Motus perpetuus magis Armenias proeliorum
Andrew acordou no dia seguinte com um ardor no peito. Olhou ao redor, não parecia manhã, provavelmente era de madrugada.
Estranho, nunca acordei tão cedo assim. Que seja. Ele se virou na cama e voltou a dormir. Ainda era cedo demais para se pôr de pé.
Pelo menos era o que ele esperava fazer; O que não deu certo. Algo agonizante gritava dentro de seu peito, o impedindo de dormir como ele queria. Seu corpo parecia estar mais vivo do que nunca, era uma disposição imensa que ele tinha, mesmo acordando de madrugada.
Ah, mas que merda, ainda é domingo. Pensou ele, se irritando. Já era ruim acordar cedo, principalmente em finais de semana. Um ótimo dia para pôr as energias ruins para fora. Surpreendeu-se com o que ele mesmo pensara. Não seria uma das coisas que ele certamente diria. Era uma coisa que... Mingmei diria.
Ele levantou-se da cama, sentindo os pés flutuarem enquanto andava. Ele odiava quando seu corpo pregava peças em si mesmo e quando qualquer esforço com o cérebro era inútil; Seus pés não obedeciam a qualquer comando que sua mente lhe desse. Andrew saiu do quarto silenciosamente, tinha plena consciência do que estava fazendo, mas não podia impedir.
O que resta é prosseguir para ver no que vai dar. Outra vez pensamentos que não eram seus invadiram sua mente. A cada passo que dava sentia-se mais alerta e esperto do que antes. Visualizava tudo com extrema perfeição e via toda a universalidade sendo bela e excêntrica; até mesmo as paredes escuras do castelo pareciam bonitas à sua vista.
Rumou para os jardins da escola. Não, eu não acredito que eu vou dançar por conta dessa magia antiga da Ho. Eu me recuso! Pensou ele, vendo que já estava indo para o meio do local onde sempre ficava. Porém ele não começou a dançar, mas fez uma reverência para o nada e então se sentou no chão, com pernas cruzadas e as mãos postas. Eu não acredito que eu vou rezar.
— Você bem que poderia silenciar sua mente — Andrew olhou ao redor para ver se ela estava ali, como na última vez. Não estava. Era apenas a sua voz ecoando pelo nada.
— Onde você está? — Indagou ele, ainda olhando ao redor, seu peito estava cada vez mais esperançoso, queria (acima de tudo) que ela estivesse ali.
— Em todo lugar e, ao mesmo tempo, em lugar nenhum — ela respondeu, a sua voz tinha um tom extra de simplicidade. Andrew franziu o cenho, como ela poderia estar ali... e ao mesmo não estar? Então se lembrou do quanto era inteligente, digna da Serpente Chifruda. — Eu quero começar um treinamento com você.
— Mais...
— Sim, mais do que você tem com o professor Rowell — o jovem bruxo não a viu, mas tinha certeza de que, se a visse, ela estaria balançando a cabeça pra cima e para baixo com seu jeito.
— Então... como você sabe? — Perguntou ele, Mingmei havia morrido sem ao menos saber dessa notícia.
— Primeiro que você não silencia o seu interior, segundo que os cosmos me falaram logo após a minha morte — o garoto franziu o cenho novamente, será que ela havia se tornado uma deusa?
— Não, não virei nada depois que morri, apenas fiquei sabendo das coisas — A voz de Mingmei respondeu, como se lesse a mente de Andrew. — Não vamos mais falar sobre isso, partiremos ao que interessa. — Andrew sentiu uma vertigem partindo de dentro dele. — Feche os olhos, conte até seis, respire fundo e depois os abra.
Stanford fechou os olhos. Um... uma pequena gota de suor escorreu pela sua espinha. Dois... Andrew encolheu-se de canto, parecia que havia levado um soco no estômago. Três... O garoto sentiu os cabelos voarem com a ventania que passou por ele. Quatro... Uma mistura de calmaria percorreu as veias dele, relaxando todos os músculos de seu corpo. Que número é agora? Stanford abriu os olhos, sua pupila dilatou, se adaptando ao ambiente. Não havia se movido um milímetro sequer do lugar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Outro Lado Da Moeda [CONCLUÍDO]
FantasíaNão tendo nem a menor conexão um com o outro, dois garotos são escolhidos pelo destino a fim de conseguir poder suficiente para conseguirem derrotar um dos maiores Bruxo das Trevas que já existiu. Um livro em que os personagens devem aprender a resp...