Abertura

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Neji pousou com leveza no chão e, erguendo-se, desativou o Byakugan.

Levou as mãos à cintura, contemplando a mata a sua frente. Acabara de averiguar os arredores em busca de presenças inimigas, certificando-se de que estavam sozinhos naquelas bandas. O caminho após a bifurcação já era consideravelmente mais claro e seco do que as pradarias pantanosas que vinham percorrendo nos últimos dias.

Atrás de si, Lee terminava de organizar alguns dos pertences que traziam, e Shikamaru checava a bússola que tinhas nas mãos enquanto mascava um palito distraidamente. Karin acabara de ser amarrada a uma árvore a alguns metros distância pelo Nara, e conservava sua expressão carrancuda e descontente de sempre.

O Hyuuga estreitou os olhos. Pelos cálculos de Shikamaru, estavam consideravelmente próximos de Sasuke e Sakura. Sabia que Naruto e Kakashi estavam se encaminhando para o local designado mais ao norte, e em pouco tempo eles mesmos alcançariam a posição que havia informado à Kakashi. Era quase meio dia e o sol estava a pino; após longas horas viajando com velocidade total, o capitão achou conveniente pausar sob a sombra das árvores e evitar o período de maior insolação e calor, aproveitando a pausa para descansarem e se alimentarem.

Olhou por cima do ombro para Rock Lee, observando-o empilhar os pertences em um monte centralizado sobre uma parte particularmente limpa e seca no chão.

— Lee. — Chamou.

O moreno se ergueu, fitando-o com seus grandes olhos escuros e limpando as mãos cheias de pó uma na outra.

— Sim, Neji? — Pousou as mãos enfaixadas na cintura.

— Está na hora.

Lee assumiu uma expressão séria, e assentiu com um murmúrio. Retirando-se para o lado, buscou em meio às suas coisas um dos bentôs que carregava na mochila. Neji havia voltado a contemplar a paisagem, reservado e silencioso. Pegando o objeto, o mestre em taijutsu passou na frente do Nara, com quem trocou um olhar de relance, mas nada disse, e seguiu em direção à prisioneira.

Karin estava quieta, mas o olhou com desprezo quando o viu de aproximar.

— Está na hora do seu almoço, Karin-san. — Ele disse com gentileza, agachando-se ao lado da mulher enquanto abria um pequeno pedaço de lenço no chão e apoiava o bentô. Ergueu os olhos para ela e, com delicadeza, abaixou o pedaço de tecido que a amordaçava.

— Onde está o idiota que costuma me dar comida? — Ela disparou assim que a mordaça liberou sua boca.

Lee foi pego de surpresa pela questão, e arqueou as sobrancelhas antes de responder.

— ... Ah. Shikamaru? — o Nara tinha sido, para sua própria infelicidade, designado como o responsável por Karin, já que Neji, como portador do doujutsu, precisava se atentar constantemente aos arredores e à presença de inimigos, e Lee tinha compaixão demais. Assim, era ele quem passava pelas desagradáveis situações de alimentá-la, amarrá-la e todo o resto. — Está ocupado olhando os mapas. — Lee respondeu pacientemente.

Karin apenas resmungou para si mesma.

Achava Rock Lee um grande trouxa. Ele era o tipo de pessoa amável e gentil que ela tinha o prazer de humilhar, pela simples falta de paciência com tanta boa vontade. Observou enquanto ele abria o bentô e pegava com o hashi um bolinho de arroz, erguendo-o na direção de sua boca.

— Abra a boca por favor, Karin-san. — Lee pediu, fitando-a.

Karin permaneceu impassível, olhando naqueles olhos grande e amendoados.

A Máscara da Lebre [SasuSaku]Onde histórias criam vida. Descubra agora