CAPÍTULO XIV

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In ludo est singularis


— Dá pra andar mais devagar? — Gritou Clifford, atrás de Andrew. — Tu anda rápido demais!

— Respostas, Clifford, respostas.

Andrew seguia a passos rápidos, sequer olhava para trás. Ele temia que não pudesse encontrar nada a respeito: afinal, até onde sabia, não são ensinados nas escolas.

Ele adentrou a biblioteca e só assim olhou para trás. Clifford era apenas um ponto preto no meio do castelo. Por um instante se perguntou se havia ido além da conta.

— Eu falei pra você esperar! — Falou ele, quando chegou, ofegante e ficando sem fôlego. Estava com a mão nos joelhos, parecendo um gato morrendo.

— Desculpa, me precipitei um pouco — retratou, dando de ombros, percebendo que também ofegava profundamente.

— Se fosse só um pouco eu não estaria reclamando, boboca — objetou Clifford, enquanto se erguia e adentrava a biblioteca. Parecia disposto e já revigorado.

— Calma aí — retrucou Stanford, enquanto ainda estava com a mão nos joelhos, encarando o chão.

— Agora é “calma”? Vamos logo... precisamos voltar logo para a Sala Comunal — começou a aproximar-se diante das várias prateleiras que havia ali; Eram muitos livros, teria de haver algum àquela situação.

Livro Padrão de Feitiços Segunda Série, acho difícil estar por entre esses. Parecem ser todos didáticos... — Seu dedo passava por cada livro, lendo rapidamente tido nome que se passava.

— Ótimo, estamos no caminho certo! — Clamou Stanford, com um sorriso no rosto. Seria mamão com açúcar!

— Não estamos, não. Obliviate dificilmente estaria por algum livro por aqui, não seria o tipo de feitiço que qualquer um poderia praticar por aí de boa.

— O que estão procurando, garotos? — Perguntou uma voz rouca atrás deles. Andrew deu um salto, olhando de olhos arregalados para o velho.

Era apenas Rowell.

— Não deviam estar se dirigindo à minha sala? — Questionou ele, arqueando levemente uma sobrancelha e cruzando os braços, estava se divertindo com o espanto dos dois.

— A-Ah, sim, sim. Apenas estávamos...

— Sr. Rowell, pra que serve o feitiço obliviate? — Questionou Fleenor, sem arrudeios.

— O Feitiço da Memória. — começou, pondo as mãos para trás num gesto disciplinado e olhando ao redor, como se a resposta estivesse no ar ao redor deles. — Ele apaga ou altera a memória do enfeitiçado. Muito utilizado pelo Ministério, especialmente quando NoMajs veem atividades mágicas, é bem útil. — Admitiu, concretizando seu olhar no de Clifford. Por quê?

— Pergunte ao Andrew. — Deu de ombros, pondo os livros de volta na prateleira de onde haviam pegado.

— E-Eu... é que... — E agora? Se pusesse Melvin em apuros? — Melvin usou eles em meus pais, eles não queriam me deixar vir, então hoje recebi uma carta deles.

O Outro Lado Da Moeda [CONCLUÍDO] Onde histórias criam vida. Descubra agora