- Ok. O que acabou de acontecer? - Eu disse sem entender o que estava acontecendo.
- Eu não vi o gato. Como isso é possível? - Benjamin disse todo eufórico e preocupado.
- Só pode está de sacanagem. Minha bateria acabou.
- Estou com 15%.
- Não importa. Liga para sua mãe, seja breve, e pede para ela ligar para o guincho.
- Tá - o telefone tocou....tocou.... E nada - vou ligar pra sua.
- Tá.
- Alô? Senhora Viviane? Oi, aqui é Benjamin amigo da Amélia, vou passar pra ela.
- Mãe? Tenho que falar rápido. O carro bateu e preciso que ligue para o reboque. Estou na Rua Alme... - a bateria acabou - Que ótimo, desligou. O que você fez pra viciar a bateria?
- Pergunto a mesma coisa - ok, entendi a indireta - pelo menos sua mãe está ciente.
Só fui perceber que eu estava chorando, quando senti algo molhado e quente em minha bochecha - não sabia o porque.
Apareceu uma pessoa.
- Olá? Será que você poderia nos ajudar? - não sabia se era criança, adulto, homem ou mulher, mas qualquer ajuda é bem vinda.
- Há Há Há!
Você vai pagar, Amélia! Há Há Há! - a pessoa disse e desapareceu.- Olha, é sua mãe, não é? - Benjamin apontou.
- Você não viu aquela pessoa?
- Você está bem? Não aparece ninguém.
- Mas eu vi. E disse que eu ia pagar.
- Não. Não vi ningu... - Benjamin foi interrompido por minha mãe.
Ela veio correndo em minha direção, com seu cabelo curto e cachado aos ventos, seus olhos caramelizados brilhando - acho que por causa das lágrimas - e a cada passo que dava, ela ficava mais nítida, dando assim, para ver seus traços delicados em sua pele mais escura que a minha.
- Filha, você está bem? Não sabia ao certo onde você estava. Mas deduzi o tempo que restava para chegar em casa de acordo com o local do localizador do seu celular que marcou por último e as horas que me ligou.
- Espera, quanto tempo demorou para você chegar aqui?
- Como assim? Você ligou era 14:00 agora é 15:00. Tentei chegar mais cedo mas precisei ligar e acompanhar o reboque, já que não sabíamos ao certo onde você estava.
- Passou 1 hora? Pareceu minutos - comecei a ficar tonta.
- Filha, você está bem? Beba água, vai se sentir melhor.
Quando minha mãe saiu para pegar. Eu vi a pessoa que não consegui identificar - podia jurar que ela riu de mim - eu apaguei.
***
Acordei, e percebi que estava no meu quarto, com minha mãe.
- O que aconteceu? Como cheguei aqui? Só lembro de sair da escola com Benjamin... E... Nada...
- Vocês bateram o carro, quando cheguei lá, você desmaiou - minha mãe disse com toda a calma do mundo.
- Mas... Como.... é....
- Tome banho e vai descansar. Você teve um longo dia. Ela se levanta da minha cama.
Eu estava cheia de perguntas. Mas, resolvi seguir o conselho e ir descansar.
Tomei um banho bem demorado. Só saí quando meus dedos estavam bem enrugados. Vesti um pijama bem quentinho. Minha mãe levou chocolate quente e eu apaguei - mas dessa vez de cansaço, ks.
Sonho:
Estou em um lugar escuro.
Não vejo nada.
Uma pessoa que não consigo identificar ri de mim.
Você não me é estranho - eu penso.
- Quem é você?
Ele desaparece.
Me vejo em meu quarto com a mesma pessoa da cena de antes na frente do meu eu que observo.
Ele diz que eu vou pagar.
Ele desaparece.
Me vejo no possível local onde aconteceu o acidente que não me lembro.
Me vejo abraçada com Benjamin. E a mesma pessoa de longe ri de mim.
Eu acordo.
Realidade:
- Maaaaaaeeeeee! - Ela aparece em um piscar de olhos na minha frente.
- O que foi minha filha?
- O sonho... - começo a chorar.
A pessoa do meu sonho que não consegui identificar aparece na minha frente e diz:
- Será mesmo?
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O Pimentar De Uma Garota
Misteri / Thriller🥇 Primeiro lugar - Concurso Palavras Douradas 🥇 Amélia Pimenta está terminando o ensino médio. Ela vive com a mãe - Viviane. Tem um melhor amigo - Benjamin. Uma adolescente como as outras. Mas, depois de uma ligação misteriosa a ameaçando, sua...