CAPÍTULO VI

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Vaticiniis

Melvin demorou ainda por volta de uma hora para poder chamar todos os alunos.

— Agora... quero desejar-lhes as boas-vindas. Portanto, a apresentação de professores... — e andou em direção à fila de professores que ali havia. Era por média de dez professores, um ao lado do outro. — Primeiramente a profª Zakiya Batukayev, da disciplina de Herbologia... — E assim, eles foram sendo todos apresentados. E foi aí que Andrew descobriu que o diretor Rowell era, também, um professor. De aritmância, pra ser mais preciso.

— Tendo os professores apresentados, vamos agora para a sala das varinhas; lá será onde suas varinhas os escolherão. — Enunciou Melvin, coordenando os alunos para uma sala cheia de caixas.

Havia prateleiras e estantes por todo o recinto, como uma biblioteca que, ao invés de livros, haviam caixas que continham varinhas dentro.

Eu já vim aqui... Pensou Andrew, relembrando que estava ali mais cedo.

— Oh! — A sala extraiu vários elogios dos novatos que agora chegavam. A empolgação e a curiosidade enchia-lhes o peito, os mesmos correndo para perto dos caixotes.

— Esperem todos! — Protestou o professor, fazendo todos os alunos pararem de repente onde quer que estivessem. — Comportados, todos vocês virão um a um. Na mesma ordem em que estávamos, vamos fazer a escolha. Primeiro: Stanford. — Gesticulou para a pequena mesa.

Porquê em tudo eu tenho que ser o primeiro? Por-quê?! Pobre coitado...

— Venha... — Disse o homem de olhos vermelhos, convidando-o a ir para a mesa próxima a ele.

Mesmo com toda a indignação, ele foi.

Anderson revirou as caixas e pegou uma varinha torta, feita de madeira, com uma pequena luz vermelha na sua base.

Com certeza, não. E seu sentimento foi recíproco.

Passaram por fim a várias varinhas, desde as simples às mais complexas. Das mais feias até às mais simples... e nada.

O professor se perguntava se elas iriam se comportar como as casas, primeiramete como se nenhuma o quisesse, e depois todas preferirem à ele do que a qualquer outra pessoa. Isso ia dar uma confusão...

A lealdade das varinhas não se faria assim... repreendia-se no mesmo momento em que se permitira pensar.

— Mais uma... — sussurrou ele, entregando outra a Andrew.

Ele, por sua, já estava tão enojado que nem se importava mais se a varinha disse bonita ou não.

O instrumento era preto, toda polida e lisa. Em torno dela, circundava uma pequena e fina cobra dourada, indo com a cabeça para um pequeno orifício onde se encontrava um cristal, cercado e fechado pela própria varinha, com somente algumas pequenas aberturas que permitiam visualizá-lo.

Stanford sentiu-a na pele, uma sensação de quentura agradável na pele, o mundo ao seu redor dando um rápido giro enquanto o garoto percebia que o pequeno cristal azul brilhava suavemente.

— Uau! — Exclamou, olhando para Melvin com olhos brilhando de curiosidade.

— Parabéns... próximo! — A partir daí as coisas começaram a ficar mais fáceis e rápidas.

Esse menino ainda vai ter que aprender muita coisa... Pensou Rowell, ao mesmo tempo em que sua cabeça balançava lentamente em sinal de descrença. Sua missão mal começou e já estava ficando difícil.

O Outro Lado Da Moeda [CONCLUÍDO] Onde histórias criam vida. Descubra agora