PRESENTE
Jimin se recosta na cadeira de Namjoon, franzindo o cenho ao que tenta processar tudo.
-E então a vez em que você o viu depois disso foi...?
Yoongi cerra a mandíbula.
-O hotel.
-Hmm.
Há muita coisa nisso. O bilhete que Taehyung deu para Yoongi é outra mensagem embaralhada que leva pra um lugar no meio do nada chamado Eden House. Um prédio antigo em Bucheon, que não significou nada para o detetive ou para os outros investigadores que reviraram o lugar de fora a dentro. A gangue, Lírio Branco, nunca apareceu sob investigação policial. Taehyung se recusou a passar informações - temendo deixar a si mesmo em perigo - e ficou incontactável por cinco dias.
-E então, no quinto dia, ele ligou pedindo por proteção em troca de informação.
-O que mudou?
O olhar de Yoongi está longe.
-Eu não sei.
Jimin estuda a linha do tempo. No dia 29 de Dezembro de 2015, Taehyung liga pedindo ajuda. Ele não fala com Yoongi, mas sim com o detetive em serviço naquela noite - um homem que foi transferido para a delegacia de Ilsan desde então. Ele transfere a ligação pra a Crimes Extraordinários, e é Seokjin que finalmente acaba atendendo.
-Ele disse que tinha uma reunião no Ace. - Yoongi explica - Um tipo de encontro geral com todos que podem se beneficiar mutualmente. O Tae disse que a Lírio Branco estava se escondendo, mas as outras gangues estavam certas de que poderiam achá-los se todos que tivessem interesse trabalhassem juntos. Ele disse que nos daria os nomes de quem estivesse lá em troca de asilo político fora do país.
-Isso soa arriscado.
-Eu também nunca entendi. Taehyung sabia que estava em perigo. Porque ele se ofereceria para ir em qualquer luga perto de lá? Mas naquela época o chefe da polícia e o nosso superintendente estavam envolvidos, então eu duvido que tivesse muita escolha. Ele ofereceu um acordo, a polícia aceitou e agora ele tinha que segui-lo. Eu disse...E-eu mesmo disse isso pra ele. Eles me fizeram dizer.
Jimin não comenta sobre como a voz de Yoongi soa abalada.
-E os nomes?
-Nós nunca conseguimos.
Park assente.
- É isso que precisamos saber, então. A veracidade desse vídeo, as pessoas atrás de Taehyung e aqueles que compareceram a reunião no Ace. Há câmeras de segurança no hotel?
-Acha que eu não tentei? Tudo apagado.
-E esse tal de Gaivota? Você conseguiu falar com ele?
-Ele está se escondendo. - o mais velho diz, suspirando - Eu paguei meia dúzia de gangues pra me ligarem caso soubessem qualquer notícia do garoto. Não tenho um rosto pra ele, nem um nome. Só esse apelido estúpido.
-Você chegou as câmeras dos caminhões de entrega?
-Apagadas também.
-Impressões digitais? Evidências forenses?
-Sem digitais identificáveis. - Yoongi se recosta na parede de forma largada - O Chefe da Seção nos proibiu de investigar além, dizendo que já tínhamos contaminado a cena do crime durante-durante a Operação não autorizada.
Jimin exala sob as palmas das mãos, uma frustração repentina se enrolando em seu peito.
-DNA? Eu sei que não...Que não há relatórios forenses, só as coisas escassas que o Hoseok-hyung consegui pra você. Mas eles não poderiam ter conduzido testes de DNA cujos resultados não nos forneceram?
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Murmuration
FanfictionPark Jimin é um detetive novato no maior departamento da Polícia Metropolitana de Seul. Ao ser designado a trabalhar com Min Yoongi - um policial apático e desprestigiado da ineficiente divisão de arquivos mortos -, ele não esperava que o caso de a...