In mortem a persona quem dilexit
— Mingmei, tenho uma coisa pra te contar — alertou Andrew, sentindo a brisa leve da noite passar pelos seus cabelos amarelados. Será que era mesmo hora de contar isso? Ou será que seria melhor esperar um pouco mais?— O que foi, Andrew? — Questionou Ho, sentindo que algo mudará no tom de voz de Andrew: ele parecia distante, como se algo o perturbasse. Não sentia o parceiro seguro como ele sempre era; Havia alguma coisa de errado. Andrew não estava contando à ela tudo que a mesma merecia saber...
— Você se lembra de quando eu estava como um novato aqui na escola? No mesmo dia em que eu pratiquei um feitiço sem nunca ter estudado magia antes? — Perguntou Andrew, sentindo-se confuso e inseguro se era mesmo a hora certa de contar para Mingmei que não iria ter mais tempo para ela. Mas isso seria bom, não? Tendo um treino mais pesado ele poderia protegê-la como um guarda... mas e se ela se recusasse a aceitar isso? Pior, e se ela acabasse se distanciando dele?
— Sim, como eu me esqueceria? Ia ser um ataque fatal daquele Pukwudgie... aí você foi extraordinário, como sempre, sacou a varinha numa agilidade imensa e acabou realizando um feitiço de levitação brilhantemente — s menina se encantava com o que ela mesmo dizia, parecia estar revivendo o momento junto com suas lembranças.
— Bem… muito obrigado — Andrew envergonhou-se —, mas o que eu quero dizer não é bem isso... é que eu preciso de um tempo... — ele só se deu conta do que dissera quando a garota o olhou, com um semblante de confusão e indgnidade.
DROGA, EU SOU UM ANIMAL, COMPLETO ANIMAL! Pensou ele para si, imaginando o que a garota diria em seguida.
A mesma engoliu em seco e começou:
— Então quer dizer que você precisa... de um pouco de distância de mim...? — A moça olhou a lua no céu estrelado, ela brilhava com uma intensidade tão grande que chegava a ser assustadora.
— Não, não é isso... é que o... — seria bom mesmo dizer sobre o que estava por vir? E se ele a perdesse? Ela o entenderia?
Você devia saber que o destino é inevitável. Uma voz em sua cabeça disse para ele, logo depois Andrew sentiu o bolso interno das vestes transmitirem um calor incomum.
— Eu sei bem o que é, Andrew, já passei por isso antes. Primeiro vem “o tempo”, depois a distância, logo após você me esquece e fica por isso mesmo. — Ponderou, com um tom de amargura na voz, enquanto se levantava da grama dos jardins da escola. A varinha de Andrew começou a dar seus primeiros sinais de quentura, um frescor quente tocando-lhe a pele.
— Não! Você entendeu tudo errado! — Disse Andrew, na tentativa de fazê-la voltar; mas foi em vão.
— Eu não entendi nada errado, Andrew... Entendi ainda melhor do que você — falou ela, já de costas para Stanford. A mais da varinha esquentou mais, a pele na começando a ser incomodar com o aquecimento.
— E-Eu quis dizer que... — O calor que vinha do bolso interno das vestes de Andrew aumentou ainda mais. Ele nunca havia contado à ela o segredo da varinha...
Alguma coisa verde e brilhante passou de raspão por sua orelha, mas não o atingiu. Ao invés disso, tinha outro rumo. Os olhos de Andrew se arregalaram quando se deu conta do que aquela cor significava, mas quando a maldição havia encontrado seu alvo, já era tarde demais.
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O Outro Lado Da Moeda [CONCLUÍDO]
FantastikNão tendo nem a menor conexão um com o outro, dois garotos são escolhidos pelo destino a fim de conseguir poder suficiente para conseguirem derrotar um dos maiores Bruxo das Trevas que já existiu. Um livro em que os personagens devem aprender a resp...