Um grito que estremeceu por todo o dormitório, era Jany!
— O que tu fez seu maníaco? – Todos os recrutas voltaram correndo e se depararam com a cena da novata caída no chão, a mesma estava posição fetal, respiração pesada, provavelmente lhe faltava ar e as lágrimas ainda escorriam por sua face.
— Eu acordei ela, Thomas. Não era isso que vocês queriam ter feito, só que nenhum aqui dos tão fortes recrutas teve coragem, não é mesmo?
— Não se trata de coragem seu animal! – Exclamou Laila. O inferno já estava feito, não precisava mais conter a voz, algum dos comandantes provavelmente já está a caminho e mesmo que não esteja, as câmeras não deixam esconder nenhum detalhe. Agora é esperar pelo castigo.
— E que merda a gente faz agora? – Jack assim como todos não tinham a menor ideia de como agir. — Hein, Thomas? Eu tô falando contigo.
— Eu? O que tu acha que eu posso fazer hein?
— Eu não sei, é o que eu acabei de te perguntar. Não é você o líder? Faça alguma coisa.
Thomas bufou e nada fez, nem mesmo elaborou uma resposta pra refutar Jack. E nesse curto espaço de tempo as lâmpadas do subterrâneo começaram a se acender, eram antigas e toda vez que mais uma se iluminava os circuitos eram possíveis ser ouvidos serem ativados.
— Vocês sabem o que está vindo ai né? – Susan fez retoricamente a pergunta que todos sabiam a resposta.
— É claro que sabemos, um dos comandantes tá vindo ai, é melhor a gente sair daqui logo.
— E de que merda serve a gente sair daqui hein, Jack? – Thomas tinha razão. — Olha a porra das câmeras, era pra gente ter vindo só olhar o que tava acontecendo.
— Eu tô pouco me fodendo pra essas câmeras, eu vou sair daqui é agora, eu não quero encarar nenhum dos comandantes, principalmente se for a Gryse.
Um som estridente do nada assustou todos. Era uma pancada na porta da sala anterior, o mesmo susto de alguma forma despertou Jany e estranhamente ela começou a se acalmar aos poucos.
— Principalmente se for quem? – Era impossível não reconhecer a voz, era ela mesmo. Gryse não vinha vestida de forma tática dessa vez, o que era raro ver ela assim, eram provavelmente roupas de dormir. Uma regata branca bem apertada que marcava seus seios e um short bem curto com uma estampa camuflada.
Alex sabia da péssima ação que tinha tomado e apesar de ter consciência que não existia nada que ele pudesse fazer para se livrar de uma dura punição ele tomou uma atitude. Fugiu, ação de desespero, como um rato que foge de um gato mesmo sabendo que não existe nenhum local onde ele possa entrar, essa era a situação não só de Alex, mas de todos os recrutas, não haviam pra onde correr e nem onde se esconder.
Mas antes que ele pudesse dar mais que seis passos em sua tentativa de fuga, um assobio bem característico cortou a sala como uma lâmina.
— Tá ligada hein? – Só existe uma pessoa que a comandante trate de maneira tão informal e demonstrando intimidade.
— Eu sempre tô ruiva, eu sempre tô.
Hana estava escorada na parede apoiando seu corpo com apenas uma perna enquanto que o outro pé também descalço tocava a parede. Vestida apenas com uma regata preta que chegava até o meio de suas coxas não permitindo dizer se usava um pequeno short por baixo, mas provavelmente não.
Não somente o som produzido pelos lábios da negra percorriam a sala, os cães seguiam a ordem como eles sempre faziam e facilmente superaram a velocidade dos passos do fugitivo e o encurralaram-no de costas para uma porta trancada, com um pastor alemão lhe mostrando os caninos de cada lado, estando num corredor, Alex não tinha saída e logo assumiu que foi capturado ajoelhando-se.
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SPM 98 - Da Salvação À Perdição Do Mundo
Action1° lugar - Concursos Palavras Douradas Em um mundo completamente decadente, um homem milionário e bondoso intitulado de Alfa cria uma organização que logo depois seria denominada SPM-9, onde a meta seria o quão breve possível atingir a paz mundial...