O Pesadelo Começa | part.2

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Jack

Olá diário,

Levantei-me sentindo meu estomago embrulhar. O que eu havia feito? Tudo parecia apenas um borrão.

Andei lentamente até a porta da cozinha e abri apenas o suficiente para olhar o pátio do evento.

Surpreendi-me ao constatar que todos, absolutamente todos no pátio haviam virado zumbis. Não fazia ideia de como havia acontecido, nem porque, ainda tinha dificuldade em assimilar as coisas, ainda achava que podia ser tudo um sonho enquanto observava as paredes brancas girarem.

Entrei em pânico, o que não ajudou em nada, como sairia dali?

Minha melhor chance era disparar em direção à saída, e ainda sim não era um plano muito inteligente.

Parei para analisar o local, as paredes estavam sujas, os utensílios pareciam gastos e a cor clara do ambiente fazia meus olhos doerem.

Eu estava totalmente perdido, confundindo esquerda e direita, como se tivesse girado até ficar tonto e cair. Estava exausto e queria ir para casa.

Bloqueei a porta com o balcão e sentei-me, tirando do bolso um bloco de notas, bolei um plano que, por mais louco que fosse era minha única e menos insana opção.

Respirei fundo, eu precisava fazer aquilo, rápido.

Peguei a faca que já considerava minha e sai correndo pela porta. Subi em uma espécie de mureta onde os zumbis não poderiam me alcançar. Corri o mais rápido que podia expulsando qualquer zumbi que ousasse subir com a faca.

A parte mais difícil foi descer da mureta, reuni toda minha pouca agilidade e pulei já abrindo a porta antes que qualquer zumbi pudesse me alcançar. Bati a porta atrás de mim e usei um pedaço de madeira para bloquea-la.

Parecia que estava em um filme de ação, eu não fazia ideia de como havia feito aquilo tudo.

Corri para a van, como já tinha 17 anos, minha Mãe havia me dado algumas aulas de Direção em casa.

Eu não possuía as chaves, então usei um truque que aprendera na internet e pisei fundo no acelerador, o apavoro e a pressa eram tanto que não cheguei a reparar em outros zumbis no caminho,apenas imagens distorcidas da paisagem passando rápido pelas janelas.

O vento que me batia ao rosto era reconfortante, eu só queria chegar em casa e fazer de conta que nada havia acontecido.

Cheguei em casa e encontrei minha mãe preparando-se para um banho, como se nem estivéssemos no meio do apocalipse zumbi ou coisa assim.

Ao ver-me coberto de sangue ela empalideceu e deu um grito que pôde ser ouvido por toda vizinhança:

-Jack querido, o que houve?-ela disse com lágrimas nos olhos, a voz falhando.

-você saiu de casa?-perguntei recuperando o fôlego e ela negou com a cabeça.

-está tudo bem. -tranquilizei-a.

Fui até a sala e liguei a TV, não foi apenas na convenção, a cidade toda estava coberta de mortos-vivos.

Diário Zumbi [em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora