Diffindo
— Vamos parar por hoje — Disse o diretor, franzindo ligeiramente a testa. Sua mente girava a mil milhões, frustado, indignado.— Parar por hoje? Nós ao menos tivemos o que podemos chamar de aula! — Andrew interveio, abrindo os braços enquanto falava como se aquilo fosse intensificar sua fala. Não se contentava com aquilo, se fosse pra ser assim nem teria ido.
— Na... — o homem passou um tempo pensando, enquanto decidia se continuava ou não. Seria difícil tomar a decisão. Queria investigar mais a fundo, e sabia que se demorasse mais ele certamente se esqueceria — tem razão. — Decidiu, por fim. — Vamos para algo mais específico hoje. Bem… isso seria assunto da próxima aula, porém como o conteúdo de hoje foi pulado vocês simplesmente terão que aprender o que eu vou ensinar a vocês; É completamente complexo e uma simples pessoa do 2º ano não teria cérebro suficiente para tal. — Rowell andava de um lado para o outro, pensando em palavras de última hora para serem ditas. — Não sei se vocês já viram, mas alguns bruxos não falam os encantamentos e ademais.
— Uh! Como em Ha...
— Não estamos falando de ficção, Stanford! Estamos falando de mundo real, onde as coisas são mais perigosas e é aí onde você pode morrer de verdade. — Disse o diretor, secamente. — Eu vou conjurar um feitiço e quero que vocês observem. — Rowell virou-se, parando de encarar os dois e apontando a varinha para a árvore que estava à sua direita. Esperou um pouco e então uma maçã caiu bem devagar.
— Arresto Momentum — Disse Andrew, lembrando-se do dia em que ele quase se quebrava todo no gramado da escola, se não fosse o prof. Owens que tivesse usado esse mesmo feitiço para assegurá-lo.
— Não, Andrew.
Foi a vez de Clifford falar, sua mente estava conturbada, mas ainda tinha consciência.
— Ele não falou o feitiço, não tem como saber se ele fez um para fazer a maçã estar ao seu comando.
— Exatamente! — Disse Rowell, com a nova escancarada em um sorriso. — Mas pro seu azar foi um Arresto Momentum, eu apenas sabia o momento certo que a maçã ia cair. — Ele fez uma breve pausa e então começou a falar: — Quando se realiza um feitiço não verbal dentro de um duelo se tem mais rapidez e agilidade tanto na hora de defender e atacar. O inimigo também nunca saberá qual tipo de feitiço você vai estar usando. — O bruxo parou por uns segundos, formando cenas em sua cabeça, as mãos para trás, segurando a sua varinha, enquanto ele lecionava. — Agora me digam: porque vocês acham que muitos bruxos se cansam em grandes duelos? A magia não se desgasta, o que se desgasta é a consciência do bruxo. Como dizia Newton: “Toda ação tem uma reação”. — Clifford franziu a testa, tentando entender a última parte. Mas Andrew dava um pequeno sorriso no rosto. — Então, quero que vocês… — James já se dirigia novamente à mesma árvore, desta vem arrancando com muito cuidado duas pequenas folhas. — Accio mesa. — Então a mesa que estava no canto do jardim em que estavam se colocou à frente do bruxo. — Aqui estão duas folhas. Quero que cortem-nas usando um novo feitiço. Observem, vocês aprenderão isso no próximo ano: Diffindo. — Com um lampejo de luz a folha foi cortada ao meio. — Mas quero que façam isso com a chuca — Rowell bateu o dedo indicador na fronte, olhando para os garotos por cima dos oclinhos em seu rosto. Então com outro movimento a folha estava completa de novo. — Ah, e lembrem-se: Di-FIN-Do.
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O Outro Lado Da Moeda [CONCLUÍDO]
FantasíaNão tendo nem a menor conexão um com o outro, dois garotos são escolhidos pelo destino a fim de conseguir poder suficiente para conseguirem derrotar um dos maiores Bruxo das Trevas que já existiu. Um livro em que os personagens devem aprender a resp...