Jack
Olá diário,
-oi- Mônica diz pesarosa.
-oi. -Eu na fazia ideia do por que,mas estava ressentido.
-Nós temos um plano. -Ela dispara, como uma metralhadora- Se conseguirmos sair daqui, podemos pegar suprimentos na escola e sair da cidade,achamos que as cidades mais distantes ainda não foram afetadas.
Eu não estava tão informado quanto eles, era tudo muito novo para mim, eu não tivera tempo de pesquisar mais a fundo ou tentar entender o que estava acontecendo à minha volta.
-Parece um bom plano, que outras chances nós Temos?-acrescentou Rony, mal humorado.
Parei para olhar ao redor por um momento: Estávamos na minha sala monótona, todos carregavam expressões de horror. Dina tinha os olhos e nariz vermelhos, como se andasse chorando.
Minha mobília sem graça fazia destacar-nos em meio ao ambiente rústico, pontinhos coloridos em maio ao cinza e marrom.
Ponderei sobre minhas opções:
1-Ficar ali sentado, esperando que os zumbis derrubassem minha porta.
2-Fugir com meus colegas.
-Certo, mas ainda temos que sair daqui, e a essa altura a casa deve estar rodeada de zumbis - tentei não parecer tão estraga prazeres - não sei como vocês conseguiram entrar... -fiz uma careta.
-sobre isso... - Mônica parecia nervosa - precisamos de uma isca, alguém em quem eles possam pular em cima e devorar. Uma distração.
-Nossa quanta consideração!-Eric abriu a boca finalmente, em tom zombeteiro,seguido de um sorriso amarelo.
-Não idiota! Não ele!-Exclamaram Mônica e Dina, ao mesmo tempo.
Senti-me relaxado ao saber que não seria eu.
-Quem então?-Rony questionou.
-Eu pensei que... - eu não estava gostando - pensei que talvez pudesse nos emprestar o Rufos...
Rufos era meu cachorro, meu melhor amigo, com quem eu dividia as salsichas e quem sentava comigo no sofá enquanto eu jogava algum game novo. O coitado já estava em seus últimos dias de vida, arrastando-se de um cômodo ao outro, choramingando.
-Rufos?!
-sim.
-Ei! Isso não é como empresta-lo, é como atirar nele! É como bater nele até a morte! – exclamei bravo.
Quem eles acham que são?! Chegando aqui e mandando-me sacrificar meu cão para salvar seus traseiros imundos?
-Que é o que vai acontecer com todos nós se você não abrir mão desse cachorro idiota! - Dália me tirou dos meus devaneios.
-Jack, é a vida dele ou a sua! Não está em posição de escolher, precisamos sair daqui! E rápido! – Mônica interveio.
-Certo. E depois? O que fazemos?
-Bem, -Mônica começou- vamos subir pelo telhado e pular no teto da van, então eu vou abrir as portas e nós entramos antes que cheguem perto. Se formos rápidos podemos conseguir, eles estarão distraídos.
Todos estavam em silencio.
-Estamos ferrados. – Dália lembrou-me, passando entre mim e Mônica para ir até a cozinha.
*************
-Adeus, me desculpe Rufos, eu te amo. – Passei-lhe a mão nas orelhas, Rufos mal abanou o rabo.
-Que Marica. -Rony entrou na cozinha enquanto eu me despedia, limitei-me a olha-lo feio.
Fechei os olhos, quando os abri de novo, Rufus foi lançado para uma multidão de mortos vivos. Uma pequenina parte se dispersou, mas a grande maioria se rodeava em volta da casa.
-São muitos!- Gritou Eric, da janela.
Neste momento minha mãe entrou na cozinha e, sem mais nem menos, disse:
-Eu me ofereço.
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Diário Zumbi [em revisão]
Science FictionJack é um adolescente excluído de 15 anos que passa todo seu tempo livre jogando video game. Ele nem imagina que sua experiência de gamer level expert em jogos de zumbi será tão útil...