Capítulo 10

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Gente, estava tão ansiosa pra esse capítulo. Juro! O final me faz querer saber quais são as teorias de todo mundo *-* Bom, acho que posso dizer que o romance vai começar a engatar daqui por diante. Aquele spoiler sem ser spoiler kkk Espero que gostem desse capítulo. Se gostarem, votem e comentem, por favor! Obrigada pelo apoio <3


23 de agosto de 2020 - 16h00

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23 de agosto de 2020 - 16h00

Lembro-me da carta de minha tia Laura, da porta trancada da ala leste que subitamente apareceu aberta em seus relatos, e noto a atmosfera ao redor daquela estrutura de madeira escura polida à minha frente se diferenciar do resto da casa.

Seduzida pela minha curiosidade, aproximo-me. O ar parece mais pesado, no entanto, cismo em tentar abri-la. E descubro que a maçaneta da porta está tão gelada que sinto um choque brutal contra a minha pele.

— Meu Deus! — guincho, recuando a mão, meus dedos ardendo e adormecendo com o frio súbito que os toma. — Mas que raios...!

Minha mente não parece capaz de processar o que acabo de sentir. Pelo menos, não de uma forma racional. Então decido por tentar novamente, aproximando minha mão devagar da maçaneta. Com a memória muscular muito vívida em minha mente, minha mão se afasta logo que um de meus dedos toca o metal, com receio de se queimar de novo. Entretanto, a temperatura parece normal. Isso me dá uma coragem extra para agarrar a maçaneta com vigor em minha mão trêmula.

Viro-a, tentando abrir a porta. Ela resiste, como um cão teimoso.

Sacudo-a, na esperança de que a força faça a bendita fechadura ceder, talvez porque esteja emperrada, e não trancada.

As dobradiças rangem, produzindo um som semelhante à dor. Mas nada além disso acontece. Espero um minuto, o suficiente para descobrir que a porta está firmemente fechada e que nenhuma mágica a fará se abrir para mim em um abracadabra.

Então solto a maçaneta com uma risada e considero a ideia de estar ficando louca mesmo. Percebo como essa palavra tem surgido com frequência em minha mente ultimamente. Talvez, no inconsciente, eu saiba o que está acontecendo comigo e queira negar para me defender da verdade.

E estou prestes a aceitar esse fato, quando um barulho de metal batendo contra o piso me dispersa da auto-piedade, e é tão alto que nem mesmo a distância consegue abafá-lo por completo. Alguns palavrões o seguem, berrados a plenos pulmões e cabeludos o suficiente para fazer o mais boçal dos meus ex-namorados corarem — é, creio que esse seja um bom parâmetro.

Imagino que Vicente tenha derrubado alguma coisa e, quase que esperando encontrá-lo com um pé esmagado sob algo bem pesado, desisto de tentar entender o mistério da porta e volto pelo longo corredor de onde vim.

Mas não chego a fazer nem metade do caminho ao ter minha atenção desviada para a primeira e única porta à minha direita, uma pela qual eu já havia passado e prestado pouca atenção, porque jurava tê-la visto encostada e não escancarada como está. Esse é um detalhe que faço questão de empurrar para o fundo da minha mente, sem intenção alguma de dar a ele uma segunda chance para interpretação.

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