cala a boca, Izzy. E você, vai se arrepender por ter beijado ela. — antes que eu pudesse protestar, ele já havia socado a cara do menino. Arregalo os olhos assustada. — Se relar nela de novo, eu acabo contigo.
O menino assente desesperado e sai.
— Qual é o seu problema, em? Que inferno. — suspiro puta.
Ele não fala nada, apenas me puxa para um corredor vazio e escuro.
— O que é iss... — interrompe-me com um beijo. Quê?
  — C-cole... pa...ra... — tento afastá-lo mas foi em vão. Ele me prensa contra a parede.
— Você não tem noção do quanto me deixou puto ver você beijando outros caras. — sussurra e morde o lóbulo da minha orelha. Ciúmes?
— Cole... — tento resistir mais um pouco.
Ele me encara com os seus olhos acizentados cheios de desejo, arrepiando-me inteira.
— Você tá tão gostosa...a mais linda da festa, sem dúvidas. — fala baixinho e me beija de novo. Dessa vez, com mais voracidade.
Ergue-me um pouco e sobe a minha saia, seguidamente, aperta a minha bunda com força. Sinto algo duro roçar em minha intimidade, fazendo-me gemer com o contato. Ele me leva para um quarto aleatório e me joga na cama. Sem demora, ele tira a sua camiseta branca e sobe em cima de mim, beijando-me em seguida. Já sinto a minha calcinha encharcada. Passo uma mão em seu abdômen definido e a outra acaricia sua nuca. Vou descendo a minha mão até o seu membro duro. Senhor. É grande, muito grande. Aperto-o de leve, ouvindo Cole gemer entre o beijo. Isso só me deixou mais excitada ainda. Ele desce seus beijos pelo meu pescoço até chegar no decote do meu body, não perde tempo e abaixou as alças dele, expondo os meus seios. Coro com sua atitude.
— São perfeitos. — fala e abocanha um deles, fazendo-me gemer alto.
— Ah... — foi então que eu senti um incômodo na minha garganta. Ah, não. Agora não. Por favor. — E-espera...
— O que foi? Eu te machuquei? — pergunta preocupado.
— N-não é qu... — não consigo terminar a frase, viro de lado com tudo e vomito no chão do quarto. Puta que pariu.
Cole se levanta rápido e me ajuda a ir até o banheiro que tem aqui. Segura meu cabelo enquanto eu coloco tudo para fora na privada.
— Você não é acostumada a beber e mesmo assim bebeu um monte. Cê é maluca. — fala rindo de mim.
— Se certas pessoas não tivessem me irritado tanto, eu não teria bebido tudo isso. — respondo ainda vomitando.
— Não queria que viesse porque sabia que vários caras dariam em cima de você. — confessa baixinho, mas mesmo assim consigo ouvir.
— Para de agir como um pai ciumento. Eu também quero aproveitar minha vida. Que droga. Você pode pegar todas e eu não posso beijar um cara?
— Eu não sei o que deu em mim, beleza? Só sei que perdi a cabeça quando te vi beijando o Louis e aquele garoto.
— Tá, então é melhor você começar a se controlar mais. Porque eu não vou parar de ficar com outros meninos. — falo, indo até a pia e lavando a minha boca.
— Não paro de pensar em você desde o dia que te beijei na cozinha. — sussurra.
— Quê???? — pergunto, mesmo tendo ouvido cada palavra.
— Eu realmente gostei de ficar com você, Iz. — diz, encarando-me profundamente.
— E-er...preciso procurar as meninas, já tá tarde. — saio correndo dali. Ele pensa em mim? Gosta de ficar comigo? Será que ele estava falando sério? Minha cabeça está uma bagunça.
Procuro pelas minhas amigas e encontro elas conversando com os meninos.
— IZZY! Onde você tava? A gente te procurou um monte, doida. — Mel diz.
— Desculpa, gente. Tava fazendo uns negócios. — falo e recebo olhares maliciosos de todos que estão ali. — Não é isso que vocês estão pensando, idiotas.
— Seeeeei. Enfim, precisamos ir. Já são 4 da manhã. — An?? Como assim? O tempo passou muito rápido.
— Falando nisso, cadê o Cole?
— Deve estar comendo alguém, típico dele. — abaixo a cabeça, tentando espantar esse comentário.   
    Saímos dali e pegamos um táxi.
     — Você precisa nos contar muita coisa, mocinha. — Sam fala, fingindo estar brava.
— Amanhã a gente conversa, to morrendo de sono.
— Também preciso contar umas coisinhas para vocês. — Mel diz timidamente.
— Ahhhh, sua danadinha. — Sam responde e nós três rimos.
Chegamos na casa da Sam, tomamos banho e capotamos. Foi uma festa e tanto.

{ Dia seguinte }
Acordo com uma dor de cabeça do caramba. Olho para o lado e as meninas ainda estão dormindo. Que horas são? Pego meu celular e vejo o horário, 11:30.
  — Hmm...que horas são? — Mel pergunta.
— 11:30.
— Ai. Minha cabeça tá latejando.
— Isso se chama ressaca, gatinhas. — fala Sam, sem abrir os olhos. — Tem remédio no banheiro.
— Vou pegar. — falo, já me levantando.
Volto com as pílulas e Mel está com uma garrafa de água em mãos. Tomamos e deitamos na cama de novo. Preguiçosas? Com certeza.
— VAMOS TOMAR BANHO DE BANHEIRAAA. — Sam grita, após um tempo.
— Não grita, vaca. — falo fazendo careta. — Mas adorei a ideia, eu topo.
Mel concorda também, nos despimos e entramos em sua banheira gigante.
— Ahhh...que relaxante. — fecho os olhos e aproveito a água morna cheia de espumas.
— Okay, quero saber de TUDO! — olhamos para a Sam que está toda curiosa.
— Bom...eu e Nate ficamos. E...
— E...? — perguntamos juntas.
— E transamos no banheiro. — fala e eu arregalo os olhos em resposta, já a Sam, gargalha alto.
— Eu sabia que você não era nenhuma santinha. — fala rindo.
— Foi sua primeira vez? — pergunto.
— Não...eu havia transado com o meu ex que me chifrou.
— Ah...eu não sabia, desculpa.
— Relaxa, amiga. — sorri para mim.
— E aí??? Foi bom??? — Mel fica vermelha e assente para Sam.
— Iz, sua vez. Conte-nos TUDINHO.
Conto tudo o que havia acontecido desde a parte que saí correndo até a "confissão" de Cole.
— Não acredito que você vomitou justo nessa hora. — Sam fala enquanto tenta segurar a risada. — Também to chocada que ele bateu no menino, ele tem essa cara de bravo mas dificilmente parte para a agressão física.
— Será que ele está afim de você? — Mel pergunta. — Ele agiu como se fosse um namorado possessivo, credo.
— Iz, toma cuidado. Sou muito amiga do Cole, ele é incrível, contudo, sei de muitas coisas que ele já fez com as meninas. — Sam me olha preocupada. — Você está apaixonada por ele?
Me assusto com a sua pergunta. Ela me pegou de surpresa. Fico quieta por um tempo, nem eu sei o que eu estou sentindo.
— Eu não sei...to confusa. — respondo sincera.
— Promete que não vai chorar por ele? — concordo com a cabeça. — Ele é um ótimo amigo, mas um péssimo namorado.
— O Cole já namorou? — Mel questiona atônita.
— Há muito tempo, acho que foi a única vez. Enfim, eu dei para o dono da casa. — Sam fala sapeca. — E para o Tom.
— O quê??? Vocês têm algum lance? — pergunto.
— Não, louca. — responde rindo. — Só que eu e os meninos sempre fomos muito próximos e tal...
— Você já ficou com todos eles?? — foi a vez da Mel perguntar.
— Sim. — responde sincera. — Mas, como você gosta do Nate e você do Cole, obviamente que não vou mais ficar com eles.
— Sam...você e o Cole...já...você sabe... — questiono com vergonha.
— Aham. — fala e eu olho para baixo, sentindo um aperto no meu peito. — Estávamos bêbados. Fora que, nunca rolou nenhum tipo de sentimento entre mim e os meninos, era só tesão. Juro.
— Tudo bem. A gente confia em você. —falo, sorrindo para ela.
— Aiiii. Eu amo tanto vocêssss! — Ela exclama enquanto abraça a gente.

{ À noite }
Já está tarde. Eu e a Mel passamos praticamente o dia inteiro na casa da Sam, foi incrível.
Agora, cá estou eu, criando coragem para entrar em casa. Abro a porta e está um silêncio. Acho que papai e Mandy saíram para jantar. Espero que Cole tenha ido junto. Subo para o meu quarto, coloco um camisetão e uma calcinha sem costura. Estou quase adormecendo quando, do nada, a minha porta se abre. Olho assustada para ela e me deparo com o Cole sem camisa, apenas de calça moletom.
— Hoje você não me escapa. — fala sorrindo de ladinho.

Quem me dera fosse só um "irmão"Onde histórias criam vida. Descubra agora